PARA QUEM TEM FÉ, NENHUMA
EXPLICAÇÃO É NECESSÁRIA; PARA QUEM NÃO TEM, NENHUMA EXPLICAÇÃO É POSSÍVEL.
Enquanto a demanda dos smartphones
por energia cresce exponencialmente,
sua autonomia aumenta de forma linear (por autonomia, entenda-se
o período durante o qual um aparelho funciona sem exigir recarrega ou substituição
do componente que o alimenta). Para piorar, a recarga é um processo lento, especialmente
quando levado a efeito via interface USB
do PC ou tomada 12 V do carro, de
maneira que, além de investir em designs
caprichados, interfaces amigáveis
e funções inovadoras para cativar os
usuários, os fabricantes precisam descobrir como capacitar seus produtos a permanecer longe da tomada por pelo menos um dia inteiro.
Observação: Em meados do ano passado, eu troquei meu
celular LG A290 Tri Chip pelo smartphone LG Optimus F5 P875,
e a despeito de não ter queixas do
brinquedinho “novo”, lembro-me com saudades da espantosa autonomia do “velho”,
que chegava a passar mais de três
semanas longe da tomada ─ desde que eu o desligasse à notinha e tornasse a
ligar na manhã seguinte.
Em última análise, a coisa toda se resume a dois aspectos
distintos, mas interligados:
1) A capacidade de armazenamento das baterias é limitada pela tecnologia a partir da qual elas são fabricadas e pelos elementos que as compõem;
2) Quanto mais funções e recursos o aparelho tiver, maior seu apetite por energia e, consequentemente, menor a sua autonomia.
1) A capacidade de armazenamento das baterias é limitada pela tecnologia a partir da qual elas são fabricadas e pelos elementos que as compõem;
2) Quanto mais funções e recursos o aparelho tiver, maior seu apetite por energia e, consequentemente, menor a sua autonomia.
Tomando por base o consumo médio dos smartphones de última
geração, os 200 Wh/k das baterias de
íon de lítio atuais garantem
autonomia (teórica) de 24 horas.
Como a capacidade remanescente de expansão dessa tecnologia é de apenas 30% e deve se esgotar até 2020, quando for
atingido o ápice de 260 Wh/k - 32 horas, ou os
fabricantes de baterias desenvolvem novas
tecnologias comercialmente viáveis que ultrapassem esses limites, ou a evolução dos recursos e funções dos
smartphones fabricados a partir de então restará prejudicada.
Observação: A capacidade
de armazenamento das
baterias é medida em Wh/k (watts-hora por quilo), e o consumo dos aparelhos é expresso em Ah
(Ampère/hora) ou em mAh
(miliampère/hora); para ter uma ideia aproximada da autonomia do seu
smartphone, basta dividir a capacidade da bateria pelo consumo do aparelho. Vale lembrar que a duração que consta das especificações técnicas do aparelho costumam não ser confiáveis, pois os fabricantes realizam suas medições
em “condições ideais”, que não refletem uso de seus produtos no dia a dia.
Amanhã a gente conclui, já que o feriado de 9 de julho, alusivo à Revolução Constitucionalista de 1932, é limitado ao Estado de São Paulo). Abraços a todos e até lá.