sexta-feira, 28 de agosto de 2015

PUPs ─ O QUE SÃO E COMO EVITAR ESSES PROGRAMINHAS CABULOSOS.

A CORRUPÇÃO TEM MENOS A VER COM PAIXÕES DO QUE COM OPORTUNIDADES. SE AS CONDIÇÕES FOREM PROPÍCIAS, HAVERÁ UM INCENTIVO PARA QUE ELA OCORRA.

O fato da audiência aqui do Blog ser rotativa me leva a revisitar determinados assuntos de tempos em tempos, notadamente aqueles que apresentam relevância maior. É o caso dos PUPs, que, de uns tempos a esta parte, vêm medrando de maneira assustadora. Acompanhe: 

PUP é a sigla de Potentially Unwanted Programs ─ ou programas potencialmente indesejados, em bom português ─, como bem sabem aqueles que acompanham regularmente as minhas despretensiosas postagens. Todavia, em atenção aos recém-chegados, não custa relembrar que essas pragas costumam se instalar à nossa revelia, notadamente quando não acompanhamos atentamente a instalação dos aplicativos que baixamos da Web, o que, a meu ver, já é motivo mais do que suficiente para rechaçá-las sem remissão.

O motivo que leva os desenvolvedores de software a adicionar esses programinhas aos arquivos de instalação de seus produtos é a compensação financeira que seus criadores oferecem. No entanto, enquanto alguns facilitam a supressão desses "extras" durante o processo de instalação (geralmente, basta desmarcar uma caixinha de verificação), outros não agem com a mesma lisura, e a gente só se dá conta de que caiu na esparrela quando passa a ser bombardeado por janelinhas pop-up e/ou repara que o navegador passou a exibir uma estranha barra de ferramentas e teve alterados o mecanismo de buscas e o site que configuramos como página inicial.

Observação: Diferentemente dos vírus, trojans, worms e assemelhados, os PUPs não são necessariamente malignos, embora alguns possam atuar como spywaressoftwares espiões destinados a colher informações sobre nossos hábitos de navegação e repassá-las a spammers e empresas de marketing digital, ou mesmo capturar informações sigilosas, tais como senhas bancárias, números de cartões de crédito, por exemplo.

Como se não bastasse, a remoção "a posteriori" desses programinhas costuma ser trabalhosa. Às vezes, a gente só se livra deles removendo também o aplicativo que lhes serviu de transporte (o que significa abrir mão das funcionalidades de um programa que instalamos por opção). E o pior é que isso nem sempre reverte o computador ao "status quo ante", de modo que pode ser necessário editar o Registro do Windows ─ tarefa desaconselhável para leigos e iniciantes, pois alterações indevidas ou mal sucedidas podem produzir efeitos ainda mais danosos (jamais edite o Registro sem antes criar um ponto de restauração do sistema e um backup da chave que será modificada). Por essas e outras:

1.    Quando for baixar um aplicativo, procure fazê-lo a partir do site do respectivo desenvolvedor. Na impossibilidade, recorra a grandes portais (Terra, UOL, etc.) ou a repositórios de download renomados (Baixaki, Superdownloads, Gratis e MeusDownloads, por exemplo). Isso não garante que os arquivos de instalação venham "limpos", mas reduz significativamente os riscos.
2.    Salve os arquivos de instalação na sua área de trabalho e cheque-os com seu antivírus, mas tenha em mente que o fato de eles serem aprovados não significa que não contenham outros programinhas. Procure mais informações na EULA (contrato de licença que deve ser aceito expressamente para liberar a instalação do software) ou recorra ao EULALYZER, que analisa o contrato e exibe informações resumidas do conteúdo, alertando para a existência de elementos potencialmente perigosos.
3.    O NINITE e o UNCHECKY também podem salvar sua pele. O primeiro é um serviço baseado na Web e, portanto, dispensa instalação; basta acessar o site, marcar as caixas correspondentes aos programas desejados e clicar em Get Installer para baixar os respectivos instaladores sem eventuais penduricalhos indesejados. O segundo é um aplicativo residente que permite desmarcar as caixas de verificação que resultam em "instalações casadas" e alerta para possíveis "armadilhas", para que você não as instale por engano.

Observação: Ao comandar a instalação de alguns programas, a tela que se abre em seguida pode dar a impressão de que somente a instalação padrão é possível (a opção personalizada aparece acinzentada, como se estivesse desabilitada). Noutros, a maneira como o processo é conduzido dá a entender que você não poderá prosseguir com a instalação do software principal se declinar dos acessórios, embora seja possível excluí-los e seguir adiante. Muita atenção, portanto.

4.    Evite instalar novos aplicativos se houver serviços online capazes de substituí-los.  Dessa forma, você se livrará da instalação e de uma futura remoção (com suas respectivas consequências), não precisará proceder atualizações e ainda economizará espaço em disco e recursos do computador, já que, nesse caso, o grosso do trabalho é feito nos servidores da Web.
5.    Independentemente da eficácia do seu antivírus, você estará mais bem protegido se contar com o auxílio adicional de programinhas como o ADWCLEANER e o SUPERANTISPYWARE, por exemplo.


Abraços a todos e até segunda.