OS MOINHOS DOS DEUSES MOEM
DEVAGAR, MAS PRODUZEM UMA EXCELENTE FARINHA.
Em tempos bicudos como os atuais, pesquisar preços é a
melhor maneira (quando não a única) de economizar. E com a aproximação do Natal, investir tempo e sola de sapato
pode fazer toda a diferença. Não que nosso calendário não esteja repleto de
efemérides que também justifiquem esse trabalho, como o dia dos namorados, das mães, dos pais, das crianças, e por aí
segue a interminável procissão de datas, a maioria instituída mais para
favorecer o consumismo do que para incentivar a comemoração do que quer que
seja. Mas o Natal ainda é o
“paraíso” dos comerciantes e o “inferno” dos que não podem — ou não querem —
gastar dinheiro.
Infelizmente, ninguém ainda foi capaz de revogar “Lei de Gérson” — consagrada numa
campanha publicitária de cigarro dos anos 1980, onde o então jogador de futebol
de mesmo nome dizia que "o
importante é levar vantagem em tudo". É certo que vivemos sob a égide
do capitalismo, e que ganhar dinheiro é regra do jogo, mas daí a explorar o
consumidor com margens de lucro aviltantes é outra história. E nem é preciso
cotejar as planilhas de custo dos produtos com os preços finais para ver a que
ponto chega a ganância de fabricantes, distribuidores, atacadistas, varejistas
e distinta companhia.
A título de ilustração, o consumidor tupiniquim foi motivo
de chacota para o jornalista Kenneth
Rapoza, conforme se vê na matéria publicada na FORBES, em 2012, segundo a qual um Jeep Grand Cherokee custava no Brasil o triplo do preço praticado
em Miami. E ainda que a carga
tributária seja um dos maiores responsáveis por absurdos como esse, os
empresários também têm sua parcela de culpa, até porque são rápidos no gatilho
para imitar o governo ladrão que temos por aqui.
Mesmo que não esteja nos seus planos de curto prazo comprar
um SUV importado, tenha em mente que
a roubalheira institucionalizada contempla todos os segmentos do mercado.
Vejamos um exemplo: na rua onde eu moro, há dois postos de combustível; num
deles, o litro do álcool custa R$2,59 e no outro, R$2,29. Talvez a diferença pareça inexpressiva (embora seja de
quase 9%), mas num tanque de 60l a economia (ou o prejuízo,
quando se faz a escolha errada) chega a R$18
— dinheiro que dá para comprar 24 garrafinhas de 500ml de água com gás no SAM’s Club.
Na revista PROTESTE deste mês, uma pesquisa realizada em padarias e supermercados do Rio apontou discrepâncias no preço do pãozinho francês que passam dos 200% (o quilo do produto é vendido a R$18 numa padaria em Copacabana e a R$5,99 numa loja do Extra, no bairro de Santa Cruz). A mesma revista informa também os preços mínimos e máximos de uma vasta gama de produtos. Numa TV de 32 polegadas da SAMSUNG, por exemplo, a variação chega a 71,4%; no smartphone LG OPTIMUS G2 D805, a 65%; na multifuncional CANON PIXMA MG3510, a 60%; e no vinho ALMADEN CHARDONNAY, a 56%.
Embora não faltem sites como o Buscapé e o Bondfaro,
por exemplo, que ajudam a comparar preços dos mais variados produtos, vale
experimentar a opção desenvolvida e disponibilizada pela própria PROTESTE. Basta seguir o link http://vai.la/iFw6
e aproveitar, mas não demore, pois o acesso para não-associados está liberado
apenas temporariamente.
Boas compras.