EXISTEM DUAS
POSSIBILIDADES: A DE ESTARMOS SOZINHOS
NO UNIVERSO E A DE NÃO ESTARMOS. E AMBAS SÃO IGUALMENTE ASSUSTADORAS.
Escusado repetir que navegar na Web está mais para safári selvagem
do que passeio no parque (ops!, agora já foi), bem como tornar a listar as
medidas preventivas que você pode (e deve) adotar para não ser pego no contrapé
— quem ainda não sabe que medidas são essas pode acessar meu blog,
digitar “segurança digital” no campo de buscas e teclar Enter para ler as postagens
que eu já publiquei sobre esse tema.
Até não muito tempo atrás, dependíamos do PC para conectar a
Internet. Hoje, no entanto, permanecemos conectados 24/7, graças às facilidades
de acesso providas por smartphones e tablets, mas isso fez com que os riscos de
infecções virais, invasões, roubos de identidade e acessos não autorizados a
informações confidenciais crescessem barbaramente. E muito embora segurança
total e privacidade a toda prova sejam meras cantigas para dormitar bovinos, sempre podemos robustecer nossas defesas, e uma forma proteger
nossa privacidade na Web é usar a navegação
sigilosa (in-private), que é disponibilizada pelos principais navegadores
de internet.
Observação: A navegação in-private não permite
escapar do radar do provedor ou dos curiosos de plantão, mas descarta cookies e
arquivos temporários ao final de cada sessão, inibe a gravação de históricos,
dados de formulários, senhas, e por aí vai, o que já é uma mão na roda. Quem
quiser navegar com total privacidade deve recorrer a uma VPN (rede virtual
privada) ou — solução mais simples — a ferramentas como o TOR ou
o ANONYMIZER.
Quando navegamos na Web,
nosso browser — aplicativo responsável pela exibição do conteúdo dos websites e
webpages — envia, juntamente com as requisições de informações aos servidores
de conteúdo, dados sobre o nosso sistema operacional, navegador, localização
geográfica, e por aí afora. Essas informações são salvas no computador (no
histórico de navegação do browser) e podem ser usadas para melhorar nossa experiência
de navegação. Por exemplo, a partir desses dados, os sites de notícias do
identificam a nossa localização geográfica para disponibilizar notícias
específicas em suas páginas iniciais; os sites de e-commerce se valem dos parâmetros
das pesquisas que realizamos no Google ou outros buscadores, e assim exibem anúncios
relacionados com temos que sejam supostamente do nosso interesse.
Infelizmente, essas informações também podem ser usadas por
pessoas inescrupulosas para finalidades pouco recomendáveis (para dizer o mínimo).
Entrar nesse mérito foge ao escopo desta postagem, de modo que vou direto ao
ponto, qual seja mostrar a vocês como usar a navegação privada para evitar
deixar esses “rastros’.
Como eu disse linhas acima, todos os navegadores de internet
(ou pelo menos os mais populares) oferecem esse recurso e permitem ajustar o nível
de privacidade desejado. No velho IE, acessamos a aba Segurança e selecionamos opção Navegação
InPrivate (note que o atalho de teclado Ctrl+Alt+P produz o mesmo resultado de maneira mais rápida e fácil).
Já no controvertido Microsoft Edge clicamos nas reticências
exibidas no canto superior direito e marcamos a opção "Nova janela InPrivate" (ou
recorremos à combinação de teclas Ctrl+Shift+P).
No Mozilla Firefox, clicamos no
botão que exibe três barrinhas horizontais paralelas e clicamos no ícone
da máscara (Nova Janela Privada) ou
o digitamos o atalho. No Google Chrome,
o caminho é basicamente o mesmo, ou seja, botão com as três barrinhas paralelas,
opção Nova janela anônima (nesse
caso, todavia, o atalho é Ctrl+Shift+N,
como no Safari).
Observação: Também é possível configurar a maioria dos navegadores para abrir a janela anônima sempre que o aplicativo for iniciado. No Chrome, que atualmente é o browser mais popular (com 54% da preferência dos usuários em nível mundial e 76% no Brasil), clicamos em Iniciar > Todos os Programas, localizamos a entrada correspondente ao browser em questão, damos um clique direito sobre ela e, no menu suspenso, escolhemos Enviar para > Área de trabalho (criar atalho). Em seguida, damos um clique direito sobre esse novo atalho, clicamos em Propriedades, na aba Atalho e, no campo Destino, no final do endereço, damos um espaço e digitamos --incógnito, de modo que a linha fique assim:
Observação: Também é possível configurar a maioria dos navegadores para abrir a janela anônima sempre que o aplicativo for iniciado. No Chrome, que atualmente é o browser mais popular (com 54% da preferência dos usuários em nível mundial e 76% no Brasil), clicamos em Iniciar > Todos os Programas, localizamos a entrada correspondente ao browser em questão, damos um clique direito sobre ela e, no menu suspenso, escolhemos Enviar para > Área de trabalho (criar atalho). Em seguida, damos um clique direito sobre esse novo atalho, clicamos em Propriedades, na aba Atalho e, no campo Destino, no final do endereço, damos um espaço e digitamos --incógnito, de modo que a linha fique assim:
“C:\Users\Nome\AppData\Local\Google\Chrome\Application\chrome.exe” --incognito.
Clicamos então em Aplicar > OK e reiniciamos o navegador (pelo atalho
que criamos, naturalmente).
Té+ler.