O surgimento dos navegadores foi um dos grandes responsáveis pela difusão da Internet entre “usuários comuns”. As versões para Unix surgiram em 1991, mas o Mosaic foi o primeiro a rodar no Windows, e o Navigator, lançado pela Netscape em 1994, o pioneiro na exibição de textos e imagens postadas em websites ─ aliás, deve-se a ele a consagração da expressão “navegar” como sinônimo de acessar páginas da Web.
Em 1995, o MS
Internet Explorer entrou no páreo e, na condição de vencedor do que ficou
conhecido como a “Primeira Guerra dos
Browsers”, sagrou-se o navegador mais utilizado mundialmente durante mais
de uma década, até que acabou destronado pelo Google Chrome ― e não pelo Mozilla
Firefox, que até então era seu principal concorrente. A trajetória de ambos
se cruzou maio de 2012, quando ambos contavam com 32% da preferência dos
internautas do mundo inteiro. A partir de então, a participação do browser do Google cresceu (hoje, ele abocanha 55%
do seu segmento de mercado, enquanto que o IE
fica em segundo lugar, com pouco mais de 13%, abaixo do Firefox, que tem quase 15%.
Frustradas todos os esforços em fazer seu velho browser
recuperar o espaço perdido, a Microsoft
resolveu substituí-lo por um programa totalmente novo, que batizou de Edge e incorporou ao Windows 10. Num primeiro momento, o programa não entusiasmou os usuários
do novo sistema. Aliás, muitos reclamaram também da insistência irritante da Microsoft na adoção do novo programa,
primeiro dificultando a configuração de outro browser como padrão do novo
sistema; depois, exibindo uma caixa de diálogo com a mensagem “Dê uma chance ao Microsoft Edge”. Mas
parece que tudo isso é passado: eu, particularmente, não tive a menor
dificuldade em instalar o Firefox ―
e configurá-lo como padrão ― e o Chrome
no meu Windows 10 (aliás, só
utilizei o Edge para fazer o
download dos concorrentes), sem mencionar que o problema de falte de suporte a
extensões (plug-ins) parece ter sido devidamente solucionado.
Os pontos altos do novo navegador são sua integração com a Cortana e o recurso de anotações.
Observação: A Cortana
é uma assistente pessoal que permite a interação entre o usuário, o sistema
operacional e seus aplicativos por meio de comandos de voz. Note que a versão em
português do Brasil, que ainda está em fase de conclusão, foi liberada apenas
para membros do programa Windows Insider
― ou seja, para fazer parte dessa seleta confraria, é preciso instalar uma
versão de teste do Windows 10 a partir do build 14279, e considerando que “os
pioneiros são reconhecidos pela flecha espetada no peito”, a conclusão me
parece óbvia.
Apesar de ser um browser inovador sob diversos aspectos, o Edge padece do mesmo mal que afligia
seu antecessor, ou seja, ele só funciona na plataforma Windows e, pior, apenas no Windows
10. Essa é uma limitação que a maioria dos navegadores atuais não tem, já
que são oferecidos em versões compatíveis também com o Mac OS, o Linux e
sistemas para dispositivos móveis, como o Android
e o iOS.
Por último, mas não menos importante, vale lembrar que o Edge tem por missão substituir o
desprestigiado e antiquado IE, mas
isso não significa que o browser veterano tenha sido banido do Windows 10. Embora ele não figure na
lista Todos os aplicativos do menu Iniciar, você pode convocá-lo
facilmente digitando Internet Explorer
no campo de buscas da barra de ferramentas e clicando no primeiro item exibido
na lista de resultados (Internet
Explorer Aplicativo da área de trabalho). Se tencionar utilizar esse
navegador com frequência, você pode clicar sobre o item em questão com o botão
direito e escolher Fixar na barra de
tarefas ou Fixar na Tela Inicial.
Por hoje é só, pessoal. Abraços e até a próxima.