A GALINHA VEIO
ANTES DO OVO. ELE FOI APENAS O JEITO QUE ELA ENCONTROU PARA SE REPRODUZIR.
Vimos no
post anterior que o Correio Eletrônico
revolucionou a intercomunicação pessoal, notadamente devido ao fato de o email
ser mais rápido, versátil, prático e barato do que o serviço postal convencional,
além de dispensar papel, envelope selo e o deslocamento do remetente até uma
agência dos Correios. Todavia, convém ter em mente que essa modalidade de
correspondência está mais para um cartão-postal
digital do que para uma carta envelopada, já que, por trafegar “aberta”
pela Rede, pode ser interceptada por quem estiver no lugar certo na hora certa
e contar com os recursos adequados.
Isso pode parecer paranoia, mas a verdade é que nenhuma informação transmitida pela Internet está segura. No mais das vezes, até as senhas trafegam sem qualquer proteção, facilitando as indesejáveis invasões de privacidade ― que, diferentemente do que é comum imaginar, não requerem necessariamente conhecimentos ou recursos sofisticados.
No trabalho, deixar o PC "dando sopa" enquanto você vai ao banheiro, por exemplo, é um convite para um chefe invasivo ou um colega abelhudo vasculhar seus arquivos; em casa, compartilhar o computador com outros familiares sem o uso de contas individuais é um grave risco à privacidade do usuário ― vale lembrar que as crianças costumam ser irresponsáveis, e a esposa de hoje pode ser a inimiga de amanhã.
Outra questão importante tem a ver com a confiabilidade do serviço: a maioria de nós redige um email, clica no botão "enviar" e dá o assunto por encerrado, mas o fato de não receber uma notificação de falha na remessa ― ou de receber apenas uma resposta automática ― não significa obrigatoriamente que o destinatário leu (e compreendeu) a mensagem. Até porque, a despeito da popularização dos PCs e do acesso à Internet em banda larga, muita gente ainda não criou o hábito (saudável) de acessar seus emails regularmente ― ou não o faz por falta de meios, de tempo ou de oportunidade.
Então, sempre que for tratar de assuntos que demandem especial atenção ou respostas
imediatas, prefira usar um aplicativo de mensagens instantâneas, que permite
estabelecer diálogos em "tempo real" ― via teclado, voz, ou mesmo
por videoconferência, dependendo dos recursos do programa e do hardware instalado
nas máquinas envolvidas ― e quando o assunto for realmente
importante e exigir atenção imediata da outra parte, recorra ao velho e confiável telefone.
Amanhã tem
mais, pessoal. Abraços e até lá.