No início deste mês, a Folha deu conta de que a delação de Leo Pinheiro havia empacado, pois os investigadores não engoliram a lorota de que as obras que a OAS realizou no famoso tríplex do Guarujá e no sítio de Atibaia teriam sido uma forma de agradar a Lula
― e não contrapartidas a algum benefício que o grupo tenha recebido ―,
que o petista não desempenhou papel algum nas reformas, e blá, blá, blá.
Mas não há nada como o tempo para passar, e não demorou muito para que o amigão de Lula revisse sua posição e mudasse a cantilena: segundo Reinaldo Azevedo, o empresário
reconheceu que o petralha era mesmo lobista da empreiteira, que tratou
da reforma do sítio de Atibaia e do apartamento do Guarujá diretamente
com ele, e que sua empresa arrumou um emprego para o marido de Rosemary Noronha ― maldosamente chamada de “primeira amante” quando Lula era presidente e ela, chefe do “Planaltinho” (escritório da Presidência da República em São Paulo).
Observação: Dizem as más-línguas que Rose e Lula “trocavam figurinhas” desde 1993. A moçoila foi incorporada à equipe de campanha na corrida presidencial de 1994, promovida posteriormente a secretária de José Dirceu, lotada mais adiante como "assessora especial" no braço do Palácio do Planalto em São Paulo e, por decisão do próprio Lula, empossada chefe do gabinete, quando então passou a ter direito a três assessores e carro e motorista. O relacionamento do casal foi escondido do público durante décadas, mas Rose integrava a comitiva oficial sempre que a primeira-dama não acompanhava o ex-presidente em viagens internacionais, muito embora sua presença causasse constrangimento no Itamaraty e de ela viajar “clandestinamente” (ou seja, sem figurar na lista oficial) no avião presidencial. Na chefia do gabinete, Rose era conhecida pelo temperamento difícil, e ainda que fosse discreta e evitasse contato com a imprensa, funcionários do alto escalão do governo e amigos do ex-presidente não negam o relacionamento de ambos (a propósito, vele a pena ler esta matéria).
Léo Pinheiro contou ainda que doou dinheiro de forma ilegal para as campanhas presidenciais do PT de 2006, 2010 e 2014, e que as propinas foram negociadas com Guido Mantega e Luciano Coutinho. Além disso, disparou acusações contra Aécio, Jucá, Geddel, Renan Calheiros e Eduardo Cunha. Segundo a petralhada, teria sobrado também Michel Temer, mas até agora não há sinais disso, e sim de que PT é que sai ainda mais destroçado dessa nova cachoeira de imputações.
Paralelamente, Marcelo Odebrecht ― que até pouco tempo atrás criticava duramente os delatores ― acabou revendo seus conceitos depois que todos os recursos jurídicos e as maracutaias de bastidores que visavam livrá-lo da cadeia falharam. O conteúdo de sua delação vem tirando o sono de um bocado de figurões da República, dentre os quais Lula, Dilma, 13 governadores e 36 senadores (tanto do PT quanto do PMDB e de outros partidos).
A Lava-Jato descobriu que a Odebrecht tinha um setor específico para pagamento de propinas que abastecia os partidos, tanto governistas quanto de oposição. O “Príncipe das Empreiteiras”, que sempre encheu o ex-presidente Lula de elogios e cifrões, já confirmou que uma conta do marqueteiro João Santana no exterior recebeu US$3 milhões da Odebrecht, que outros US$22,5 milhões foram repassados em dinheiro vivo, e que o uso dessa dinheirama (financiamento de campanha não declarado) foi coordenado por Giles Azevedo e Anderson Dorneles, pessoas de estrita confiança de Dilma, “a injustiçada”.
Na lista da Odebrecht ― cujo faturamento saltou de R$17,3 bilhões para R$107,7 bilhões em 12 anos de governo petista ― também estariam Romero Jucá, os atuais ministros Geddel Vieira Lima e Eduardo Alves, e o senador Aécio Neves. E a situação dos ex-ministros petistas Antonio Palocci e Guido Mantega é igualmente delicada: o primeiro, apelidado de “Italiano”, aparece ligado a um pagamento irregular de R$6 milhões; o segundo, cuja alcunha é “pós-italiano”, de R$50 milhões.
Entre 2008 e 2012, os pagamentos irregulares da Odebrecht ao PT teriam chegado R$ 200 milhões.
Como disse a ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do segundo mandato de Dilma, a senadora peemedebista Kátia Abreu, “EM BREVE, NO BRASIL, A BANANA VAI COMER O MACACO. A CADA DIA, MAIS UMA AGONIA. AS SURPRESAS NÃO ACABAM”.
Observação: Dizem as más-línguas que Rose e Lula “trocavam figurinhas” desde 1993. A moçoila foi incorporada à equipe de campanha na corrida presidencial de 1994, promovida posteriormente a secretária de José Dirceu, lotada mais adiante como "assessora especial" no braço do Palácio do Planalto em São Paulo e, por decisão do próprio Lula, empossada chefe do gabinete, quando então passou a ter direito a três assessores e carro e motorista. O relacionamento do casal foi escondido do público durante décadas, mas Rose integrava a comitiva oficial sempre que a primeira-dama não acompanhava o ex-presidente em viagens internacionais, muito embora sua presença causasse constrangimento no Itamaraty e de ela viajar “clandestinamente” (ou seja, sem figurar na lista oficial) no avião presidencial. Na chefia do gabinete, Rose era conhecida pelo temperamento difícil, e ainda que fosse discreta e evitasse contato com a imprensa, funcionários do alto escalão do governo e amigos do ex-presidente não negam o relacionamento de ambos (a propósito, vele a pena ler esta matéria).
Léo Pinheiro contou ainda que doou dinheiro de forma ilegal para as campanhas presidenciais do PT de 2006, 2010 e 2014, e que as propinas foram negociadas com Guido Mantega e Luciano Coutinho. Além disso, disparou acusações contra Aécio, Jucá, Geddel, Renan Calheiros e Eduardo Cunha. Segundo a petralhada, teria sobrado também Michel Temer, mas até agora não há sinais disso, e sim de que PT é que sai ainda mais destroçado dessa nova cachoeira de imputações.
Paralelamente, Marcelo Odebrecht ― que até pouco tempo atrás criticava duramente os delatores ― acabou revendo seus conceitos depois que todos os recursos jurídicos e as maracutaias de bastidores que visavam livrá-lo da cadeia falharam. O conteúdo de sua delação vem tirando o sono de um bocado de figurões da República, dentre os quais Lula, Dilma, 13 governadores e 36 senadores (tanto do PT quanto do PMDB e de outros partidos).
A Lava-Jato descobriu que a Odebrecht tinha um setor específico para pagamento de propinas que abastecia os partidos, tanto governistas quanto de oposição. O “Príncipe das Empreiteiras”, que sempre encheu o ex-presidente Lula de elogios e cifrões, já confirmou que uma conta do marqueteiro João Santana no exterior recebeu US$3 milhões da Odebrecht, que outros US$22,5 milhões foram repassados em dinheiro vivo, e que o uso dessa dinheirama (financiamento de campanha não declarado) foi coordenado por Giles Azevedo e Anderson Dorneles, pessoas de estrita confiança de Dilma, “a injustiçada”.
Na lista da Odebrecht ― cujo faturamento saltou de R$17,3 bilhões para R$107,7 bilhões em 12 anos de governo petista ― também estariam Romero Jucá, os atuais ministros Geddel Vieira Lima e Eduardo Alves, e o senador Aécio Neves. E a situação dos ex-ministros petistas Antonio Palocci e Guido Mantega é igualmente delicada: o primeiro, apelidado de “Italiano”, aparece ligado a um pagamento irregular de R$6 milhões; o segundo, cuja alcunha é “pós-italiano”, de R$50 milhões.
Entre 2008 e 2012, os pagamentos irregulares da Odebrecht ao PT teriam chegado R$ 200 milhões.
Como disse a ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do segundo mandato de Dilma, a senadora peemedebista Kátia Abreu, “EM BREVE, NO BRASIL, A BANANA VAI COMER O MACACO. A CADA DIA, MAIS UMA AGONIA. AS SURPRESAS NÃO ACABAM”.