A PROCTOLOGIA
É A ÁREA DA MEDICINA ONDE MAIS SE VÊ A INCLUSÃO DIGITAL.
No âmbito da
segurança digital, uma das recomendações mais comuns é a criação de senhas “seguras”, assim compreendidas as que integram pelo menos 8
caracteres e combinam letras maiúsculas e minúsculas com algarismos e
caracteres especiais (tipo #, *, &,
etc.). Todavia, isso costuma ser complicado quando usamos smartphones sem teclados
físicos, tablets ou outros dispositivos em que é preciso alternar entre as
várias formas de exibição do teclado virtual para grafar letras maiúsculas,
algarismos, sinais gráficos e outros símbolos.
Para evitar
esse “desconforto”, muita gente se vale de frases-senhas
ou das primeiras sílabas de um verso ou de uma canção, por exemplo ― como oudoiasmarpla, de “ouviram do Ipiranga
as margens plácidas”), já que essa permite criar palavras-chave relativamente
seguras e fáceis de memorizar. Mas vale lembrar
que é desconfortável digitar senhas longas em telas sensíveis ao toque (Touch
Screen), e que, hoje em dia, é mais comum a bandidagem digital capturar as senhas
através do phishing scam do que de
programinhas que as descobrem por “força-bruta” (testando exaustivamente todas
as combinações possíveis) ― situação em que uma senha especialmente longa ou
complexa não oferece mais proteção do que outra mais simples e com menos
caracteres.
Algumas empresas aconselham seus funcionários a trocar as senhas
mensalmente, mas isso não aprimora a segurança, já que, no mais das vezes, os
usuários acrescentam ou substituem um ou dois caracteres. Os gerenciadores de
senhas também são bastante utilizados, mas quase sempre resultam apenas em mais
uma palavra ou frase secreta a ser memorizada. Uma solução cada vez mais
adotada por diversos sites, inclusive de bancos, é a autenticação em duas
etapas, na qual uma delas é realizada a partir do telefone celular. Isso
garante uma camada adicional de segurança, mas os usuários nem sempre a veem com
bons olhos, já que dá mais trabalho e retarda o processo de autenticação.
Convém jamais utilizar senhas que dão acesso a serviços importantes ― como a do
banco online, por exemplo ― no webmail ou em foros de discussões,
também por exemplo, até porque nem todos os sites protegem os dados como
deveriam. Demais disso, não custa seguir algumas regrinhas simples ― mas
funcionais ― que a gente já discutiu em dezenas de postagens aqui no Blog (para
saber mais, digite senha na caixa de
pesquisa e confira os resultados). Dentre outras sugestões importantes, vale
evitar criar senhas a partir da data de nascimento, placa do carro, número do
telefone ou de documentos, nomes de familiares ou animais de estimação, bem
como trocar as senhas periodicamente e, como dito, não recorrer à mesma senha para
múltiplos fins ― e por mais trabalhoso que seja, optar sempre que possível pela autenticação em duas etapas. Afinal, ainda que não existam senhas 100%
seguras, quanto mais você dificultar a ação dos malfeitores, melhor.
Por hoje é
só, pessoal. Até a próxima.