A SUPREMA ARTE
DA GUERRA É DERROTAR O INIMIGO SEM LUTAR.
Prosseguindo
com a lista de vacilos que põem em risco a segurança dos dados (objeto da
postagem anterior), o próximo alerta remete ao uso de redes Wi-Fi públicas para
acessar a Internet ― coisa que antigamente era limitada aos notebooks, mas que
agora se estende também aos tablets e smartphones, facilitando sobremaneira a
ação dos cibercriminosos. Nesse caso, a
recomendação é utilizar sempre uma VPN
(sigla em inglês para rede virtual privada), que cria um caminho privado na Web
para a transmissão das informações (processo conhecido como tunelamento, conforme a gente discutiu
em outras postagens), tornando-as “invisíveis” para quem está “fora do túnel”.
Para usuários de smartphones e tablets com sistema Android, uma boa opção é a SuperVPN
Free VPN Client.
Outra
mancada é “abrir o coração” (ou, melhor dizendo, escancarar a privacidade) em redes sociais, onde, como sabemos,
vale a velha regrinha do “menos é mais”. Divulgar em detalhes tudo que você faz
ao longo do dia ― mencionando a empresa em que trabalha, a escola onde estuda, a
rua onde mora, o restaurante onde almoça, e assim por diante) é dar de bandeja a pessoas eventualmente
mal-intencionadas informações sobre seus hábitos e horários, especialmente se
seu perfil estiver no modo público. Portanto, evite divulgar informações que
revelem muito sobre a sua rotina. Lembre-se de que um dos axiomas da segurança
é jamais deixar a mão esquerda saber o que a direita está fazendo.
Observação: Se, durante uma viagem de férias, você der detalhes sobre o seu roteiro, qualquer
pessoa saberá onde você está/estará e por quanto tempo ficará longe de casa.
Demais disso, fotos e vídeos podem dizer muito sobre você; evite compartilhar imagens excessivamente sensuais ou que possam causar constrangimento
em situações cotidianas, como aquelas em que você aparece “bebaço”. Jamais
publique fotos de amigos ou parentes sem prévia autorização, e se for
compartilhar fotos de filhos pequenos, exclua as que foram tiradas na porta de
casa ou com a criança vestindo o uniforme da escola, por exemplo, pois os criminosos podem se aproveitar desses dados para realizar assaltos e até mesmo
sequestros. E o mesmo vale para fotos em que a placa do seu carro aparece legível. Pode parecer paranoia, mas
é apenas bom senso.
A próxima
dica é ativar o Bluetooth do seu
tablet/smartphone somente quando for utilizar o recurso, pois ele não só consome energia ― e, portanto, reduz a autonomia da bateria ―, mas também permite que alguém mal-intencionado que esteja nas proximidades acesse seus dados sem que você se dê conta. Igualmente importante é fazer logoff e não salvar seu ID e senha de
acesso tão logo termine de realizar transações de netbanking ou compras online.
Melhor precisar digitar tudo de novo na próxima vez do que amargar
prejuízos no caso de o aparelho cair em mãos erradas.
Por último,
mas não menos importante, sempre que você trocar seu PC, smartphone ou tablet, destrua as informações gravadas no disco rígido/memória interna
do aparelho, especialmente se for revende-lo ou doá-lo. E não basta
simplesmente apagar a agenda de contatos, emails, fotos, vídeos e arquivos pessoais; é
preciso reverter o dispositivo às configurações de fábrica e sobrescrever os dados. Do contrário, alguém com conhecimento de informática e aplicativos apropriados poderá recuperá-los com relativa facilidade e fazer sabe
lá Deus o que com eles. No entanto, como também já discutimos essa
questão em outras oportunidades, não faz sentido“espichar” ainda mais esta
postagem com informações redundantes.
Era isso,
pessoal. Espero ter ajudado.