POBRE, QUANDO METE A MÃO NO
BOLSO, SÓ TIRA OS CINCO DEDOS. SE FOR O POBRE DE ARAQUE, A ALMA VIVA MAIS
HONESTA DA GALÁXIA, TIRA SÓ QUATRO.
Houve tempos em que os computadores ocupavam salas inteiras
e precisavam ser mantidos sob refrigeração forçada para funcionar. Hoje, bem
mais leves e de dimensões bastante reduzidas, esses prodígios da tecnologia têm
presença garantida em nossa mesa de trabalho (desktops e all-in-ones), mochila
(notebooks), bolsa ou bolso (tablets e smartphones). Mas continuam sensíveis ao
calor.
Em algumas regiões do Brasil, a temperatura pode facilmente
passar dos 40ºC durante o verão e chegar ao dobro disso no interior do
gabinete, daí ser importante manter desobstruídas as aletas (ranhuras) de
ventilação dos desktops e notebooks e fazer uma limpeza interna de tempos em
tempos). Nos modelos de mesa, qualquer pessoa minimamente experiente é capaz de
abrir o gabinete para fazer a faxina (para mais detalhes, clique aqui e aqui), mas nos notebooks a história
é outra (confira nesta postagem).
Se você costuma operar seu note no colo e o calor dissipado
pelo aparelho chega a incomodar, colocar almofadas, mantas ou travesseiros sob
ele é uma péssima ideia, pois isso pode bloquear a circulação do ar e elevar
ainda mais a temperatura interna do portátil. Em ambientes fechados, nos dias
de muito calor, vale até providenciar um suporte com cooler acoplado.
As consequências do superaquecimento podem ir de um simples
travamento à fritura (literal) do processador ― ainda que os modelos de
fabricação mais ou menos recente contam com chips que se desligam
automaticamente quando a temperatura atinge o patamar pré-definido pelo
fabricante. Para complicar, nem sempre é fácil diferenciar o aquecimento normal
do superaquecimento, mas o zumbido do cooler girando na velocidade máxima
durante muito tempo é um bom indicativo. E caso a tela escureça “do nada”, ou o
computador travar quando você tenta abrir arquivos ou inicializar aplicativos
mais pesados, ou ainda se ele reinicia sem mais aquela, fique esperto.
Como é sempre melhor prevenir do que remediar, vale a pena
recorrer a um monitor dedicado, como o excelente Speccy
― que é oferecido gratuitamente pela Piriform (desenvolvedora do
festejado CCleaner). Com
esse programinha, basta um clique do mouse para conferir diversas informações sobre
o hardware, dentre as quais a temperatura da CPU, da placa-mãe, do HD, e até
mesmo da placa gráfica. Demais disso, evite sobrecarregar o processador e
demais subsistemas da máquina executando e mantendo abertos muitos programas ao
mesmo tempo ― ainda que o sistema seja multitarefa, você não é ―, sem falar que
a maioria dos notebooks não é a melhor opção para jogar games radicais ou rodar
aplicativos muito pesados (como os de editoração gráfica, por exemplo).
Nos smartphones e tablets, a exposição ao calor é agravada
pelo fato de levarmos esse aparelho conosco a toda parte (inclusive à praia,
onde o sol, potencializado pelo calor refletido pela areia, pode travar esse
gadgets). Outro efeito do calor excessivo nesses aparelhos é reduzir a
autonomia da bateria, que descarrega bem mais depressa quando exposta a altas
temperaturas ― daí muita gente colocar o smartphone na geladeira por alguns
minutos quando a bateria está “no osso” (funciona, mas não espere milagres e
nem coloque o aparelho no freezer, pois a bateria não deve “congelar”).
Procure não esquecer o telefone dentro do carro quando
estacionar sob o sol: além de potencializar o calor (que pode passar dos 60°C
no interior do veículo), esse descuido costuma atrair a atenção dos amigos do
alheio, além de causar problemas à bateria, danificar os displays de cristal
líquido ou mesmo “enrugar” as partes plásticas do dispositivo.
Habitue-se a ativar recursos como Wi-Fi, 3G/4G e GPS somente se e quando você realmente
os for utilizar. Mantê-los operantes o tempo todo aumenta o consumo de energia
e sobrecarrega o processador, gerando ainda mais calor. Evite também rodar
games ou outros app “pesados” quando o smartphone estiver exposto a altas
temperaturas, e caso ele se torne instável, desligue-o imediatamente e deixe-o
por alguns minutos num local onde a temperatura seja mais amena. Nesse caso,
jamais coloque o aparelho na geladeira, pois o choque térmico só irá piorar a
situação.
TEMER E SEU DIA “D”
O dia 6 de junho de 1944 ― data em que os aliados desembarcaram na costa da Normandia, dando início ao fim da Segunda Guerra Mundial ― ficou conhecido mundialmente como o “DIA D”. Já a versão tupiniquim será a próxima quarta-feira, dia 2 de agosto, quando o relatório do deputado Paulo Abi-Ackel, favorável a Michel Temer, deverá ser votado no plenário da Câmara.
Note que essa votação não condena nem absolve o presidente, apenas decide se a denúncia apresentada contra ele pelo procurador-geral Rodrigo Janot será ou não encaminhada ao STF. Para que seja, é preciso que 342 deputados (maioria qualificada de 2/3 dos 513 parlamentares) votem contra o parecer do relator. E para que Temer seja afastado (por 180 dias ou até a deliberação final), é necessário ainda que o Supremo acolha a denúncia. Do contrário, o assunto será encerrado ― ao menos até que Janot solte a próxima flecha, digo, a segunda das três denúncias que prometeu apresentar até 16 de setembro, quando será substituído no comando da PGR pelo hoje subprocuradora Raquel Dodge.
Observação: O deputado Sérgio Zveiter, relator da CCJ da Câmara, havia apresentado parecer favorável ao prosseguimento da investigação, mas aí a tropa de choque do Planalto entrou em ação, as torneiras do cofre foram abertas e os proxenetas da Casa cumpriram sua função. Segundo O GLOBO, nas duas semanas anteriores à votação na CCJ, o governo liberou R$ 15,3 bilhões, entre programas e emendas parlamentares. Com isso, o relator “hostil” foi trocado, boa parte dos membros da comissão foram substituídos por deputados alinhados com os interesses do presidente e o que era noite se fez dia, o que era água se vez vinho, o parecer de Zveiter foi para o lixo e o de Abi-Ackel foi aprovado por 41 votos a 24.
É nítida, portanto, a intenção de Temer de comprar o apoio de deputados venais como prostitutas nas zonas de baixo meretrício. Na CCJ, deu certo. Agora, haverá o enfrentamento decisivo. Quanto mais isso nos custará? Enquanto a equipe econômica peleja para manter o rombo orçamentário dentro da meta (com um déficit de R$ 139 bilhões) ― o que é uma missão quase impossível, devido à recessão, à pífia recuperação da economia, ao aumento das despesas e à redução das receitas ―, FrankensTemer reencarna Dilma, o Zumbi do Planalto, e faz “o diabo” para se manter no cargo, queimando os 5% de aprovação popular que lhe restam com o indecente aumento de impostos sobre os combustíveis. E não me venham dizer que não existe margem para corte nas despesas (se você não leu, leia o que eu escrevi nesta postagem).
Entrementes, especulações campeiam soltas: Janot vai fazer isso, o delator “x” vai contar aquilo, a tropa de choque do Planalto vai, a oposição não vai, o Supremo vai e não vai. Analistas políticos antecipam o fim do mundo várias vezes por dia, enquanto os congressistas gozam suas “merecidas férias de meio de ano”. Para suas excelências não há crise, desemprego ou preocupação com o preço dos combustíveis. Acho que esse povo nem imagina quanto custa o litro da gasolina, do álcool ou do diesel. Muito menos o preço da passagem do ônibus ou do metrô.
E assim la nave va, os cães ladram e a caravana passa. O atual governo mostrou o que sempre foi: a segunda parte da calamidade que foi o governo Dilma. Como bem ressaltou o jornalista J.R. Guzzo em sua coluna na edição de Veja desta semana, Temer continua sendo o ex-presidente que já é há tempos. Paga pelo que fez. Há quinze anos, ou sabe-se lá quantos, vive para servir o ex-presidente Lula e o PT, e para servir-se de ambos.
Os grandes amigos de ontem e inimigos de hoje deram de presente a Michel Temer tanto o cargo de vice quanto o desastre que vinham gestando desde que assumiram o comando do país, em 2003. A vida é dura. Não dá para ser vice de Dilma e acabar bem.
TEMER E SEU DIA “D”
O dia 6 de junho de 1944 ― data em que os aliados desembarcaram na costa da Normandia, dando início ao fim da Segunda Guerra Mundial ― ficou conhecido mundialmente como o “DIA D”. Já a versão tupiniquim será a próxima quarta-feira, dia 2 de agosto, quando o relatório do deputado Paulo Abi-Ackel, favorável a Michel Temer, deverá ser votado no plenário da Câmara.
Note que essa votação não condena nem absolve o presidente, apenas decide se a denúncia apresentada contra ele pelo procurador-geral Rodrigo Janot será ou não encaminhada ao STF. Para que seja, é preciso que 342 deputados (maioria qualificada de 2/3 dos 513 parlamentares) votem contra o parecer do relator. E para que Temer seja afastado (por 180 dias ou até a deliberação final), é necessário ainda que o Supremo acolha a denúncia. Do contrário, o assunto será encerrado ― ao menos até que Janot solte a próxima flecha, digo, a segunda das três denúncias que prometeu apresentar até 16 de setembro, quando será substituído no comando da PGR pelo hoje subprocuradora Raquel Dodge.
Observação: O deputado Sérgio Zveiter, relator da CCJ da Câmara, havia apresentado parecer favorável ao prosseguimento da investigação, mas aí a tropa de choque do Planalto entrou em ação, as torneiras do cofre foram abertas e os proxenetas da Casa cumpriram sua função. Segundo O GLOBO, nas duas semanas anteriores à votação na CCJ, o governo liberou R$ 15,3 bilhões, entre programas e emendas parlamentares. Com isso, o relator “hostil” foi trocado, boa parte dos membros da comissão foram substituídos por deputados alinhados com os interesses do presidente e o que era noite se fez dia, o que era água se vez vinho, o parecer de Zveiter foi para o lixo e o de Abi-Ackel foi aprovado por 41 votos a 24.
É nítida, portanto, a intenção de Temer de comprar o apoio de deputados venais como prostitutas nas zonas de baixo meretrício. Na CCJ, deu certo. Agora, haverá o enfrentamento decisivo. Quanto mais isso nos custará? Enquanto a equipe econômica peleja para manter o rombo orçamentário dentro da meta (com um déficit de R$ 139 bilhões) ― o que é uma missão quase impossível, devido à recessão, à pífia recuperação da economia, ao aumento das despesas e à redução das receitas ―, FrankensTemer reencarna Dilma, o Zumbi do Planalto, e faz “o diabo” para se manter no cargo, queimando os 5% de aprovação popular que lhe restam com o indecente aumento de impostos sobre os combustíveis. E não me venham dizer que não existe margem para corte nas despesas (se você não leu, leia o que eu escrevi nesta postagem).
Entrementes, especulações campeiam soltas: Janot vai fazer isso, o delator “x” vai contar aquilo, a tropa de choque do Planalto vai, a oposição não vai, o Supremo vai e não vai. Analistas políticos antecipam o fim do mundo várias vezes por dia, enquanto os congressistas gozam suas “merecidas férias de meio de ano”. Para suas excelências não há crise, desemprego ou preocupação com o preço dos combustíveis. Acho que esse povo nem imagina quanto custa o litro da gasolina, do álcool ou do diesel. Muito menos o preço da passagem do ônibus ou do metrô.
E assim la nave va, os cães ladram e a caravana passa. O atual governo mostrou o que sempre foi: a segunda parte da calamidade que foi o governo Dilma. Como bem ressaltou o jornalista J.R. Guzzo em sua coluna na edição de Veja desta semana, Temer continua sendo o ex-presidente que já é há tempos. Paga pelo que fez. Há quinze anos, ou sabe-se lá quantos, vive para servir o ex-presidente Lula e o PT, e para servir-se de ambos.
Os grandes amigos de ontem e inimigos de hoje deram de presente a Michel Temer tanto o cargo de vice quanto o desastre que vinham gestando desde que assumiram o comando do país, em 2003. A vida é dura. Não dá para ser vice de Dilma e acabar bem.
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