Além da esposa Marcela
e do filho Michelzinho, apenas 3%
dos brasileiros parecem ter alguma simpatia pelo presidente Michel Temer. Segundo o Instituto Paraná Pesquisas, 87,4% dos
entrevistados disseram que ele não representa o país; só 9,2% responderam
positivamente e 3,5% não souberam ou não quiseram opinar. Mas é impossível
negar que a economia melhorou substancialmente desde o peemedebista subiu de
posto, depois que Dilma foi
providencialmente penabundada do Planalto, mesmo que sua gestão não passe de um
terceiro tempo dos governos petistas.
Pesquisas por amostragem devem ser vistas com reservas.
Afinal, quem garante que alguns milhares de gatos-pingados representem quase
210 milhões de brasileiros, e que suas respostas permitam antecipar o que
acontecerá daqui a um ano, quando ― e se ― 150 milhões de eleitores irão às
urnas para escolher o próximo presidente?
Observação: “Se”, porque estima-se que 30% desse total se absterão de votar, votarão em branco ou anularão o voto, sem mencionar que 2 milhões de eleitores regularmente inscritos estarão impedidos de votar porque não deram as caras nas 3 últimas eleições nem justificaram a ausência.
Observação: “Se”, porque estima-se que 30% desse total se absterão de votar, votarão em branco ou anularão o voto, sem mencionar que 2 milhões de eleitores regularmente inscritos estarão impedidos de votar porque não deram as caras nas 3 últimas eleições nem justificaram a ausência.
Contrapõem-se ao
estrondoso repúdio a Temer as intenções de voto amealhadas por Lula,
o eterno “president-to-be” que aparece como líder
absoluto em qualquer cenário. Pelo andar da carruagem, é possível que ele
chegue a 2018 com 120% da preferência do eleitorado, a despeito de seus
virtuais adversários pontuarem nas mesmas pesquisas. Mesmo assim, o último
levantamento do IBOPE repetiu os números do Datafolha, indicando
que tanto Lula quanto Bolsonaro pararam de crescer nas pesquisas ―
até porque cada um deles tem seu nicho de seguidores, e esse número não é inesgotável.
No entanto, se Bolsonaro pode roubar o eleitorado mais pobre de Lula,
o petralha não pode roubar o eleitorado mais alfabetizado do concorrente.
Muita água vai rolar
até outubro. O Demiurgo de Garanhuns é hepta-réu e já foi condenado a 9
anos e meio de prisão. Em sendo confirmada a sentença do juiz Sérgio Moro,
a lei da ficha-limpa o afastará do
páreo. Demais disso, se nada mudar no entendimento do STF quando ao
cumprimento da pena após confirmação de sentença condenatória em 2 ª instância,
Lula poderá ser hóspede do sistema prisional tupiniquim por ocasião das
próximas eleições (torçamos).
Como boa parte dos
eleitores é composta de desinformados (para não dizer “completos imbecis”), o
nome do petralha é o mais lembrado pelos entrevistados, até porque muitos o
associam ao período de bonança que reinou durante seu primeiro mandato ― devido
a circunstâncias que não vou discutir agora, mas que dificilmente se repetiriam
na atual conjuntura, caso o Parteiro do Brasil Maravilha voltasse a
governar esta Banânia. Demais disso, ele já “vem candidato” desde 2014 ― e só
não disputou a presidência porque a campanha “Volta, Lula” foi abortada pela ação de Dilmanta, que
ameaçou dar com a língua nos dentes se
não pudesse concorrer à reeleição. Para alguns, no entanto, bastaria o Exterminador
do Plural passar duas semanas em Miami para a colônia brasileira da Flórida
conseguir o impeachment de Trump e eleger o petista presidente dos
Estados Unidos.
Depois da patética
“caravana pelo nordeste”, o Deus Pai da Petelândia e sua trupe de circo
mambembe ― com Dilmanta a reboque ― percorreram dezenas de municípios
mineiros desfiando o rosário dos injustiçados, repetindo o ramerrão do perseguido
pelas elites por favorecer os mais pobres, afirmando que o Redentor dos
Miseráveis teve sua vida pregressa revirada e nada foi encontrado ― como
se 7 processos, 1 condenação a 9 anos e 6 meses de prisão fossem “nada” ―,
tudo com o propósito de granjear votos dos desvalidos, desinformados e
despudorados de plantão. Até agora, o TSE vinha se fingindo de morto ― o
que não surpreende se considerarmos quem é o atual presidente daquela Corte ―,
mas parece que Lula e Bolsonaro entraram na mira do Tribunal por propaganda
eleitoral antecipada (a legislação permite a propaganda somente a partir de
15 de agosto do ano da eleição e prevê multa de R$ 5 mil a R$ 25 mil para quem
violar a restrição). No caso específico do Morubixaba dos Picaretas, o MPF
questionou sua participação na “inauguração popular da Transposição de Águas
do São Francisco”, em março deste ano, à luz de declarações que revelam a
inequívoca intenção de anunciar e promover sua futura candidatura (de acordo
com o TSE, não há questionamentos sobre os presidenciáveis tucanos Geraldo
Alckmin e João Doria e o pedetista Ciro Gomes).
Mas o que tem Henrique
Meirelles a ver com tudo isso? Nada. A não ser o fato de ele ter resolvido
surfar na recuperação da economia e anunciar sua intenção de concorrer à
presidência no ano que vem. Até a semana passada, o ministro vinha se
esquivando de especulações a propósito, mas mudou o discurso na última quarta-feira,
Dia de Todos os Santos, quando falou abertamente sobre os fatores que
podem influenciar sua decisão (confira nesta matéria). Ato
contínuo, Malu Gaspar publicou, na edição da revista Piauí que
chega às bancas na próxima segunda-feira, que Meirelles recebeu R$ 180
milhões por serviços prestados à holding J&F, de Joesley
Batista. A reportagem afirma ainda que o ministro, quando presidiu o
conselho de administração da J&F (entre 2014 e 2016), assinou atas
de reuniões e balanços de final de ano.
Para Meirelles,
era tudo “fake”; o conselho
nunca se reuniu.
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