A passagem de Lula pelo Rio de Janeiro pôs um gosto amargo na boca de quem
assistiu ao espetáculo deprimente, oscilando entre a incredulidade e a náusea. Como
traduzir o desgosto de ver tantos brasileiros, que nada aprenderam com a
história recente, compactuando, apoiando e incentivando o crime, a corrupção e
o populismo barato?
A voz rouca de Lula despejava uma avalanche de informações manipuladas, abusava de
baixezas, argumentos tortos, frases de efeito e provocações baratas, enquanto
estudantes e professores deliravam. O molusco insistia na velha estratégia de
incentivar o ódio entre os brasileiros, transferia responsabilidades,
apresentava-se como herói e salvador, e a turba respondia como se estivesse
embriagada.
Lula ousou falar em honradez e caráter. E toda aquela gente o
aplaudiu, numa espécie de histeria coletiva difícil de acreditar. Sua fala,
pontuada por gritos fanáticos, palavrões (de incentivo), gargalhadas e aplausos,
foi recebida pela plateia de olhos vidrados, numa espécie de febre moral que
torna as pessoas incapazes de raciocinar e lhes compromete o senso crítico. Lula é uma doença. E é difícil de
curar.
Mais uma vez o ex-presidente se
comparou a uma jararaca. Qualquer ser humano minimamente coerente rejeitaria
ser associado a uma cobra peçonhenta, mas não Lula e seus ouvintes intoxicados, que tudo aceitam. Foi, ainda uma
vez, delirantemente louvado.
Lula fingiu que não está diretamente ligado aos crimes que
espoliaram a Petrobras e agiu como se não houvesse sido parceiro dos que
devastaram o Rio de Janeiro e a UERJ. Eximiu-se de toda responsabilidade pela
degradação que tomou o País. E os que o ouviam balançavam as bovinas cabeças em
concordância.
Não se trata mais de política, mas
de caráter ― da falta dele. Lula, no
Rio de Janeiro, foi uma bofetada no rosto de quem ainda tem apreço pela palavra
decência.
Com Sonia Zaghetto
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