CHI MANGIA DA SOLO MUORE
SOLO.
Conforme eu antecipei no post anterior, a blindagem de
pendrives da maneira como vou detalhar a seguir não deve ser feita se
você usa o dispositivo para ouvir música no player do carro ou de casa, pois
esses aparelhos não suportam o sistema de
arquivo NTFS.
Embora eu já tenha esmiuçado essa questão em outras
oportunidades, vale relembrar que um sistema de arquivo, no contexto em exame,
é um conjunto de estruturas lógicas que permite ao Windows acessar e
gerenciar dispositivos de memória (como HDs, SSDs e chips de memória
flash presentes em pendrives e SD Cards).
Cada sistema de arquivo possui peculiaridades ― limitações,
qualidade, velocidade e gerenciamento de espaço, etc. ― que definem como os
dados que compõem os arquivos serão armazenados e de que forma o sistema
operacional terá acesso a eles. Cabe ao usuário escolher o sistema mais indicado
para o dispositivo à luz do uso que será feito dele e do tipo de aparelho ao
qual ele será conectado.
A maioria dos pendrives é formatada em FAT32, visando
garantir a leitura e gravação de arquivos em computadores com Windows, Mac
OS e Linux, além de videogames e outros aparelhos que disponham de
interfaces USB. Note que formatar um
SD Card em FAT32 ― sistema no qual o tamanho dos arquivos é
limitado a 4 GB ― pode resultar numa indesejável divisão dos arquivos
quando o cartão é usado para gravar um clipe de vídeo, por exemplo, mas isso já
é outra conversa.
O NTFS, criado em 1993 e utilizado inicialmente pelo Windows
NT, foi adotado também nas versões domésticas do Windows a partir do XP, e continuou sendo utilizado em suas
encarnações mais recentes, aí incluído o Windows 10. Todavia, seu
uso em pendrives não é indicado, até
porque, por razões que não vou detalhar neste momento (para mais informações,
clique aqui),
pode não somente reduzir a vida útil desses dispositivos, mas também não ser
suportado por players domésticos e automotivos, consoles Playstation, e
por aí vai.
Em tese, devemos usar o NTFS ao formatar HDDs internos operados pelo Windows,
o exFAT em pendrives e HDs
externos (USB), e o FAT32
somente quando o dispositivo que desejamos formatar não oferece suporte a outro
sistemas de arquivo.
Dito isso, já podemos passar ao tutorial, mas como ele é um
tanto extenso, vou deixar para apresentá-lo de cabo a rabo na próxima postagem.
Até lá.
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