quinta-feira, 15 de março de 2018

O PERIGOSO COMPADRIO ENTRE O MALWARE E O CORREIO ELETRÔNICO


O AMOR É CEGO, MAS O CASAMENTO ABRE OS OLHOS.

Vimos que as ameaças digitais ganharam impulso com a popularização do correio eletrônico, tanto por conta da celeridade desse serviço quanto pelo fato de os emails poderem transportar arquivos anexados, o que foi um verdadeiro presente para os criadores de malwares, espalhadores de SPAM e cibervigaristas em geral.

O SPAM é um tipo de presunto enlatado ― fabricado pela HERMEL FOODS ― que ficou famoso por ser pedido de maneira jocoso na comédia inglesa MONTY PYTON. No âmbito da informática, no entanto, esse termo designa emails não solicitados e enviados em massa (uma espécie de correspondente digital da “mala direta” convencional).

Inicialmente, as mensagens em massa tinham propósitos meramente publicitários, mas logo os próprios internautas começaram a repassar para sua lista de contatos as indefectíveis anedotas, correntes da fortuna, pedidos de ajuda, fotos, curiosidades e que tais. O maior inconveniente, do ponto de vista do destinatário, era ter de apagar as mensagens regularmente, sob pena de não receber emails importantes ― vale lembrar que até o Gmail disponibilizar 1 GB de espaço, as caixas de entrada da maioria dos provedores de correio eletrônico eram bastante miseráveis.

Não demorou para que os cibervigaristas passassem a se valer do spam para a prática do phishing ― ou phishing scam, que é como se convencionou chamar as mensagens enviadas em massa com objetivos desonestos. Com isso, as mensagens em massa deixaram de ser apenas um aborrecimento e se tornaram um risco real para os internautas, já que, mediante técnicas conhecidas como engenharia social, a bandidagem passou explorar a ingenuidade, curiosidade ou mesmo cobiça das vítimas potenciais para levá-las a infectar seus sistemas abrindo anexos contaminados e/ou seguindo links maliciosos.

Observação: Via de regra, os cibercriminosos adulteram os emails de modo que o campo “remetente” exiba o nome de pessoas, empresas, instituições financeiras ou órgãos públicos acima de qualquer suspeita. Em alguns casos, a maracutaia salta aos olhos, mas em outros a reprodução da logomarca e demais elementos da mensagem é tão convincente que o destinatário não desconfia e segue as instruções sem pestanejar, achando realmente que se trata de algo proveniente do seu Banco, da Receita Federal, da Justiça Eleitoral, e assim por diante.

Resumo da ópera: Um único email malicioso pode causar um bocado de dor de cabeça, de modo que é importante por as barbilhas de molho e seguir algumas dicas simples, mais eficazes ― ainda que segurança 100% na Web seja algo tão verossímil quanto hipopótamos dançando polca ou conversa de camelô paraguaio.

Para não estender demais esta postagem texto, o resto fica para a próxima. Até lá.

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