O AMOR É
CEGO, MAS O CASAMENTO ABRE OS OLHOS.
Vimos que as ameaças digitais ganharam impulso com a popularização
do correio eletrônico, tanto por conta da celeridade desse serviço quanto pelo fato de os emails poderem transportar arquivos
anexados, o que foi um verdadeiro presente para os criadores de malwares, espalhadores de SPAM e cibervigaristas em geral.
O SPAM é um tipo de presunto enlatado ― fabricado pela HERMEL
FOODS ― que ficou famoso por ser pedido de maneira jocoso na comédia
inglesa MONTY PYTON. No âmbito da informática, no entanto, esse termo designa emails não solicitados e enviados em massa (uma espécie de correspondente digital da “mala direta” convencional).
Inicialmente, as
mensagens em massa tinham propósitos meramente publicitários, mas logo os
próprios internautas começaram a repassar para sua lista de contatos as indefectíveis
anedotas, correntes da fortuna, pedidos de ajuda, fotos, curiosidades e que
tais. O maior inconveniente,
do ponto de vista do destinatário, era ter de apagar as mensagens regularmente, sob pena de não receber emails importantes ― vale lembrar que
até o Gmail disponibilizar 1 GB de espaço, as caixas de
entrada da maioria dos provedores de correio eletrônico eram bastante miseráveis.
Não demorou para que os cibervigaristas
passassem a se valer do spam para a prática do phishing ― ou phishing
scam, que é como se convencionou chamar as mensagens enviadas em massa com
objetivos desonestos. Com isso, as mensagens em massa deixaram de ser apenas um aborrecimento e se tornaram um risco real para os internautas, já que, mediante técnicas conhecidas como engenharia social, a bandidagem passou explorar a
ingenuidade, curiosidade ou mesmo cobiça das vítimas potenciais para levá-las
a infectar seus sistemas abrindo anexos contaminados e/ou seguindo links
maliciosos.
Observação: Via de regra, os cibercriminosos adulteram os emails de modo que o campo “remetente” exiba o nome de pessoas, empresas,
instituições financeiras ou órgãos públicos acima de qualquer suspeita. Em alguns
casos, a maracutaia salta aos olhos, mas em outros a reprodução da logomarca e demais
elementos da mensagem é tão convincente que o destinatário não desconfia e segue
as instruções sem pestanejar, achando realmente que se trata de algo proveniente do seu
Banco, da Receita Federal, da Justiça Eleitoral, e assim por diante.
Resumo da ópera: Um único email malicioso pode causar um
bocado de dor de cabeça, de modo que é importante por as barbilhas de molho e seguir algumas dicas simples, mais eficazes ― ainda que segurança 100% na Web seja algo tão verossímil quanto
hipopótamos dançando polca ou conversa de camelô paraguaio.
Para não estender demais esta postagem texto, o resto fica para a próxima. Até lá.
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