terça-feira, 3 de abril de 2018

O CASO DO FACEBOOK E O QUE OS USUÁRIOS PODEM FAZER PARA SE PROTEGER

PARA ENGANAR, O DIABO ATÉ REZA MISSA.

Depois que The New York Times e The Guardian revelarem que dados de dezenas de milhões de usuários da maior rede social do planeta foram repassados e usados pela Cambridge Analytica (empresa de análise de dados que trabalhou na campanha de Donald Trump em 2016 e, na Europa, para o grupo que promovia o Brexit), o Facebook vive momentos de dificuldade: dois dias após a publicação do escândalo, o valor de mercado da empresa encolhera em US$ 50 bilhões.

A maracutaia começou em 2014 com um aplicativo chamado “thisisyourdigitallife” (essa é sua vida digital, numa tradução direta), que pagava pequenas quantias a usuários que fizessem um suposto teste psicológico e autorizassem o uso dos dados coletados em pesquisas acadêmicas. Mas a coleta de informações aumentou exponencialmente porque, além das informações de cada usuário que participou do teste, também foram repassados nome, profissão, data de nascimento, hábitos e preferências de todos os seus contatos.

Observação: Quando mais não seja, isso é um alerta para a gente não instalar aplicativos no PC ou smartphone sem ler atentamente os tediosos termos e condições do contrato ― por pressa, desconhecimento ou puro descaso, simplesmente clicamos em Sim, Yes, Aceitar, OK, Next ou qualquer outro botão que dê início à instalação dos programinhas. Depois, não adianta chorar.

O uso indevido das informações chegou ao conhecimento do Facebook há cerca de dois anos, mas a Cambridge Analytica só foi suspensa da plataforma depois que a imprensa começou a investigar o caso. Inicialmente, a rede se recusou a reconhecer a falha, dizendo que os jornais faziam alegações falsas e difamatórias (parece até a retórica de certo ex-presidente corrupto, ora condenado por 9 magistrados a 12 anos e 1 mês de prisão), mas o aplicativo utilizado na coleta dos dados foi retirado do ar em 2015.

O grande erro do Facebook foi não ter protegido a privacidade de seus usuários, possibilitando o uso de aplicativos sem conhecimento das consequências do acesso da ferramenta à sua base de dados e de como esses dados seriam utilizados. Mark Zuckerberg, criador e CEO da rede, pediu desculpas pelo ocorrido e informou que sua equipe está trabalhando para melhorar a segurança (depois disso, o valor das ações do Facebook subiu 1%).

Para o jornalista Zulfikar Abbany, da agência de notícias alemã DW, o Facebook não deveria ser usado, o que torna os usuários igualmente culpados pelas violações de dados. Segundo ele, cada violação de dados é iniciada no momento em que se faz o login online ― mesmo protegido por uma rede virtual privada (VPN)", e reforça sua tese aludindo ao fato de não haver uma maneira simples e intuitiva de se excluir a conta no Face.

Na próxima postagem a gente vê algumas medidas práticas de proteção e como excluir definitivamente a conta no Facebook. Até lá.

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