terça-feira, 13 de novembro de 2018

É PRECISO VARRER O PETISMO


O acampamento Lula Livre foi encerrado “por cortes de gastos e pelo número reduzido de pessoas”, segundo nota de seus organizadores. Eles afirmam que “o acampamento opta em transformar a luta do espaço físico fixo para uma luta itinerante e virtual”. A cela de Lula não é nem itinerante, nem virtual, mas, pelo visto, ninguém mais quer dormir na porta da cadeia.

Veja publicou que “pela primeira vez desde que foi preso, Lula dá sinais de tristeza”, e O Antagonista completou: “Estamos muito comovidos”. Fato é que quem visitar o petralha irá encontrá-lo mais magro (por conta de exercícios, dieta controlada e abstinência forçada) e desanimado com a perspectiva de passar um “longo inverno” na prisão.

Lula pode ser lunático a ponto de acreditar nas próprias falácias, mas não estúpido a ponto de não perceber que o cenário político atual deve travar o julgamento da ação que tenta acabar com a execução da pena após decisão em segunda instância, e que suas chances de sucesso no processo sobre o sítio de Atibaia (SP) são remotas. 

O mesmo não se aplica à presidente nacional da seita do inferno — que, aliás, ninguém mais suporta. A amalucada Gleisi Hoffmann é persona non grata até para os petistas. É impressionante como ela consegue gerar tanto asco. Mesmo pessoas que não desenvolvem qualquer atividade político-partidária não suportam o jeito e o comportamento dessa senhora, evidenciado por seu extremo e ilimitado mau-caratismo. O próprio ex-presidenciável Fernando Haddad não a tolera — e não é pra menos, visto que a queridinha de Lula trabalhou à sorrelfa contra a candidatura do poste e hoje é um obstáculo pesado para a sobrevivência do candidato derrotado. Aliás, o empresário Roberto Justus, uma pessoa isenta, totalmente sem ligações políticas, definiu a moçoila com extrema precisão: “Se tem um ser humano que eu desprezo, chama-se Gleisi Hoffmann” (confira no vídeo).

Para fechar com chave de ouro, segue um texto lapidar de Diogo Mainardi:

É preciso varrer o petismo. O primeiro passo, claro, é garantir que Lula possa apodrecer na cadeia, impedindo que um ministro aloprado resolva soltá-lo com uma canetada. Ou, pior ainda, que o STF ou o Congresso Nacional aprovem uma norma geral que anistie todos os corruptos.

A Lava-Jato prendeu criminosos de todos os partidos. É o exemplo a ser seguido em todas as áreas. Varrer o petismo é muito mais abrangente do que varrer apenas o PT. É fortalecer o Estado contra o assalto de uma quadrilha caudilhesca e cartorial. Como se faz isso? Vendendo as estatais, eliminando as reservas de mercado, abolindo os cargos comissionados, premiando o mérito.

Jair Bolsonaro disse que vai cortar a publicidade estatal da Folha de S. Paulo. Isso é o suprassumo do revanchismo petista. Lula e seus comparsas sempre usaram a publicidade estatal para achacar a imprensa. Eles sempre a usaram também para comprar o jornalismo mercenário. O que Jair Bolsonaro pode fazer — o que ele deve fazer — é cortar drasticamente o gasto com propaganda do governo. Ele não precisou de comerciais na TV ou de matérias nos jornais para se eleger, então por que precisaria para governar? Além de comprar a imprensa, o petismo comprou igualmente o consenso de sindicatos, artistas, ONGs. Está na hora de parar com isso. Quem oferece um trabalho importante pode aprender a se financiar sozinho, sem se beneficiar dos favores concedidos por coronéis partidários.

Os eleitores votaram contra o petismo, que é muito mais vasto e daninho do que o próprio PT. Ele está enraizado em setores da sociedade, e tem de ser arrancado sem dó, porque é a única maneira de se derrotar o atraso. Varrer o petismo é a chance que o Brasil tem de tentar inventar algo melhor.