O acampamento
Lula
Livre foi encerrado “por cortes de gastos e pelo número reduzido de
pessoas”, segundo nota de seus organizadores. Eles afirmam que “o
acampamento opta em transformar a luta do espaço físico fixo para uma luta
itinerante e virtual”. A cela de
Lula não é nem itinerante, nem virtual, mas, pelo visto, ninguém mais
quer dormir na porta da cadeia.
Veja publicou que
“pela primeira vez desde que foi preso, Lula
dá sinais de tristeza”, e O Antagonista
completou: “Estamos muito comovidos”. Fato é que quem visitar o petralha irá encontrá-lo mais
magro (por conta de exercícios, dieta controlada e abstinência forçada) e desanimado
com a perspectiva de passar um “longo inverno” na prisão.
Lula pode ser lunático a ponto de acreditar nas próprias falácias,
mas não estúpido a ponto de não perceber que o cenário político atual deve travar o
julgamento da ação que tenta acabar com a execução da pena após decisão em
segunda instância, e que suas chances de sucesso no processo sobre o sítio de
Atibaia (SP) são remotas.
O mesmo não se aplica à presidente nacional da
seita do inferno — que, aliás, ninguém mais suporta. A amalucada
Gleisi Hoffmann é persona non grata até para os petistas. É
impressionante como ela consegue gerar tanto asco. Mesmo
pessoas que não desenvolvem qualquer atividade político-partidária não suportam
o jeito e o comportamento dessa senhora, evidenciado por seu extremo e ilimitado
mau-caratismo. O próprio ex-presidenciável
Fernando
Haddad não a tolera — e não é pra menos, visto que a queridinha de
Lula trabalhou à sorrelfa contra a candidatura do poste e hoje é um obstáculo pesado para a sobrevivência do candidato derrotado. Aliás,
o empresário
Roberto Justus, uma
pessoa isenta, totalmente sem ligações políticas, definiu a moçoila com extrema
precisão: “
Se tem um ser humano que eu
desprezo, chama-se Gleisi Hoffmann”
(confira no
vídeo).
Para fechar com chave de ouro, segue um texto lapidar de Diogo Mainardi:
É preciso varrer o
petismo. O primeiro passo, claro, é garantir que Lula possa apodrecer na cadeia, impedindo que um ministro aloprado
resolva soltá-lo com uma canetada. Ou, pior ainda, que o STF ou o Congresso Nacional aprovem uma norma geral que anistie
todos os corruptos.
A Lava-Jato prendeu criminosos de todos os partidos. É o exemplo a
ser seguido em todas as áreas. Varrer o petismo é muito mais abrangente do que
varrer apenas o PT. É fortalecer o
Estado contra o assalto de uma quadrilha caudilhesca e cartorial. Como se faz
isso? Vendendo as estatais, eliminando as reservas de mercado, abolindo os
cargos comissionados, premiando o mérito.
Jair Bolsonaro disse que
vai cortar a publicidade estatal da Folha de S. Paulo. Isso é o suprassumo do
revanchismo petista. Lula e seus
comparsas sempre usaram a publicidade estatal para achacar a imprensa. Eles
sempre a usaram também para comprar o jornalismo mercenário. O que Jair Bolsonaro pode fazer — o que ele
deve fazer — é cortar drasticamente o gasto com propaganda do governo. Ele não
precisou de comerciais na TV ou de matérias nos jornais para se eleger, então
por que precisaria para governar? Além de comprar a imprensa, o petismo comprou
igualmente o consenso de sindicatos, artistas, ONGs. Está na hora de parar com
isso. Quem oferece um trabalho importante pode aprender a se financiar sozinho,
sem se beneficiar dos favores concedidos por coronéis partidários.
Os eleitores votaram
contra o petismo, que é muito mais vasto e daninho do que o próprio PT. Ele está enraizado em setores da
sociedade, e tem de ser arrancado sem dó, porque é a única maneira de se
derrotar o atraso. Varrer o petismo é a chance que o Brasil tem de tentar
inventar algo melhor.