A PIOR DITADURA É A DO PODER
JUDICIÁRIO. CONTRA ELA, NÃO HÁ A QUEM RECORRER.
Ainda não consegui descobrir a data exata em que a Microsoft vai liberar o May 2019 Update. Ao que
tudo indica, isso deve ocorrer ainda neste mês — até para que o nome não deixe
de fazer sentido, como se deu com o Update
de Outubro, que foi suspenso devido a problemas e distribuído via Windows Update em
dezembro do ano passado.
Desde seu lançamento como serviço, em
meados de 2015, o Windows 10 vem
recebendo atualizações de recursos semestrais, atualizações de qualidade
mensais e correções críticas e de segurança a qualquer tempo, em caráter
extraordinário. Ainda que a primeira (build 1607) tenha fugido à regra — o Anniversary Update foi liberado quando o sistema
completou um ano — as subsequentes — Creators
Update (build 1703, lançado em meados de 2017),
o Fall Creators
Update (build 1709, lançado em novembro de 2017),
o April
Update (build 1803, lançado em abril passado) e o October
Update (build 1809, que,
devido a uma série de contratempos, só “emprenhou” em dezembro do ano passado — obedeceram a semestralidade definida pela empresa de Redmond.
Entre as novidades de maior destaque no Update de Maio está a possibilidade de postergar as atualizações por tempo
indeterminado e continuar recebendo patches pacotes de segurança — o que se deve ao festival de problemas resultantes do October
Update de 2018, conforme eu já mencionei em outras ocasiões. Ainda nessa linha, mudanças nas versões Home e Pro do sistema permitirão
“pausar” as atualizações por um período de 35 dias (tempo suficiente para que eventuais bugs sejam identificados e corrigidos).
Observação: Vale lembrar
que até então os usuários do Windows 10
Home tinham de fazer malabarismos para driblar problemas que só seriam corrigidos
a posteriori. Doravante, segundo a empresa, em vez de a instalação ser aplicada
de maneira impositiva, o usuário será notificado da disponibilidade dos updates.
Demais disso, a Microsoft
passará a adotar uma nova política de testes com os participantes do programa Windows
Insider — que têm acesso antecipado a novas versões para testar as
novidades e relatar possíveis incompatibilidades — e ampliar o período de
testes com os membros do ciclo Release
Preview — que só têm acesso ao update em sua fase mais final — visando sanar eventuais problemas antes que as
atualizações sejam liberadas para os demais usuários.
Outro ponto que merece menção tem a ver com o MS Paint — editor de imagens espartano,
mas muito popular entre usuários do Windows
há mais de 3 décadas. Depois de mais de 30 anos de bons serviços prestados a usuários
que o tinham na conta de
ferramenta prática e funcional para executar um sem-número de tarefas elementares,
de desenhar casinhas, árvores e bonecos e a fazer edições despretensiosas em
fotos e figuras, o aplicativo foi considerado obsoleto pela Microsoft, que resolveu substituí-lo pelo Paint 3D, implementado pelo Windows
Creators Update). Para contentar gregos e troianos, a empresa sinalizou que o programinha seria limado da lista de componentes nativos do Windows 10, mas garantiu que ele poderia
ser baixado gratuitamente da Microsoft
Store.
O fato é que o Paint
jamais foi removido, nem pelo Fall
Creators Update, nem por nenhum dos outros updates que o sucederam. Os alertas que davam conta de sua aposentadoria
compulsória despareceram, e após um “silêncio ensurdecedor”, o gerente sênior
de programas da Microsoft, Brandon LeBlanc, confirmou que, pelo
menos no momento, o app continuará no sistema. Sorte nossa
essa “volta dos que não foram”.
Tudo somado e subtraído, o Build
19H1 — nome provisório da edição que
substituirá o 1809 — deve vir recheado de novidades funcionais e estéticas, aí incluída a possibilidade de remover
apps que vêm pré-instalados no sistema e, consequentemente, blocos até então
irremovíveis do menu Iniciar (que
também será remodelado).
Outra mudança sutil tem a ver com os botões de
navegação no painel lateral do menu Iniciar. A partir da atualização, bastará você passar o mouse sobre eles para o menu ser exibido automaticamente, sem que seja necessário clicar. Além disso, o menu Iniciar
terá seu processo rodando de forma independente, como se fosse um aplicativo — tanto
é que seu processo (StartMenuExperienceHost.exe)
passará a figurar na lista do Gerenciador
de Tarefas, a partir do qual será possível reiniciá-lo ou encerrá-lo sem
que o fechamento afete o resto do sistema.
Por tabela, um travamento ou outro problema que afete outros elementos do
Shell não deverá interferir no funcionamento do menu Iniciar.
Para mais informações, acesse o Blog
do Windows.