segunda-feira, 29 de julho de 2019

SOBRE A IMPORTÂNCIA DE MANTER O COMPUTADOR ATUALIZADO — PARTE VII

ATRÁS DE MUROS ALTOS, SEMPRE HAVERÁ NAPOLEÕES DE HOSPÍCIO GANHANDO GUERRAS ENTRE UM BANHO DE SOL E OUTRO.
Antes de transformar o Windows em “serviço”, a Microsoft lançava novas edições a cada três anos, e os usuários se apressavam em adotá-las, não raro recorrendo a mídias piratas vendidas no mercado informal.
O Windows foi lançado em 1985 como uma interface gráfica que rodava no MS-DOS. A ideia era facilitar a vida dos usuários, já que operar o PC a partir de janelas, ícones e menus clicáveis era bem mais simples e intuitivo do que fazê-lo digitando intrincados comandos alfanuméricos. Até a edição Win 3.1, o DOS era o sistema operacional propriamente dito. Com o lançamento do Win 95 — considerado o pulo do gato da Microsoft — o Windows passou de coadjuvante a protagonista, embora o DOS continuasse atuando nos bastidores.
Entre as edições subsequentes, 98 SE, XP, 7 e 10 foram retumbantes sucessos de crítica e de público, e ME (de Millennium Edition, que foi lançado a toque de caixa para aproveitar o apelo mercadológico da "virada" do milênio), Vista e Eight, fiascos monumentais. Ao lançar o sucessor do Windows 8.1 — atualização do Eight que trouxe de volta o menu Iniciar e outros elementos cuja supressão havia desagradado milhões de usuários —, a Microsoft surpreendeu o mercado ao pular um número e oferecer o update gratuitamente (pelo período de um ano) aos usuários de PCs com hardware compatível e que rodassem cópias oficiais do Seven SP1 ou do 8.1.
A estratégia de marketing rendeu frutos, ainda que a ambiciosa meta de 1 bilhão de usuários não tenha sido atingida até hoje — estimativas da própria Microsoft dão conta de que o Win 10 só superou o Seven em fevereiro do ano passado, e encerrou 2018 com cerca de 800 milhões de usuários. A título de curiosidade, todas as edições do Windows que continuam em uso (inclusive XP e Vista, que não são mais suportadas pela Microsoft), somadas, detêm 79,45% do mercado de sistemas operacionais para PCs. Segundo dados da Net Market Share, o Win 10 tem presença garantida em 39,22% dos computadores com Windows em todo o mundo, seguido pelo Seven, com 36,90% (o Win 8.1 é o lanterninha, com 4,45%). Para efeito de comparação, a participação do OS X, da Apple, é de 14,05%.
A primeira grande atualização do Ten (Anniversary Update) foi lançada quando o sistema soprou sua primeira velinha. Na sequência vieram o Creators Update, em meados de 2017, o Fall Creators Update, em novembro daquele ano, o April Update, em abril do ano passado, o October Update, seis meses depois, e finalmente o May Update, há cerca de dois meses. Para saber se seu sistema está atualizado, clique em Iniciar > Configurações > Sistema > Sobre e role a tela até o final. Se a versão for 1809, rode o Windows Update; caso ele não encontre atualizações disponíveis, siga este link, clique em Atualizar agora e instale manualmente a versão 1903.
Até o lançamento do Windows 10 eu recomendava adotar uma nova edição do sistema somente depois que se primeiro Service Pack (pacote de atualizações que reunia todas as correções implementadas desde o lançamento comercial da edição em questão, além de eventuais novos recursos e funções) fosse lançado, mas com a promoção do Windows a serviço os SPs deixaram de existir; o que se tem agora são as atualizações semestrais de conteúdo e as tradicionais atualizações mensais de qualidade (conhecidas como “Patch Tuesday” por serem liberadas na segunda terça-feira de cada mês).

Essa política de atualizações seria excelente se não fosse pelo fato de os bugs (erros de programação) infernizarem a vida dos apressadinhos. Para piorar, no Win 10 Home — que é a versão mais usada no âmbito doméstico — as opções de gerenciamento das atualizações automáticas foram limitadas à reconfiguração do horário ativo do computador.
A conclusão fica para o próximo capítulo. Até lá.