segunda-feira, 23 de março de 2020

DO CELULAR AO SMARTPHONE, MITOS E ALGUMAS DICAS IMPORTANTES PARA PROLONGAR A VIDA ÚTIL DO APARELHO (PARTE 5)


ALGUMAS PESSOAS CONFUNDEM O MEDO QUE INSPIRAM COM RESPEITO, E O TERROR QUE SÃO CAPAZES DE INSTAURAR COM PODER.

Conforme eu comentei na postagem anterior, raramente utilizo meu smartphone para outras funções que não fazer e receber chamadas de voz, daí minha bateria durar bem mais que a dos usuários passam o tempo todo conectados e exploram a fundo a maioria dos recursos oferecidos pelo aparelho.

Não quero dizer com isso que eu esteja certo e você, errado (ou vice-versa); apenas que, dentre diversos fatores que influenciam a autonomia da bateria, um dos que mais se destaca é o “perfil” do usuário”. Se sua bateria não dura mais que doze horas, talvez seja o caso você levar o carregador consigo, ou então adquirir um modelo “automotivo”,  que possa ser conectado à tomada de 12 V que substituiu o tradicional (e hoje politicamente incorreto) acendedor de cigarros na maioria dos veículos. Mas evite comprar carregadores genéricos, como os que são vendidos por ambulantes nos semáforos. Com raríssimas exceções, carregadores sem marca nem procedência conhecidas podem danificar a bateria do celular, o próprio aparelho e até mesmo o circuito elétrico do veículo (sobretudo quando você liga concomitantemente o ar-condicionado, o desembaçador do vigia traseiro ou outro acessório que possa causar um pico de tensão).

Observação: Evite o excesso de carregamento: assim que o seu celular estiver com carga completa, desconecte-os da tomada. O carregamento excessivo através de fontes alternativas, como o carregador automotivo, só gera mais calor. Além disso, não há razão para mantê-lo conectado depois que a bateria tiver sido totalmente recarregada.

Do ponto de vista da química e da física, as baterias operam basicamente da mesma maneira, ou seja, são carregadas quando os elétrons fluem do polo positivo para o negativo e fornecem energia mediante a inversão do sentido desse fluxo. Infelizmente, elas dependem de um elemento externo que as recarregue e, mesmo ociosas, continuam enviando íons e elétrons do polo negativo para o positivo (e por isso descarregam quando ficam guardadas durante muito tempo).

Assim é desde a primeira bateria, construída há cerca de 20 séculos — um vaso de argila, preenchido com uma substância ácida, e cujas extremidades (polos) eram ligadas por um tubo de cobre — até os modelos atuais, de íon de lítio ou de polímero de lítio, que substituíram com vantagens os modelos de chumbo, de hidreto metálico de níquel e de níquel-cádmio, largamente utilizados até o final do século passado.

Tanto o Li-Íon quanto o Li-Po têm como base o Lítio, que, dentre os metais conhecidos, é o mais leve e o que apresenta melhor potencial eletroquímico e relação peso/capacidade energética. As baterias de íon de lítio são mais baratas que as de polímero de lítio, mas estas últimas oferecem reserva de carga igual ou superior com peso e dimensões menores, conquanto suportem menos ciclos de recarga.

Em outras palavras, cada tecnologia tem vantagens e desvantagens (que eu pretendo detalhar em outra oportunidade), e um dos pontos desfavoráveis dos modelos de NiCd é o “efeito memória” — fenômeno que pode ser definido em poucas palavras como a redução da capacidade de armazenamento se a bateria é sistematicamente recarregada antes que sua reserva de energia se esgote totalmente.

Continua...