ALGUMAS
PESSOAS CONFUNDEM O MEDO QUE INSPIRAM COM RESPEITO, E O TERROR QUE SÃO CAPAZES
DE INSTAURAR COM PODER.
Conforme eu comentei na postagem anterior, raramente utilizo
meu smartphone para outras funções que não fazer e receber chamadas de voz, daí
minha bateria durar bem mais que a dos usuários passam o tempo todo conectados
e exploram a fundo a maioria dos recursos oferecidos pelo aparelho.
Não quero dizer com isso que eu esteja certo e você, errado
(ou vice-versa); apenas que, dentre diversos fatores que influenciam a autonomia
da bateria, um dos que mais se destaca é o “perfil” do usuário”. Se sua bateria não dura mais que doze horas, talvez seja o
caso você levar o carregador consigo, ou então adquirir um modelo “automotivo”,
que possa ser conectado à tomada de 12 V
que substituiu o tradicional (e hoje politicamente incorreto) acendedor de
cigarros na maioria dos veículos. Mas
evite comprar carregadores genéricos, como os que são vendidos por
ambulantes nos semáforos. Com raríssimas exceções, carregadores sem marca nem
procedência conhecidas podem danificar a bateria do celular, o próprio aparelho
e até mesmo o circuito elétrico do veículo (sobretudo quando você liga
concomitantemente o ar-condicionado, o desembaçador do vigia traseiro ou outro acessório
que possa causar um pico de tensão).
Observação: Evite
o excesso de carregamento: assim que o seu celular estiver com carga completa, desconecte-os
da tomada. O carregamento excessivo através de fontes alternativas, como o
carregador automotivo, só gera mais calor. Além disso, não há razão para
mantê-lo conectado depois que a bateria tiver sido totalmente recarregada.
Do ponto de vista da química e da física, as baterias operam
basicamente da mesma maneira, ou seja, são carregadas quando os elétrons fluem do polo positivo para o negativo e fornecem
energia mediante a inversão do sentido desse fluxo. Infelizmente, elas dependem
de um elemento externo que as recarregue e, mesmo ociosas, continuam
enviando íons e elétrons do polo negativo para o positivo (e por isso
descarregam quando ficam guardadas durante muito tempo).
Assim é desde a primeira bateria, construída há cerca de 20
séculos — um vaso de argila, preenchido com uma substância ácida,
e cujas extremidades (polos)
eram ligadas por um tubo de cobre — até
os modelos atuais, de íon de lítio ou
de polímero de lítio, que
substituíram com vantagens os modelos de chumbo, de
hidreto metálico de níquel e
de níquel-cádmio, largamente utilizados
até o final do século passado.
Tanto o Li-Íon
quanto o Li-Po têm como base o Lítio, que, dentre os metais
conhecidos, é o mais leve e o que apresenta melhor potencial eletroquímico e relação peso/capacidade energética. As baterias de íon de lítio são mais baratas que as de polímero
de lítio, mas estas últimas oferecem reserva
de carga igual ou superior com peso
e dimensões menores, conquanto suportem
menos ciclos de recarga.
Em outras palavras, cada tecnologia tem vantagens e desvantagens (que eu pretendo detalhar em outra oportunidade), e um dos pontos desfavoráveis dos modelos de NiCd é o “efeito memória” — fenômeno que pode ser definido em poucas palavras como a redução da capacidade de armazenamento se a bateria é sistematicamente recarregada antes que sua reserva de energia se esgote totalmente.
Em outras palavras, cada tecnologia tem vantagens e desvantagens (que eu pretendo detalhar em outra oportunidade), e um dos pontos desfavoráveis dos modelos de NiCd é o “efeito memória” — fenômeno que pode ser definido em poucas palavras como a redução da capacidade de armazenamento se a bateria é sistematicamente recarregada antes que sua reserva de energia se esgote totalmente.
Continua...