NÃO É POLIDO
CALAR UM IDIOTA, MAS É CRUEL DEIXÁ-LO PROSSEGUIR.
Navegadores são vorazes consumidores de memória, e isso se torna um problema em
PCs de entrada de linha (de baixo custo), cuja quantidade de RAM não dá
nem para a cova do dente (como dizia minha finada avó).
Em atenção aos recém-chegados, relembro que um computador utiliza
memórias de diversas tecnologias (RAM,
ROM, cache, de vídeo, de massa etc.), mas é na RAM — memória física e principal
ferramenta de trabalho da CPU (processador principal) — que o sistema operacional, os aplicativos e demais
programas são carregados a partir da memória de massa (HDD, SSD, pendrive, HD USB, etc.). Claro que os programas não são carregados integralmente (ou
não haveria RAM que bastasse), mas
divididos em páginas (pedaços do
mesmo tamanho) ou em segmentos
(pedaços de tamanhos diferentes).
Nos primórdios da computação pessoal, os usuários compravam
os componentes e montavam eles próprios o aparelho (ou pagavam a um computer guy para executar o trabalho). Hoje, a vantagem da integração caseira consiste em permitir escolher a dedo a
configuração de hardware e privilegiar determinados aspectos — como os módulos
de memória RAM, p.ex. — em
detrimento de outros — caixas de som
sofisticadas, placa gráfica offboard
com GPU e memória dedicada etc.
Observação: Muita
gente não levava em conta que quanto mais equilibrada fosse a configuração de hardware,
tanto melhor seria o desempenho do conjunto —
investir 80% do orçamento num processador ultra veloz e instalar RAM genérica e em quantidade
insuficiente, por exemplo, era uma péssima ideia, mas bastante comum entre marinheiros
de primeira viagem.
Com a popularização da computação pessoal e, mais adiante, do
acesso à Internet por usuários "comuns", o preço das máquinas "de grife" tornou-se mais palatável, e com as facilidades do pagamento parcelado e os
atrativos do software pré-carregado e da garantia do fabricante, as integrações domésticas foram relegadas a nichos de usuários (como gamers, hackers etc.). E a
pá de cal foi a popularização dos portáteis e sua utilização também como
substituto do PC de mesa. O detalhe é que montar um desktop ou realizar
procedimentos de manutenção que envolvam a troca de componentes é uma
coisa, e fazer o mesmo com um note ou um modelo all-in-one é outra bem
diferente.
Caso esteja pensando em trocar seu PC velho de guerra,
assegure-se de que o modelo novo conte com pelo menos de 4 GB de RAM (o ideal é 8 GB) e
dê preferência a processadores Intel da
família Core (i3, i5 e i7 de 10ª geração) e drives de memória
sólida.
Observação: Note
que o gerenciamento de memória é um compromisso conjunto do processador e do
sistema operacional. Portanto, de nada adianta você entupir o PC de RAM se a CPU for de 32 bits (limitada
pelo Virtual Address Space a
endereçar algo entre 3 GB e 3,5 GB de
RAM). E tenha em mente que chips de 64
bits são capazes de rodar versões do Windows
tanto de 32-bit quanto de 64-bit; portanto, se o sistema
pré-carregado pelo fabricante do aparelho não for o Windows 64-bit, nada feito.
Se o dinheiro andar curto, drives híbridos são a escolho ideal, pois custam menos que os
SSD puros e oferecem memória sólida
em quantidade suficiente para abrigar o sistema e os aplicativos. À luz do custo x
benefício, drives com 128 GB de
memória flash e 1 TB em mídia
magnética (como nos HDDs
eletromecânicos convencionais) são os mais indicados.
Observação: Você
até pode fazer um upgrade a posteriori, mas aí o molho costuma sair mais caro
que o peixe.
Veremos na próxima postagem mais algumas dicas para melhorar o desempenho do navegador. Até lá.