quinta-feira, 25 de junho de 2020

SOBRE PROVEDOR DE CONTEÚDO, WEBMAIL E QUE TAIS... (3ª PARTE)

UMA DAS MUITAS COISAS QUE ME IRRITAM NAS PESSOAS QUE NÃO TÊM RAZÃO É ELAS AGIREM COMO SE TIVESSEM.
Retomando do ponto onde paramos, o anúncio de Larry Page pareceu ser pegadinha de 1º de abril — e foi, mas só a parte que falava na Lua.

O Gmail não só cumpriu o prometido no tocante ao espaço (1 GB) como foi ampliando progressivamente esse latifúndio. Demais disso, o novo serviço permitia anexar arquivos de até 10 MB, quando a maioria dos concorrentes não liberava mais de 2 MB.

No ano seguinte, o Google lançou a campanha “Infinito + 1”, que prometia aumentar o espaço do Gmail para 2 GB e daí ao infinito (ou infinito + 1). Mas não chegou a tanto: em 2013 a empresa puxou o freio de mão nos 15 GB (quem achar pouco pode contratar mais, naturalmente, mas mediante pagamento).

Gmail foi um divisor de águas, sobretudo porque obrigou os concorrentes — como o Yahoo! Mail e o Hotmail, para ficar nos principais — a abrirem suas torneirinhas. No entanto, mesmo atraindo usuários como mel atrai abelhas, o serviço do Google levou 8 longos anos para desbancar o Hotmail e se tornar o webmail mais popular do mundo.
Aproveitando o ensejo, aviso aos navegantes que usuários de banda larga não estão mais obrigados a contratar um provedor de conteúdo (como Terra, UOL, Globo etc.), até poque essa imposição representava flagrante violação ao Código de Defesa do Consumidor.

Tecnicamente, o provedor de conteúdo nunca foi necessário, porque os provedores de link podiam perfeitamente fazer esse papel. Essa obrigatoriedade foi apenas mais uma maracutaia urdida para permitir que as empresas enfiassem suas patas gananciosas no bolso dos consumidores. Mas o fato é que muita gente continua pagando pelo provedor de conteúdo, seja por desconhecimento, seja porque não quer abrir mão de um endereço eletrônico que o acompanha há décadas. Mas basta renegociar os termos do contrato para se livrar de todos os penduricalhos e manter apenas a conta de email. Em alguns casos, a economia chega a 90%.
Dito isso, vamos à dica que me levou a dar início a esta sequência, que trata da configuração de uma resposta personalizada a ser enviada automaticamente aos remetentes das mensagens que pousarem em sua caixa postal no Gmail.

Observação: Essa era uma entre as muitas funções úteis disponibilizadas pelos programas clientes que quase ninguém mais usa (detalhes no post anterior), mas, até onde eu sei, não é oferecida pelos principais serviços gratuitos de webmail. 
Para fazer a configuração em questão:

- Acesse o Gmail, logue-se na sua conta e crie uma nova mensagem;

- Clique nos três pontinhos que aparecem ao lado do ícone da lixeira, ao pé da janelinha da mensagem, e então selecione Modelos;

Observação: Se Modelos não estiver disponível, feche a nova mensagem e, na janela do Gmail, clique em Configurações > Avançado. Na seção Respostas automáticas (modelos), selecione Ativar. Na parte inferior, clique em Salvar alterações.
- Torne a abrir a janelinha de nova mensagem, clique nos três pontinhos, em Modelos e em Salvar rascunho como modelo;

- Clique em salvo como modelo e dê um nome ao modelo (que deixe claro o objetivo da resposta);

- Clique sobre a seta posicionada no canto direito, ao lado da caixa de busca Pesquisar e-mail, digite a expressão ou palavra chave que deverá aparecer no campo desejado como critério de filtro;

- Clique em Criar filtro e marque a opção Enviar modelo e selecione o modelo criado anteriormente;

- Clique em Criar filtro para finalizar a configuração.
Pronto! Após salvar a configuração de envio de mensagens automáticas, todas as mensagens recebidas serão respondidas conforme o modelo personalizado.