segunda-feira, 5 de outubro de 2020

A MICROSOFT E AS NOVIDADES DO WINDOWS 10 — CONTINUAÇÃO

BASTAR A SI MESMO É A PIOR SOLIDÃO.

As edições Millennium, Vista e 8/8.1 do Windows foram grandes fiascos da Microsoft, a exemplo do Edge, que a empresa embutiu no Windows 10, em 2015, numa inequívoca reedição da estratégia de marketing usada 30 anos antes para impulsionar o Internet Explorer

Mas a história nem sempre se repete. Depois de muito insistir, a empresa resolveu recriar o navegador do zero, desta feita com base no Projeto Chromium, e o lançou sem grande estardalhaço no início deste ano.

O Edge Chromium (esse é o nome do caçula) deverá substituir ocupar o lugar do irmão mais velho (falo do Edge “de legado”) na versão 2009 do Win10, que começará a ser distribuída dentro de algumas semanas. Agora, se ele conseguirá vingar o velho IE, que foi nocauteado pelo Google Chrome no início de 2012, só o tempo dirá.

Em vista das 21 postagens (não consecutivas) publicadas entre 6 de maio e 16 de junho, e da sequência complementar , focada especificamente no Edge Chromium e concluída na última quarta-feira, tornar a falar em navegadores, a esta altura, seria chover no molhado. Por outro lado, considerando que muitos usuários do Win10 devem ter, em breve, seus primeiros contatos com o "novo" navegador, achei por bem dizer que sucumbi aos insistentes apelos da mãe da criança e “dei uma chance ao Edge”. Mas bastou utilizá-lo configurado como navegador padrão por uma semana para ver que a troca não se justificaria, nem mesmo se ele rodasse redondo no meu PC.

A despeito da trabalheira danada que tive para domesticar o fiduma, vira e mexe ele tem uma recaída e volta a “esquecer” que deve reiniciar “do ponto onde eu parei” e memorizar o histórico de navegação. Além disso, ora salva meus dados de login aqui no blog e não me enche o saco por dias a fio, ora exige o logon toda vez que eu acesso o site, ainda que o tenha feito 5 minutos antes.

Tudo visto e examinado, resolvi retribuir a gentileza e “esquecer” o Edge Chromium. Fosse ele  “a última bolacha do pacote”, vá lá, mas da feita que não passa de um clone do Google Chrome com alguns recursos e funções adicionais (que o concorrente não oferece), mantê-lo como browser padrão em detrimento do Chrome seria trocar seis por meia dúzia, e isso se ele parasse de me aporrinhar com suas manias. É a minha opinião. Há, certamente, quem pense diferente, e eu respeito isso. Mas volto a frisar que não estou fazendo uma crítica a priori. "Dei uma chance" a ele, mas acho que sofrer para além do necessário é puro masoquismo. 

Encaminhei à Microsoft um relato detalhado desse meu calvário. Quando (e se) a mãe da criança me fornecer elementos que me levem a mudar de ideia, voltarei ao assunto para lhes dar conta das novidades. Afinal, se nos damos ao direito de criticar falhas em produtos ou serviços, assumimos o compromisso moral de informar publicamente que as tais falhas foram corrigidas (ou que quem falhou fomos nós ao apontá-las, em sendo o caso). 

Seria leviano — ou no mínimo prematuro — eu incluir o Edge Chromium na longa lista de fiascos que conspurcam o currículo da Microsoft. Há quem diga que o browser tem grandes de emplacar. Mas também há que diga que o atual governo é sério e competente, e que “nos últimos 21 meses não houve uma única denúncia de corrupção”. Enfim, é melhor ouvir essas asnices do que ser surdo.