quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

SOBRE FACEBOOK, WHATSAPP E AFINS... CONTINUAÇÃO

QUEM SE APAIXONA POR SI MESMO NÃO TEM RIVAIS.

Considerado o “Facebook russo”, o Telegram foi lançado em 2013 por uma dupla de empreendedores daquele país, conhecida pela rede social VKontakte (VK), cujo passado ainda influencia as operações do aplicativo, o que repercute em sua história e funcionamento. Quando a VK se tornou popular na Rússia, os irmãos Durov foram pressionados (inclusive com assédio policial) a abandonar o controle da rede, deixando-a nas mãos de pessoas favoráveis ao governo. Os irmãos hoje vivem exilados de seu país, viajando o mundo, e não se sabe exatamente onde o Telegram possui seus escritórios, embora esteja juridicamente sediado no Reino Unido.

Após o Facebook anunciar mudanças na política de privacidade do WhatsApp, o Telegram passou a ganhar popularidade, chegando a 500 milhões de usuários ativos. O serviço é prestado por empresa privada e financiado por Pavel Durov, um dos seus fundadores. Durov anunciou que pretende introduzir recursos pagos em 2021, que serão voltados para empresas e usuários avançados, e disse que não haverá cobrança pelos recursos já existentes no app — tais como grupos de até 200 mil membros, uso em qualquer dispositivo sem depender da internet no celular, envio e recebimento de mensagens sem divulgar o número do telefone, opções adicionais para controlar a exposição de dados (para que só algumas pessoas possam ver quando você está on-line, por exemplo), agendamento de envio de mensagens, busca de pessoas próximas para se comunicar (esse recurso exige cuidado).

Por outro lado, não há suporte para status/stories nem videochamadas em grupo (é possível realizar videochamadas individuais, mas o recurso para grupos foi prometido para 2021). As conversas no Telegram não são criptografadas por padrão, sendo necessário ativar a camada de segurança em conversas específicas por meio de "chats secretos". O armazenamento das mensagens no servidor exige cuidado para evitar a exposição das conversas (as autoridades da Lava-Jato, por exemplo, foram expostas pelo Telegram por esse motivo). O código-fonte do aplicativo é aberto, mas o código do servidor do serviço é fechado, deixando-o em um meio-termo entre o Signal e o WhatsApp.

As mensagens, fotos e arquivos das conversas regulares (não secretas) do Telegram ficam armazenadas no servidor do serviço, mas o app afirma que não compartilha informações dos usuários com terceiros nem possui vínculos com redes de publicidade que usam esses dados para a modelagem de perfis. Ele oferece opções adicionais para o envio de mensagens, inclusive agendamentos, que funcionam mesmo quando o telefone não está ligado.

Continua...