sexta-feira, 23 de julho de 2021

DE VOLTA AO DESLIGAMENTO DO COMPUTADOR (CONTINUAÇÃO)

O AMOR NÃO MOSTRA O QUE REALMENTE EXISTE DENTRO DE VOCÊ. O NOME DISSO É ENDOSCOPIA.

Vimos que o padrão ATX sucedeu ao jurássico AT e introduziu, entre outros aprimoramentos, o conceito de "fonte inteligente", que permite desligar o computador por software — isto é, sem que seja necessário mudar o Power Switch (botão liga/desliga) da posição ligado para desligado depois que o Windows é encerrado.

Vimos também que o Windows 7 tornou possível configurar o botão de energia (liga/desliga) para reiniciar o sistema, colocá-lo em Suspensão, em Hibernação, ou não surtir efeito algum. Aliás, essa opção é útil para usuários de notebooks em que a localização física do botão soft touch propicia o desligamento acidental do aparelho. Em sendo o caso, siga o roteiro do post anterior e habilite a opção "Nada a fazer", lembrando que essa reconfiguração não afeta o desligamento forçado do computador quando o botão é acionado por mais de 5 segundos.

Vale relembrar que a suspensão e a hibernação são mais interessantes que o desligamento em determinadas situações, a começar pelo fato de que o Windows leva menos tempo para reiniciar e retorna com os aplicativos e telas do jeito em que estavam quando o sistema foi suspenso ou "adormeceu".

Quando o sistema é "suspenso", o monitor é desligado e alguns componentes de hardware são desenergizados. Quando o mouse é movido ou o teclado, acionado, todos os aplicativos, janelas etc. ressurgem exatamente como estavam quando o sistema foi posto em "standby". Já a hibernação transfere o conteúdo da RAM para o arquivo hiberfil.sys (no HDD/SSD) e desliga totalmente o computador. O "despertar" não é tão rápido quando na modalidade anterior, mas costuma demorar menos que no boot convencional, e os aplicativos, janelas etc. também retornam ao status quo ante.

Observação: Diferentemente da suspensão, a hibernação não consome energia (o que contribui para poupar a bateria nos notebooks e permite desconectar o cabo de força dos desktops da tomada). Essa função foi criada para notebooks e pode não ser exibida por padrão na lista do comando Desligar do menu Iniciar em alguns modelos de desktop. Mas é possível alterar essa configuração (para mais detalhes, acesse esta postagem).

No âmbito da biologia, o termo hibernação remete a um estado em que a respiração, os batimentos cardíacos, o metabolismo e outras funções vitais do organismo de determinados animais homeotérmicos são desacelerados, permitindo que esses bichos passem os meses mais frios numa espécie de catalepsia. Diferentemente do que se costuma imaginar, os ursos não hibernam, embora durmam durante o inverno. Isso porque sua temperatura corporal se mantém entre 30ºC e 35oC, suas taxas respiratória e cardíaca permanecem praticamente normais e seu sistema sensorial continua funcionado.

Ao contrário do que se difunde, ursos não são hibernantes, e sim adaptáveis ao jejum. Os verdadeiros animais hibernantes são o musaranho e o ouriço (o mamífero, não o ouriço do mar), que cavam suas tocas no solo; os esquilos e as marmotas, que se abrigam nos ocos das árvores; os morcegos, que se acomodam em velhas casas, cavernas e túmulos, e alguns sapos

Vale registrar que os ursos pretos da América do Norte chegam a reduzir o consumo de oxigênio e a taxa metabólica pela metade e respirar apenas uma vez a cada 45 segundos. Sua frequência cardíaca pode cair para algo entre 8 e 21 batimentos por minuto, reduzindo o fluxo de sangue para o músculo esquelético, principalmente as pernas, em 45% ou mais.

Cultura inútil, mas enfim...