EM CASO DE EXCESSO DE LUCIDEZ, LOUCURE-SE!
Apesar da evolução tecnológica que as baterias experimentaram nos últimos anos, alguns cuidados ajudam a manter o notebook mais saudável, e um deles consiste em desconectar o carregador da tomada, de tempos em tempos, e usar o computador até que o nível mínimo de energia seja alcançado.
Baterias à base de íon-lítio (ou íon-polímero, em
alguns casos) não estão sujeitas ao efeito
memória, mas esse procedimento "calibra" o sensor de
carga, inibindo o estado em que as baterias não sustentam mais sua
autonomia padrão.
Observação: A expressão “bateria de lítio”
não designa uma única tecnologia, mas toda uma gama de produtos desenvolvidos a
partir de diversas tecnologias de produção de materiais compostos, tais
como LCO (Lítio-Óxido de Cobalto), LFP (Lítio-Ferro-Fosfato), NMC (Níquel-Magnésio-Cobalto), NCA (Níquel-Cobalto-Alumínio)
e LTO (Lítio-Titânio). Todas proporcionam maior vida útil (em
ciclos de carga e descarga) e mais rapidez na recarga, mas chegam a custar 5 a
6 vezes mais que as baterias chumbo-ácidas e o dobro das alcalinas de
níquel-cádmio.
Independentemente da tecnologia, toda bateria tem uma vida útil limitada a um determinado número de ciclos (entre 300 e 600). Cada ciclo corresponde a uma descarga completa seguida de uma recarga completa. Recarregar a bateria pela metade duas vezes ou 1/4 quatro vezes “mata” um ciclo, donde alguns palpiteiros de plantão recomendam abreviar o intervalo entre as recargas em vez de esperar o aparelho ser desligado automaticamente.
Observação: Não sei até que ponto essa
teoria faz sentido, mas o fato é que mais cedo ou mais tarde a bateria precisará ser trocada. Por outro lado, considerando que os fabricantes lançam novos smartphones em intervalos de tempo cada vez mais curtos, é comum a gente trocar o aparelho antes que a bateria dê sinais de
fadiga.
As baterias integram um pequeno chip controlador, destinado a gerenciar sua capacidade de carga. Normalmente, o dispositivo desliga sozinho quando a reserva de energia fica abaixo de 5% — até porque proceder às recargas enquanto ainda resta alguma energia evita danos ao componente. Mas pode acontecer de esse percentual deixar de ser “enxergado” pelo controlador, dando a impressão de que a autonomia diminuiu. Para tirar a cisma, não custa nada recalibrar o controlador ao menos uma vez por mês.
Vale destacar que erros cometidos pelo próprio usuário comprometem a capacidade da bateria e reduzem sua vida útil. Entre os mais comuns estão:
1) “Esgotar” a bateria antes de pôr o telefone na carga (o ideal é recarregar quando o indicar marcar entre 70% e 30% de carga);
2) Deixar o aparelho na carga a noite toda (o ideal é remover o carregador da tomada quando indicador marcar 100% ou o aparelho emitir um alerta de recarga concluída, embora haja quem recomende manter o aparelho com 50% ou 60% de carga, evitando que ela chegue ao nível máximo);
3) Não remover a capinha durante a recarga (quanto mais o celular aquecer, maiores as chances de problemas, tanto com o aparelho quanto com a bateria; o ideal é proceder à recarga num ambiente com temperatura amena e sobre uma superfície lisa, como a de uma mesa ou criado-mudo, pois sofás, almofadas e travesseiros favorecem o superaquecimento);
4) Usar carregadores de marcas não confiáveis (se for preciso substituir o carregador, dê preferência ao modelo original, igual ao que veio com o aparelho, ou, na impossibilidade, um dispositivo de marca conhecida e devidamente homologado pelo fabricante do telefone).
Continua...