Bolsonaro terminou seu terceiro ano de sua lamentável gestão na condição de investigado em 6 inquéritos e alvo de 143 pedidos de impeachment, sem mencionar que a CPI do Genocídio lhe imputou nove crimes.
Semanas atrás, a Polícia Federal concluiu que o sociopata cometeu
crime de divulgação de segredo ao vazar informações sigilosas sobre um
ataque hacker contra o TSE. O ministro Alexandre de Moraes
poderia ter autorizado o indiciamento, mas preferiu encaminhar o caso à PGR
(avizinha-se, portanto, mais um inquérito, mas é sabido que a única coisa que o
procurador-geral Augusto Aras procura é uma indicação para o STF).
Como até a falta de memória do povo tem limite, os índices de rejeição ao capitão despirocado e sua execrável gestão estão abaixo do cu do cachorro. A reeleição subiu no telhado, mesmo que uma parcela significativa da récua de muares votantes continue indiferentes ao fato de que, entre outras estultices, seu "mito" acabou com a Lava-Jato porque “não existe mais corrupção no governo”. Enfim, como disse o escritor português José Saramago, a cegueira é uma questão privada entre a pessoa e os olhos com que ela nasceu; não há nada que se possa fazer a respeito.
Até as emas do Alvorada sabem que Bolsonaro finge presidir o país enquanto o Centrão manda, desmanda e rapina o Erário. E que essa história de “não ter mais corrupção” é mera cantilena para dormitar bovinos.
Sobram evidências de que o hoje presidente era um parlamentar adepto da "rachadinha", e como a fruta não cai longe do pé, os filhos 01 e 02 imitaram alegremente seu papai. Aliás, quatro dos cinco filhos de Bolsonaro são investigados pela PF (a exceção é a caçula, que tem 11 anos).
Por uma estranha ironia do destino, a Lava-Jato floresceu sob Dilma e foi sepultada em vida por Bolsonaro, já que o combate à corrupção deixou de lhe interessar quando as investigações passaram a mirá-lo e a sua respeitável prole.
Durante a fatídica
reunião ministerial de 22 de abril de 2020, o morubixaba de fancaria reconheceu que
tinha um sistema
de informações particular, falou em trocar "gente da
segurança nossa no Rio de Janeiro" (pode me chamar de superintendente
da PF) antes que surgisse uma "sacanagem" com
potencial para "foder minha família toda ou amigo meu".
Na mesma oportunidade, o capetão deixou claro que,
para atingir seu objetivo, demitiria até o ministro. No WhatsApp,
reproduziu para Sergio Moro (então ministro da Justiça e
Segurança Pública) notícia de que o inquérito sobre fake news estava
"na cola" de uma dezena de parlamentares bolsonaristas e, referindo-se ao então diretor-geral da PF, Maurício
Valeixo, arrematou: "Mais um motivo para a troca".
Continua...