quinta-feira, 31 de março de 2022

WINDOWS 11 — VALE A PENA MIGRAR? (CONTINUAÇÃO)

MUDEI DE IDEIA; PALAVRA NÃO VOLTA ATRÁS.

Meu desktop baixou ao hospital após ter sido exposto ao Patch Tuesday de fevereiro e não responder ao tratamento caseiro. Ele continua na UTI, sem previsão de alta. Já meu notebook de backup se recuperou do mal súbito causado pela atualização para o Windows 11 (graças a uma injeção intravenosa de IOBit Advanced System Care; mais detalhes aqui e aqui) e voltou à velha forma com a implementação das atualizações / correções que a Microsoft lançou posteriormente.  


O problema é que a diferença de desempenho entre as duas máquinas é brutal. Ambas dispõem de processadores Intel Core i7, mas de gerações e características distintas. O desktop conta ainda com 32GB de RAM (são na verdade 64GB, mas a placa-mãe só reconhece a metade), um SSD de 1TB e um HDD de 3TB/7200 RPM, ao passo que o portátil dispõe de 8GB de RAM e de um HDD de 2TB/5400 RPM. E é aí que a porca torce o rabo.


As versões mais recentes do Windows rodam em máquinas com discos rígidos eletromecânicos, mas seu desempenho é muito superior com drives de memória sólida (Solid State Drive), sobretudo os modelos com NVMe, que não tardam a se tornar o novo padrão de mercado. Um SSD M2 NVMe chega a ser quase sete vezes mais rápido que um SSD Sata III, que já é cerca de 10 vezes mais ágil do que um HDD convencional.


Observação: Embora o SATA (Serial Advanced Technology Attachment) continue sendo largamente utilizado em drives SSD, ele não foi criado especificamente para armazenamento Flash.


Sigla para Non-Volatile Memory Express (Memória Expressa Não Volátil), o NVMe não é um padrão físico do drive, mas o software instalado no SSD, que otimiza o caminho que o computador percorre entre o comando e a leitura/escrita do arquivo. Grosso modo, seria como dirigir um carro numa estrada esburacada, nos cafundós do nordeste brasileiro, e rodar com esse mesmo carro numa Autoban alemã.


Um SSD NVMe pode ser também Sata, embora o recurso seja mais utilizado em SSDs M2 NVMe. Como qualquer software, ele recebe atualizações e melhorias, que são implementadas nos SSDs mais recentes. Daí ser mais correto dizer que um SSD M2 é superior a um SSD Sata porque conta com um padrão mais avançado e compatível com as edições mais recentes do NVMe (a tecnologia também é compatível com SSD de conector PCI Express).


A velocidade de leitura de um SSD SATA III é de cerca de 550 Mb/s, dependendo do modelo, ao passo que a de um SSD NVMe é de 3500 Mb/s. Seria covardia confrontar um troço desses com um jurássico HDD (eletromecânico), que é dezenas de vezes mais lento. Num hipotético comparativo, o PC com a tecnologia mais moderna inicializaria, carregaria o Windows e entregaria o comando ao usuário antes que o modelo mais antigo exibisse a tele de boas-vindas. 


Continua...