Muitos usuários do iPhone preferem outros navegadores ao Safari e talvez por isso não se preocupem em atualizar o browser da Apple, mas vulnerabilidades do Safari e do mecanismo WebKit (responsável por transformar o código recebido pela Internet em webpages, e que é o único motor permitido no iOS) oferecem perigo, mesmo para quem não utiliza o navegador (até porque Chrome, Firefox, Edge, Opera etc. para iOS são essencialmente "Safaris com interfaces modificadas").
Um dos maiores riscos advém da vulnerabilidade de zero-click, que dispensa qualquer ação do usuário — o cibercriminoso precisa apenas atrair a vítima para um site malicioso (ou hackear um site popular e esconder o código na página) para infectar o sistema e controlar o iPhone remotamente. Vale destacar que as atualizações do mecanismo WebKit e do Safari não estão relacionadas à atualização dos aplicativos do navegador que o usuário do iPhone utiliza. O Chrome, por exemplo, é atualizado automaticamente na App Store, mas essa atualização tem efeito sobre a Shell (interface) do programa, não se destinando, portanto, a corrigir vulnerabilidades no WebKit.
Para resolver problemas de segurança no motor do navegador Safari é preciso instalar as atualizações do iOS, pois o problema pode estar no motor do navegador e/ou em outros componentes importantes do sistema operacional. Para proceder à atualização, toque em Ajustes > Geral > Atualização de Software; se você vir um botão na tela que diz Baixar e instalar, toque nele e siga as instruções.
Há quem não atualize o sistema para não ter de se acostumar com novos recursos da interface, por achar que os arquivos ocuparão muito espaço no armazenamento interno ou por recear que, após a atualização, o dispositivo ficará lento ou os apps deixarão de funcionar. É fato que algumas atualizações tornam a interface menos amigável, que uma nova versão do sistema ocupa mais espaço do que a anterior, e que alguns iPhones ficaram mais lentos após uma atualização. Não obstante, é fundamental manter o iOS atualizado: embora existam suítes de segurança específicas para macOS, não há antivírus totalmente funcionais para iPhones. Assim, a segurança do aparelho depende unicamente dos mecanismos de proteção da Apple, e qualquer brecha nesses mecanismo vira porta de entrada para crackers et caterva.