Junte meia dúzia de brasileiros de qualquer região, etnia, credo, gênero ou posicionamento político e pergunte-lhes o que acham de nossos políticos. As chances de considerarem nossos representantes ladrões, corruptos ou oportunistas são de 99%.
Definido que nossos políticos não lutam por nossos interesses, virou lugar comum dizer que, enquanto existir o “presidencialismo de coalizão”, não temos saída. Então chega de lamúrias e vamos procurar um novo formato de governo.
Eu tenho uma sugestão que, reconheço, pode parecer radical à primeira vista, mas estou certo que ela resolverá de vez o problema e, de quebra, aquecerá a economia com o apoio dos liberais.
Trata-se de estabelecer a primeira Privatocracia da história, já que é inquestionável que nossas empresas privadas são, em sua esmagadora maioria, muito mais eficientes do que o Estado.
Vamos encarar o fato de que não somos capazes de eleger gente que presta e privatizar de vez o País e suas instituições. Chega de eleições que dão o maior trabalho e não funcionam. Ao admitir nossa incompetência, começamos a resolver o problema e, através do meu método, ainda ganharemos algum dinheiro.
Minha idéia é vender tudo, Executivo, Legislativo e Judiciário para quem entende do assunto. Comecemos por trocar o cargo de presidente pelo de CEO. Um head hunter será contratado para encontrar o nome mais adequado, que receberá um salário compatível com a função, férias, 13º e bônus por produtividade. É fundamental que seja alguém que já dirigiu uma multinacional e tenha um bom inglês para não nos envergonhar nos discursos da ONU.
Para o Judiciário, sugiro um escritório de advocacia grande, desses famosos, com presença em diversos estados para que suas centenas de estagiários possam atuar como juízes Brasil a fora.
O Legislativo perde a função, então transformaremos o Congresso num bonito cinema 360º para ganharmos um extra com visitas turísticas.
O Ministério do Planejamento será vendido para uma grande empresa de auditoria. Uma alemã, ou americana.
Traremos de volta o Ministério da Cultura que será entregue, quem sabe, a uma grande rede de rádio e televisão.
O Ministério da Economia vai para um pool formado pelos maiores bancos do Brasil, para não ter briga.
O Ministério da Educação ficará nas mãos de uma das grandes Universidades privadas. Uma dessas que já mostrou ser eficiente na hora de encher suas salas.
A pasta da Saúde vai para o plano de saúde que fizer a melhor oferta, com uma parceria com um desses hospitais de excelência.
O Ministério do Turismo eu entregaria para uma empresa de turismo, dessas capazes de transformar qualquer aeroporto em rodoviária.
Por último, mas não menos importante, o Ministério da Agricultura deveria ir para uma grande rede de fast food, para garantir que todo brasileiro tenha acesso a pelo menos dois hambúrgueres por dia.
Você pode dizer que minha pesquisa não tem valor, porque não foi feita com rigor científico. Mas basta lembrar das previsões das pesquisas eleitorais recentes, feitas por institutos renomados, e você vai desistir de criticar minha enquete. Então vamos em frente.
Definido que nossos políticos não lutam por nossos interesses, virou lugar comum dizer que, enquanto existir o “presidencialismo de coalizão”, não temos saída. Então chega de lamúrias e vamos procurar um novo formato de governo.
Eu tenho uma sugestão que, reconheço, pode parecer radical à primeira vista, mas estou certo que ela resolverá de vez o problema e, de quebra, aquecerá a economia com o apoio dos liberais.
Trata-se de estabelecer a primeira Privatocracia da história, já que é inquestionável que nossas empresas privadas são, em sua esmagadora maioria, muito mais eficientes do que o Estado.
Vamos encarar o fato de que não somos capazes de eleger gente que presta e privatizar de vez o País e suas instituições. Chega de eleições que dão o maior trabalho e não funcionam. Ao admitir nossa incompetência, começamos a resolver o problema e, através do meu método, ainda ganharemos algum dinheiro.
Minha idéia é vender tudo, Executivo, Legislativo e Judiciário para quem entende do assunto. Comecemos por trocar o cargo de presidente pelo de CEO. Um head hunter será contratado para encontrar o nome mais adequado, que receberá um salário compatível com a função, férias, 13º e bônus por produtividade. É fundamental que seja alguém que já dirigiu uma multinacional e tenha um bom inglês para não nos envergonhar nos discursos da ONU.
Para o Judiciário, sugiro um escritório de advocacia grande, desses famosos, com presença em diversos estados para que suas centenas de estagiários possam atuar como juízes Brasil a fora.
O Legislativo perde a função, então transformaremos o Congresso num bonito cinema 360º para ganharmos um extra com visitas turísticas.
O Ministério do Planejamento será vendido para uma grande empresa de auditoria. Uma alemã, ou americana.
Traremos de volta o Ministério da Cultura que será entregue, quem sabe, a uma grande rede de rádio e televisão.
O Ministério da Economia vai para um pool formado pelos maiores bancos do Brasil, para não ter briga.
O Ministério da Educação ficará nas mãos de uma das grandes Universidades privadas. Uma dessas que já mostrou ser eficiente na hora de encher suas salas.
A pasta da Saúde vai para o plano de saúde que fizer a melhor oferta, com uma parceria com um desses hospitais de excelência.
O Ministério do Turismo eu entregaria para uma empresa de turismo, dessas capazes de transformar qualquer aeroporto em rodoviária.
Por último, mas não menos importante, o Ministério da Agricultura deveria ir para uma grande rede de fast food, para garantir que todo brasileiro tenha acesso a pelo menos dois hambúrgueres por dia.
Percebem? Nas mãos da iniciativa privada, nossa qualidade de vida vai melhorar muito e, com a faca e o queijo nas mãos, as empresas privadas vão até conseguir baixar os preços para os consumidores finais.
Aí, quem sabe daqui uns 20 anos, com o País saneado e sem corrupção, poderemos pensar em voltar a um sistema de governo mais manjado.
Aí, quem sabe daqui uns 20 anos, com o País saneado e sem corrupção, poderemos pensar em voltar a um sistema de governo mais manjado.
Afinal, convenhamos que, por aqui, essa história de democracia não funcionou.
Texto de Mentor Neto