De acordo com documentos confidenciais a que a Revista Sociedade Militar teve acesso, o relatório de fim de comissão — que é exigido dos militares que comandam viagens ou operações na Marinha do Brasil — apontou que, no dia 31 de dezembro de 1957, um "radio cifrado" enviado ao Estado Maior da Armada, comunicava o avistamento de objeto voador não identificado, a cerca de 1.600 m de altura.
O documento menciona ainda que pelo menos 20 militares, entre eles um oficial médico, testemunharam o corrido e disseram que a velocidade do OVNI "era incrível". Dois militares e três civis disseram que haviam testemunhado um episódio semelhante no início daquele mês.
No dia 1º de janeiro de 1958, cerca de 20 pessoas avistaram um objeto prateado sobre o Posto Oceanográfico da Ilha de Trindade. Quinze dias depois, o OVNI foi avistado pelos tripulantes do navio Almirante Saldanha e fotografado por Baraúna. Segundo foi divulgado pela imprensa, quase toda a tripulação do navio viu as fotos e foi unânime em seu depoimento ao Serviço Secreto da Marinha Brasileira.
Baraúna afirmou que as imagens foram autenticadas em duas análises, uma pela empresa Cruzeiro do Sul e outra pela própria Marinha, e a notícia se espalhou pelo país e pelo mundo. Mas não faltaram versões contraditórias e relatos de "testemunhas" que negavam o avistamento do OVNI. Depois da reportagem veiculada pelo Fantástico, um sobrinho de Baraúna, que também era fotógrafo, confirmou a trucagem.
Posteriormente, as fotos foram desacreditadas pelos cientistas do Projeto Blue Book, mas elas continuam sendo consideradas autênticas por muitos pesquisadores do Brasil e do exterior, apesar de um detalhe: em duas fotos, a imagem do disco é idêntica, só que de cabeça para baixo.
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