sábado, 25 de fevereiro de 2023

VIDA LONGA AO REI (CONTINUAÇÃO)

Com o título "O Melhor da Semana", o Globo atualiza seus assinantes sobre ameaça nuclear, crise energética, inflação no preço de alimentos, e informa que subiu para 54 o número de vítimas do temporal no Litoral Norte de SP. Diante disso, não imagino (e nem quero imaginar) o que seria "O Pior da Semana".

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Como sempre faz quando não sabe o que fazer, Lula fala grosso e declara guerra contra a "direita, os bancos e os ricos". Como não foi capaz de produzir ou propor uma única ação útil desde quando assumiu o cargo, continua empenhado em levar adiante a guerra que declarou contra todo o Brasil que não se ajoelha diante de si. Sua ideia fixa, no momento, é construir pela repetição e arrogância uma mentira oficial, com carimbo da presidência da República, para falsificar a história do Brasil: o disparate de dizer que o impeachment de Dilma foi um “golpe de Estado”. 

Observação: Não se trata de um deslize de linguagem ou de uma distração. Lula falou em golpe diversas vezes, inclusive em viagem oficial ao exterior. Numa dessas ocasiões, aliás, ele fez questão de citar o "golpista Michel Temer" — que não só rechaçou a acusação como afirmou que, se continuar sendo provocado, vai falar "umas verdades", porque foi secretário de segurança e "sabe lidar com bandido". 
 
Sem nada de positivo a apresentar, nem agora e nem no futuro próximo, Lula constrói inimigos artificiais e espalhar veneno em tudo o que fala. Dilma foi destituída da presidência por um processo absolutamente legal de impeachment, estritamente dentro do que estabelece a Constituição. Sua demissão foi aprovada por 367 dos 513 deputados e 61 dos 81 senadores. O processo levou nove meses inteiros para ser concluído, ao longo dos quais a acusada pode exercer todos os seus direitos de defesa. Chamar isso de “golpe de Estado” é 100% irresponsável. Mas a mentira oficial vai ainda adiante.
 
Lula sustenta a enormidade segundo a qual as maravilhas do seu governo e do tenebroso governo Dilma foram “destruídas” por Michel Temer. Lula-Dilma, para ficar só no grosso, deixaram o Brasil com a maior recessão de sua história econômica, com mais de 5% de recuo, 14 milhões de desempregados, juros recorde. Temer, apesar de todos os pesares, consertou boa parte disso em pouco mais de dois anos. Mais: se o emedebista é golpista, seu governo terá sido ilegal, a exemplo de todas as decisões que ele. Que tal, nesse caso, Lula exigir a demissão do ministro Alexandre de Moraes, que foi nomeado pelo ”golpista”?  Onde está a coragem que exibe no discursório?  
 
é Mais que praticar "desinformação", insistir nessa falácia do "golpe" é uma agressão comprovada à verdade mais elementar. Mais uma vez, a esquerda veio com uma tentativa de explicação perfeitamente hipócrita para as mentiras de Lula: disse que ele "pretendeu dizer" que tinha havido "um golpe dentro da Constituição". É uma desculpa safada. Se quisesse mesmo dizer isso, Lula teria dito; se não disse, é porque não quis, e fez questão de falar em golpe e acusar de golpe um homem que fez um governo muito melhor que o seu o seu. Na falta de outra coisa a apresentar, Lula investe no confronto.
 
Como dito no início do post anterior, Lula pede que rezem por sua longevidade. Talvez ele espere ser canonizado em vida. 
 
Com J.R. Guzzo