sábado, 29 de julho de 2023

ALÔ, ALÔ, RESPONDE... (PARTE 3)

SE VOCÊ CONHECE O INIMIGO E CONHECE A SI MESMO, NÃO PRECISA TEMER O RESULTADO DE CEM BATALHAS.

 

É compreensível que Bolsonaro procure se manter em cena como um contraponto de Lula (estranho seria o imbrochável insuportável e momentaneamente inelegível não posar de vítima). Mas causa espécie o atual inquilino palaciano suar o paletó para favorecer o adversário com uma pacificação marcada pela agressividade tóxica. 

Semanas atrás, o presidente se referiu ao antecessor como "titica"; dias atrás, foi chamado de "jumento" por aquele que, no quartel, atendia por "cavalão". Com essa troca de coices, um faz o jogo do outro (e os dois enchem os pacovás deste humilde escriba, que está até os tampos de relinchos e zurros). Num cenário convencional, o santo de pés de barro desligaria o capetão da tomada, mas, como candidato prematuro à re-re-re-reeleição, parece interessado em manter viva a ameaça bolsonarista que pavimentou seu retorno ao Planalto. 

Domingos atrás, o retirante que virou presidiário e passou a ex-corrupto por um supremo prodígio de magia subiu no palanque para incitar os 'cumpanhêro': "Vocês têm que tá preparado(sic), nós derrotamo(sic) o Bolsonaro, mas não derrotamo(sic) os bolsonarista (sic)ainda. Os maluco(sic) tão na rua xingando as pessoa (sic)." Olha só quem fala.

O chefe do clã das rachadinhas e mansões milionárias está mais próximo da cadeia do que da urna, mas, a pretexto de 'dizer pra eles que queremos que este país volte a ser civilizado', o pai do Ronaldinho dos Negócios bate palmas para o antipetismo dançar. 

Num cenário em que Lula hesita em retirar titica dos lábios e Bolsonaro demora a enxergar no espelho a cor de burro quando foge de meia dúzia de inquéritos criminais, resta defender a fauna nacional. O excremento da galinha, quando usado como adubo, ajuda a produzir alimentos em pequenas propriedades rurais. O jumento trabalha em silêncio nos fundões do Nordeste sem exigir nada em troca. Se falassem a língua dos humanos, galinha e jumento escarneceriam: Inclua-nos fora dessa! 

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Numa sequência sobre relógios de pulso, eu destaquei que a impermeabilidade varia conforme o modelo, que a classificação "3 ATM" ou "30 m" garante proteção contra pingos chuva e respingos de água da torneira, e que a prática de esportes aquáticos e mergulho requer a notação 30 ATM — ou 300 m, ou 1000 ft. No que tange a smartphones, smartwatches e companhia, as classificações IP67 e IP68 também não garantem que os gadgets sejam "à prova d'água". 


O termo IP — de a "ingress protection" — indica a impermeabilidade a água e poeira (note que em alguns modelos é preciso vedar as entradas do carregador e do fone de ouvido com tampões de borracha ou silicone). O primeiro número vai de 1 a 6 e remete à resistência à poeira, e o segundo, que vai de 1 a 8, à impermeabilidade a água e outros líquidos (7 indica que o aparelho pode ser mergulhado em água doce, a 1 m de profundidade, por até 30 minutos, enquanto 8 amplia o tempo e aumenta a profundidade para algo entre 1,5 m e 6 m, conforme o fabricante). 


Observação: Evite entrar com o celular na piscina ou no mar. Se a ideia for tirar fotos, proteja o aparelho com uma capinha à prova d'água e redobre os cuidados se a classificação for IP52 ou IP53. Os fabricantes recomendam não imergir o aparelho em água de forma intencional.


A Apple tornou o iPhone à prova d'água em 2016, e a versão 14 conta com a proteção IP68. Em tese, o aparelho pode ficar submerso em água doce por 30 minutos, a uma profundidade de até 6 metros, mas para isso é preciso que a vedação interna esteja muito bem ajustada. A exemplo de outros fabricantes, a Maçã deixa claro que danos provocados por água ou outros líquidos não serão cobertos pela garantia


Em tempo: O iOS 17 começará ser liberado em algum momento do segundo semestre de 2023. Os iPhones que já não suportam upgrades continuarão funcionando, mas não darão acesso às novidades anunciadas pela Apple. 


Continua...