terça-feira, 23 de janeiro de 2024

ORA, DIREIS, OUVIR CONVERSAS ALHEIAS... (CONTINUAÇÃO)

NEM TUDO É O QUE PARECE, MAS O QUE TEM DENTES DE JACARÉ, COURO DE JACARÉ E RABO DE JACARÉ PROVAVELMENTE NÃO É UM COELHINHO.

Para minimizar a roubalheira, a conta das campanhas eleitorais deixou de ser paga pelas grandes empresas e foi jogada no colo dos contribuintes. Quem dizer: continuamos a ser roubados, mas agora em plena luz do dia. Corrigido pela inflação, o valor do fundão estabelecido para as eleições municipais de 2020 esbarra nos R$ 2,5 bilhões. Na proposta enviada ao Congresso as eleições deste ano, o governo havia estipulado R$ 939,3 milhões, mas o valor foi turbinado pelos parlamentares — em parte com recursos de emendas de bancada — assim chegou-se ao absurdo de R$ 4,96 bilhões, que sua alteza real sancionou alegremente. Afinal, é preciso enfunar as velas do PT.

A maioria dos notebooks integra uma webcam na moldura da tela. Como praticidade e segurança não andam de mãos dadas, um bisbilhoteiro competente pode acessar esse dispositivo remotamente e burlar a luz-piloto. Assim, resta ao usuário precavido instalar uma suíte de segurança com proteção de webcam ou seguir o exemplo de Mark Zuckerberg e cobrir a lente da câmera com fita isolante. 
 
Teóricos da conspiração juram que celulares e assistentes virtuais monitoram nossas conversas 24/7. Isso parece fazer sentido, até porque os próprios fabricantes reconhecem que colhem informações para alimentar seu aparato de marketing. 

O microfone precisa permanecer em standby para detectar a palavra de ativação dos assistentes virtuais, que são projetados para responder a comandos de voz. Mas daí a afirmar que os gadgets gravem nossas conversas o tempo todo vai uma longa distância. Ainda que as gravações fossem economicamente viáveis, processar as informações na nuvem aumentaria significativamente o consumo de dados móveis, e fazê-lo localmente superaqueceria a bateria e reduziria drasticamente sua autonomia. 

Por outro lado, onze de cada dez usuários concordam sem pestanejar com as políticas de privacidade dos websites e/ou concede todas as permissões solicitadas pelos apps, o que equivale a entregar de bandeja um sem-número de "informações sensíveis"A enxurrada de anúncios é uma "consequência natural" das incursões pela Web e das pesquisas via Google Search ou outro mecanismo de busca. Mas causa estranheza receber anúncios de produtos mencionados verbalmente durante uma conversa. Quando isso acontece (e o pior é que acontece!), a suspeita de que smartphones e assistentes virtuais realmente espionam ganha impulso. 
 
Observação: A partir da combinação de dados de GPS, redes Wi-Fi e torres de celular, é possível descobrir a localização exata de um smartphone em tempo real. Isso é útil quando queremos encontrar um aparelho perdido ou roubado, por exemplo, mas também fornece informações em tempo real sobre nosso paradeiro.   
 
Os fabricantes garantem que seus espiões, digo, que seus produtos aguardam o comando de ativação para começar a gravar e processar o áudio, que as gravações são armazenadas localmente ou em servidores seguros, e que os dados coletados não são usados para fins de marketing. 
Na dúvida, desative o microfone dos gadgets quando eles não estiverem sendo usados, instale um bloqueador de anúncios no celular, revise as configurações de privacidade e limite as permissões de acesso dos aplicativos.

Segredo entre três, só matando dois e se suicidando depois.