segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

MINI BATERIA NUCLEAR PODE DURAR MAIS DE 7 MIL ANOS

PESSOAS QUE SABEM POUCO FALAM MUITO.

Os dumbphones eram basicamente telefones sem fio de longo alcance e serviam quase que exclusivamente para fazer e receber ligações por voz e mensagens de texto (SMS). Dependendo da frequência e da duração das chamadas, a energia das baterias à base de níquel-cádmio e hidreto metálico de níquel mantinha-os longe da tomada por vários dias. 

Nos smartphones, que são computadores pessoais ultraportáteis, o sistema operacional os aplicativos reduzem drasticamente o intervalo entre as recargas – quanto mais recursos e funções o aparelho oferecer, maior será o consumo de energia e menor a autonomia. Suas baterias à base de íons ou polímeros de lítio armazenem mais energia, recarregam rapidamente até 80% sua capacidade e não estejam sujeitas ao "efeito memória", mas não livram os heavy-users de um "pit stop" entre as recargas completas.  

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Chi dorme non piglia pesci, diz um antigo provérbio italiano. Lula dormiu no ponto e acordou tarde para a inflação. Com os índices de aprovação em queda livre, ele cobrou seus ministros pela alta nos preços dos alimentos, e Rui Costa, da Casa Civil, prometeu um conjunto de intervenções para tentar conter a escalada inflacionária. Em outras palavras, depois de contribuir para a alta do preços com sua política fiscal populista e irresponsável, o governo se deu conta de que a alta do preço dos alimentos pode prejudicar a popularidade e, consequentemente, as chances de reeleição do macróbio — porque é disso que se trata. Não admitir ser parte do problema significa que, quando der errado, a culpa será repassada para os costumeiros inimigos imaginários da petralhada

 

A autonomia se tornou um parâmetro tão ou mais importante que o armazenamento a memória RAM, e mesmo as as baterias de 5.000 mAh só proporcionam mais de 24 horas de funcionamento ininterrupto se o aparelho permanecer a maior parte desse tempo em stand-byEnquanto buscam soluções mais eficientes, ecológicas e comercialmente viáveis para esse problema, os fabricantes recorrem a paliativos como o "carregamento rápido" e softwares que otimizam o consumo (detalhes na sequência de postagens iniciada aqui). 


A boa notícia é que uma equipe de cientistas chineses está desenvolvendo uma mini bateria nucelar capaz de durar mais de 7.000 anos. A base desse avanço está em um conceito de design estrutural que combina actinídeos — elementos conhecidos por sua radioatividade — com lantanídeos — que possuem propriedades luminescentes —, criando uma arquitetura em nível molecular que converte a energia de decomposição radioativa em eletricidade. Segundo os desenvolvedores, a eficiência é até 8 mil vezes maior que a de qualquer outra tecnologia no campo de baterias nucleares.

 

Um dos grandes diferenciais das baterias micronucleares em relação às químicas é a sua longevidade — dependendo do material radioativo utilizado, elas podem funcionar por décadas ou até milênios. Demais disso, a imunidade a fatores ambientais extremos (temperatura, pressão, magnetismo etc.) permite sua utilização em locais de difícil acesso ou em missões espaciais de longa duração, onde a manutenção é impossível e a energia solar pode não ser uma opção viável.

 

Ainda há desafios consideráveis a serem superados, a começar da quantidade de energia gerada por essa nova tecnologia — seriam necessários 40 bilhões de baterias micronucleares para alimentar uma simples lâmpada de 60 watts, por exemplo. Mas não há nada como o tempo para passar.

 

A pesquisa foi publicada na revista Nature.