Em entrevista concedida à Bloomberg durante o Fórum
Econômico Mundial em Davos, na Suíça, Jair
Bolsonaro disse que lamentará se as suspeitas sobre o filho forem
confirmadas, mas que, caso isso aconteça, ele deve ser punido. Litteris: "Se
por acaso Flávio errou e isso ficar
provado, eu lamento como pai. Se Flávio
errou, ele terá de pagar preço por essas ações que não podemos aceitar".
"Trata-se de uma estratégia para é blindar o Planalto", dizem os palpiteiros de plantão. Talvez. Mas, é bom, para variar, que não assistamos a um repeteco do episódio em que certo ex-presidente petista, hoje hospedado compulsoriamente na Superintendência da PF em Curitiba, quando questionado sobre a ascensão financeira do primogênito, referiu-se a ele como “Ronaldinho dos negócios”
Se você não está lembrado, até o pai ser eleito presidente, Fábio Luiz Lula da Silva trabalhava como catador de bosta de elefante no zoo de
São Paulo. Daí abriu uma firmeca de tecnologia chamada Gamecorp, travestiu-se de empreendedor bem sucedido e amealhou um patrimônio considerável. Só a Telemar
(hoje Oi) injetou R$ 15 milhões na empresa desse “gênio das
finanças" ― e,
por uma dessas estranhas coincidências, Lula alterou a lei que proibia a Oi de
adquirir a Brasil Telecom,
beneficiando a empresa que investiu no negócio do filho.
O menino-prodígio mora num apartamento registrado em nome de Jonas Suassuna — o mesmo que figura como um dos donos do folclórico Sítio Santa Bárbara, em Atibaia. Nunca houve contrato formal assinado entre Lulinha e Jonas, apenas o repasse de umas poucas mensalidades de R$ 15 mil, que, segundo os investigadores, “não contemplaram todos os meses do período de maio de 2014 fevereiro de 2016, assim como eram em valor inferior à estimativa realizada pelo fisco federal para valor do aluguel do imóvel” (que em 2016, o aluguel foi estimado em R$ 40 mil).
Não sei se o menino de ouro ainda mora no apartamento ou se mudou para Curitiba para ficar mais perto do papai e poder levar-lhe charutos e, eventualmente, uma folha de serra escondida numa torta de maçã. Mas também não me consta de que ele tenha tido maiores problemas com a investigação.
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O menino-prodígio mora num apartamento registrado em nome de Jonas Suassuna — o mesmo que figura como um dos donos do folclórico Sítio Santa Bárbara, em Atibaia. Nunca houve contrato formal assinado entre Lulinha e Jonas, apenas o repasse de umas poucas mensalidades de R$ 15 mil, que, segundo os investigadores, “não contemplaram todos os meses do período de maio de 2014 fevereiro de 2016, assim como eram em valor inferior à estimativa realizada pelo fisco federal para valor do aluguel do imóvel” (que em 2016, o aluguel foi estimado em R$ 40 mil).
Não sei se o menino de ouro ainda mora no apartamento ou se mudou para Curitiba para ficar mais perto do papai e poder levar-lhe charutos e, eventualmente, uma folha de serra escondida numa torta de maçã. Mas também não me consta de que ele tenha tido maiores problemas com a investigação.
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Ainda sobre versões falaciosas de fatos estranhos, foi arquivado o inquérito sobre a morte do ministro Teori Zavascki e outras quatro pessoas numa queda de avião no mínimo suspeita, sobretudo à luz do que o filho do ministro postou nas redes sociais (confira na imagem ao lado). Segundo o procurador da República Igor Miranda, responsável pelas investigações, “[...] As provas forenses, os depoimentos prestados e análise do voo da aeronave no dia 19 de janeiro de 2017 afastam qualquer indício de materialidade de crime de homicídio, seja doloso ou mesmo culposo. Diante disso, a ausência de elementos mínimos acerca da existência da materialidade delitiva indicam o arquivamento da investigação”.
Tem muita teoria da conspiração rolando por aí. Há quem não acredite que a Apollo 11 pousou na Lua, por exemplo, e quem acredite que Elvis está vivo, que Paul McCartney está morto, que a Terra é plana e que Charles Darwin era um imbecil. Ou, ainda, que Adélio Bispo agiu de moto próprio ao esfaquear o então candidato Jair Bolsonaro, embora não tivesse um gato para puxar pelo rabo e agora seja defendido por quatro advogados estrelados.
Sem querer aqui desmerecer investigações ou investigadores, vale lembrar que o caso Marielle Franco vai completar um ano e ainda não foi solucionado. E o mesmo vale para o assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, e de Toninho do PT, que ocorreram há quase 20 anos. E o de PC Farias, morto em 1996.
Mortes ocorridas em situações pra lá de suspeitas costumam ser esqueletos no armário de gente vivinha da silva, e nunca se sabe quando sairão para os assombrar.