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quarta-feira, 12 de julho de 2017

VOCÊ CONHECE SEU PC? Parte VIII

ENQUANTO OS CARIOCAS E OUTROS PRAIANOS DESCANSAM A METADE DA SEMANA, OS BAIANOS VÃO TRABALHANDO E DESCANSANDO AO MESMO TEMPO.

Voltando por um instante ao tema da postagem anterior, memórias DDR3 continuam sendo amplamente utilizadas, embora algumas máquinas, notadamente as de configuração mais “robusta”, integrem módulos DDR4

Fisicamente, os pentes são diferentes ― o padrão DDR4 tem 284 contatos, 44 a mais que o DDR3, sem mencionar que, na região central do pente, os pinos são alongados, razão pela qual só é possível instalar essas memórias em placas-mãe que já lhes ofereçam suporte (às vezes, durante transições dessa natureza, os fabricantes disponibilizam slots compatíveis com ambos os padrões, mas isso não é regra geral).

Em relação a frequência, a frequência de operação das memórias DDR3 fica entre 800 MHz e 2.400 MHz, ao passo que, nas DDR4, ela varia de 2.133 MHz a 4.266 MHz. É uma grande diferença, pois permite mais transferências num mesmo intervalo de tempo. E além do melhor desempenho ― que pode chegar ao dobro em relação ao padrão anterior ― as DDR4 operam com tensões menores (1,2v contra 1,5v do DDR3), o que pode não parecer muita coisa, mas ajuda a aumentar autonomia das baterias em notebooks (em até 40%).

Outro diferencial importante entre esses dois padrões remete à maior capacidade dos chips, que facilita a construção pentes de 2 GB a 16 GB nas memórias DDR4, contra 512 MB a 8 GB no padrão anterior. Esse aspecto é importante quando se trata de grandes servidores ou máquinas de alto desempenho, como as usadas por gamers fanáticos ou por quem trabalha com aplicativos mais exigentes (designers gráficos e companhia), nos quais a quantidade de memória costuma ser de 16 GB ou mais.

Volto a lembrar que as memórias DDR5 não tardam a chegar ao mercado (a previsão é de que sejam postas à venda em meados do ano que vem). Elas prometem dobrar a largura de banda e a densidade do padrão DDR4, aumentando significativamente o desempenho e propiciando um melhor gerenciamento de energia em uma grande variedade de aplicações.

Para não espichar demais este texto, vamos deixar para abordar a placa-mãe no próximo capítulo. Até lá.


NOTÍCIA EM EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA:

Lula foi condenado pelo juiz Sergio Moro a nove anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso do tríplex do Guarujá, investigado no âmbito da Operação Lava Jato.

Também são réus no caso o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, os executivos da empresa Agenor Franklin Medeiros, Paulo Gordilho, Fábio Yonamine e Roberto Ferreira, e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, todos acusados de lavagem de dinheiro e corrupção ativa. A ex-primeira-dama
Marisa Letícia teve o nome excluído da ação após a sua morte, em fevereiro passado.

Confira mais detalhas ao longo das próximas postagens na nossa comunidade de política.


SEGUE A NOVELA DA DENÚNCIA CONTRA TEMER NA CCJ

Como eu adiantei no post anterior, o relator da denúncia contra Michel Temer na CCJ da Câmara, Sergio Zveiter, recomendou o prosseguimento do processo contra o presidente da República ― embora pertença ao PMDB, que é o partido de Temer, a postura “independente” do deputado carioca preocupava o Planalto. E não sem razão, como se vê agora.

Zveiter disse que a acusação é grave, e recomendou a necessária autorização para que o processo seja instaurado: “O que está em discussão não é o direito individual do presidente, mas Presidência da República, daí a necessidade de se fazer uma análise criteriosa do conjunto dos indícios colhidos no inquérito. Por tudo o que vimos e ouvimos, não é fantasiosa a acusação. É o que temos e o que deve ser apurado”, disse.

A patuleia festejou, naturalmente, mas é bom lembrar que essa caterva é contra Temer por revanchismo. O PT e seus afins querem o fim do governo porque têm o presidente na conta de “golpista”, “traíra”, e por aí afora. Daí obstruírem votações importantes no Congresso, como a reforma trabalhista e da Previdência, por exemplo, que interessam ao país, independentemente de quem o governa neste momento.

A título de ilustração: ontem, Eunício Oliveira, presidente do Senado, foi impedido pelas senadoras de oposição de se sentar em sua cadeira para presidir a votação da reforma trabalhista. Quando suspendeu a sessão, foi acusado por Gleisi Hoffmann, a chefe da gangue vermelha, presidente do PT e ré na Lava-Jato, de impedir que as mulheres expusessem seu ponto de vista sobre as reformas. O fato é que dá para contar nos dedos os parlamentares isentos, avessos à corrupção e demais práticas espúrias de governantes e políticos de toda espécie. Ninguém parece preocupado em esclarecer as suspeitas que pairam sobre a pessoa do presidente (que não são poucas) e defender os interesses da nação. Triste Brasil.

Temer afirmou que respeitará a decisão da CCJ, e que o momento não é para dúvidas ou receios, mas para respostas rápidas. A discussão será retomada nesta quarta-feira e deve se prolongar até o final da semana. Para ser aprovado, o parecer precisa do apoio de 34 dos 66 titulares da comissão. Qualquer que seja o resultado, a denúncia seguirá para o plenário da Casa, onde a votação será nominal (como no impeachment de Dilma, cada parlamentar terá de declarar seu voto abertamente, ao microfone). Para barrar o processo, são necessários os votos de, pelo menos, 172 dos 513 deputados.
Para ler a íntegra da denúncia da PGR, clique aqui; para ler a íntegra do relatório de Zveiter, clique aqui; e para ler a defesa do presidente, clique aqui.

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

terça-feira, 11 de julho de 2017

VOCÊ CONHECE SEU PC? ― Parte VI

NEURASTENIA É DOENÇA DE GENTE RICA. POBRE NEURASTÊNICO É MALCRIADO.

Embora o termo "memória" designe, no jargão da informática, qualquer meio destinado ao armazenamento de dados, quando usado genericamente ele remete à RAM, que é a memória física do sistema e principal ferramenta de trabalho do processador. Nenhum computador é capaz de funcionar sem memórias, e o PC as utiliza em diversos formatos e tecnologias.

Observação: RAM é a sigla de Random Access Memory, ou “memória de acesso aleatório”. Trata-se de um tipo de memória volátil ― ou seja, que só retém os dados quando energizada (daí o boot precisar ser refeito toda vez que ligamos o computador) ―, mas que permite o acesso a qualquer dos seus endereços aleatoriamente, o que lhe confere tempos de resposta e taxas de transferência que deixam os drives de HD eletromecânicos no chinelo.

Tanto o sistema operacional quanto os aplicativos e demais arquivos são carregados na RAM a partir da memória de massa (HDD ou SSD, conforme o caso), onde os dados são armazenados de forma persistente, e novamente salvos no disco depois de manipulados (de outra forma, as modificações seriam perdidas sempre que o computador fosse desligado).

A RAM é comercializada em pentes (ou módulos) compostos por diversos chips soldados numa placa de circuito. Diversas tecnologias foram criadas desde a pré-história da informática (FPM, EDO, SDR, RAMBUS, DDR, DDR2, DDR3 e DDR4) e disponibilizadas em módulos de vários formatos (SIMM, DIMM, RIMM, etc.), mas a maioria dos PCs atuais integra memórias DDR3 em módulos com 240 pinos. As DDR4, lançadas em 2014, ainda não são massivamente utilizadas em máquinas de entrada de linha, embora o padrão DDR5 deva ser lançado comercialmente já no próximo ano.

Continuamos na próxima postagem. Até lá.

O INFERNO ASTRAL DE TEMER

Enquanto Lula posa de candidato ― como se não fosse penta-réu na Lava-Jato e não estivesse prestes a receber sua primeira condenação ― e a caterva vermelha colhe assinaturas (?!) para anular o impeachment da anta incompetenta ― como se não bastasse a roubalheira e a destruição que mestre e pupila promoveram durante mais de uma década ―, o governo agoniza, o país anda de lado, Rodrigo Maia cresce e Michel Temer se apequena.

Michel, ma belle, sont les mots qui vont très bien ensemble, tres bien ensemble: Não foi Deus quem o colocou na presidência. Foi Lula. Como vice da anta vermelha, vossa excelência se beneficiou do financiamento espúrio das campanhas milionárias, foi conivente e cúmplice de toda sorte de malfeitos e, por estar no lugar certo na hora certa, subiu de posto, deixando passar uma excelente oportunidade de pedir o boné, voltar para Câmara, ou para onde bem entendesse, e tocar sua vida como se nada tivesse acontecido.

Mas não seria mesmo de se esperar esse ato de grandeza de quem tanto fez para “chegar lá”. Só que o sonho de entrar para a história como “o cara que reconduziu o Brasil ao caminho do crescimento” fica mais distante a cada dia, embora se tenha mostrado plausível durante algum tempo, mesmo que os critérios adotados na formação da equipe econômica não tenham sido estendidos a todo o ministério e, pior, a velha política de compadrio ter sido mantida, a despeito de a sociedade clamar por novos moldes. Em pouco tempos, os pífios índices de popularidade de Michel Temer caíram a níveis abissais, quase tão baixos quanto os de Collor no auge do processo de impeachment e os de Sarney nos tempos “áureos” da hiperinflação.

O que já era ruim ficou ainda pior depois da divulgação da conversa nada republicana com certo moedor de carne bilionário, quando, pela segunda vez, a janela de oportunidade da renúncia se descortinou. Mas os argumentos de Eliseu Padilha, Moreira Franco e outros amigos e assessores enrolados com a Justiça ― que seriam igualmente defenestrados e deixariam de ser investigados no Supremo, onde os processos levam décadas para ser julgados e não raro resultam em impunidade, por conta da prescrição da pena ― falaram mais alto, e a renúncia foi abortada.

Em vez da notícia do afastamento, o que se ouviu do presidente foi um pronunciamento indignado, onde, à repudia às suspeitas descabidas, seguiu-se a afirmação enfática de que “o inquérito no STF seria o território onde surgiriam todas as explicações e de que seria feita “uma investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro”. Palavras vazias, como se veria mais adiante, quando as ações desmentiram o discurso e o esforço para barrar o processo ganhou vulto.

A tranquilidade do presidente não passa de fleuma: em recentes incursões pela Rússia e Noruega, onde lhe foi dispensado tratamento de chefete de republiqueta de bananas, Temer chegou mesmo a trocar o nome de um país e referir-se ao monarca do outro aludindo a um terceiro ― gafes esperadas de uma besta quadrada e despreparada como sua antecessora, mas não do grande Michel Temer, político experimentado e constitucionalista consagrado. Na semana passada, diante de meia dúzia de gatos pingados, na Alemanha, ele revelou sua vocação para comediante de stand-up ao dizer que não havia crise econômica no Brasil, a despeito de 14 milhões de desempregados desmentirem essa falácia.

Agora, horas antes (*) da leitura do relatório na CCJ da Câmara ― que determinará, ou não, a admissibilidade do inquérito e cuja decisão certamente influenciará o resultado da votação no plenário ―, Temer sabe que o tempo do “está ruim com ele, mas seria pior sem ele” já passou. Agora, seu apelo é para que os deputados olhem para os ganhos obtidos durante seu governo, que supram em muito a gravidade das acusações, como que defendendo o “rouba, mas faz” adotado por políticos como Adhemar de Barros, Paulo Maluf e distinta companhia.

(*) Enquanto eu elaborava este texto, o deputado Sergio Zveiter, relator da denúncia contra Michel Temer na CCJ, defendeu a aceitação pela Câmara da acusação apresentada pela PGR. Apesar de ser do mesmo partido do presidente, o relator já era considerado um parlamentar de atuação independente, o que era motivo de preocupação para a base aliada. Na próxima quarta-feira, iniciam-se os debates, com o direito à fala dos 66 titulares e 66 suplentes. Além destes, os líderes partidários podem se manifestar a qualquer momento. A expectativa é de que a Comissão possa analisar o relatório de Zveiter até a próxima sexta-feira, em votação simbólica que pode influenciar a decisão do plenário. 

Rodrigo Janot quer a cabeça Temer, e precisa consegui-la até setembro, quando termina seu mandato à frente da PGR. Ele já avisou que, enquanto houver bambu, vai ter flecha. Pena não ter tido o mesmo procedimento quando o petralha Aluízio Merdandante, então ministro da Justiça da anta vermelha, foi gravado tentando silenciar o senador preso Delcídio do Amaral. Ou quando a Lava-Jato expôs a própria anta vermelha no centro da maior quadrilha política da história ocidental. Igualmente lamentável é o fato de a imprensa não demonstrado o mesmo empenho para desmontar os discursos falaciosos e trapaceiros dos ex-presidentes Lula e Dilma, mas tudo isso são águas passadas e de nada adianta chorar sobre o leite derramado.

Dizer que a acusação da PGR é uma obra de ficção soa patético, como também a tentativa de se defender acusando o acusador. As acusações feitas pelo presidente são eminentemente revanchistas e baseadas em ilações sem qualquer fundamento. Para piorar, ele não negou ― e nem teria como negar ― seu encontro fortuito com Joesley no Jaburu, nem a conversa mantida entre eles. Disse apenas que não acreditou no que ouviu, que o empresário era um notório falastrão e que achou que ele estaria se vangloriando (?!) de ter subornado juízes, procuradores e comprado o silêncio de Eduardo Cunha e Lucio Funaro ― hoje hóspedes do sistema prisional tupiniquim.

Questionar a validade da gravação como prova não anula seu conteúdo, e o laudo do perito Ricardo Molina, divulgado na mídia como um espetáculo circense, acabou sendo desmontado pela PF, que procedeu a investigações bem mais meticulosas e, além de atestar que não houve quaisquer edições, ainda recuperou trechos inaudíveis da gravação original. E agora, José, digo, Michel?  

Janot vem cozinhado em fogo brando um dos inquéritos que têm com alvo o Presidente da Câmara (prova disso é que a PF concluiu o relatório em fevereiro, mas a PGR ainda não apresentou a denúncia no STF). Maia nega estar conspirando contra Temer, mas o fato é que, nos bastidores, já se fala que o governo está com os dias contados. O senador Cássio Cunha Lima diz que o presidente não dura mais 15 dias no cargo, e o senador Tasso Jereissati, presidente interino do PSDB, vem tentando convencer os tucanos a “descer do muro” e retirar seu apoio ao Planalto.

Como não existe nada ruim que não possa piorar, as possíveis delações premiadas de Eduardo Cunha, Lúcio Funaro, Rodrigo Rocha Loures e Geddel Vieira Lima devem complicar ainda mais a situação de Temer, sem mencionar que mais hora, menos hora, o presidente da Câmara terá de dar andamento a pelo menos um dos mais de 20 pedidos de impeachment que vem engavetando desde o vazamento da delação de Joesley e companhia. A lua-de-mel entre Michel Temer e Rodrigo Maia acabou depois que Maia resolveu votar em separado as duas outras denúncias que Janot ainda deverá apresentar, em vez de juntar tudo e fazer uma votação única. O resultado será mais desgaste para um governo que já enfrenta dificuldades para reunir votos contrários à abertura do processo.

Segundo levantamento da revista Época, 330 deputados disseram que participarão da votação, a despeito do esforço do Planalto em esvaziar a sessão. A ausência dos parlamentares causa menos desgaste político do que o apoio expresso ao presidente, já que, como no impeachment de Dilma, o voto será aberto, declarado em pé, ao microfone, e transmitido em tempo real para todo o Brasil. Temer e os poucos aliados que lhe restam sabem que é pesado demais para um parlamentar que disputará eleições no ano que vem declarar abertamente seu apoio a um presidente acusado de corrupção passiva e que tem míseros 7% de popularidade.

Ainda de acordo com a reportagem, dos 513 deputados federais, 153 declararam que votarão a favor da denúncia e 51, contra (os 308 restantes estão indecisos ou não responderam, e o presidente da Casa não precisa votar, a não ser em caso de empate). Claro que sempre existe a possibilidade de pressões e ofertas de verbas e cargos produzirem algumas mudanças, mas o governo já liberou R$ 1,8 bilhão em verbas e agora, às vésperas de votação, pouco resta para investir. E se as dificuldades já são grandes para barrar a primeira denúncia, repetir o feito outras duas vezes, com novas negociações, barganhas e convencimento dos parlamentares... Sei não.

Observação: Às vésperas da votação do impeachment de Dilma, o molusco eneadáctilo abancou-se num hotel em Brasília para oferecer cargos e verbas em troca do apoio dos parlamentares. E deu no que deu. Temer tem feito basicamente a mesma coisa, mas errou ao comprar a fidelidade dos parlamentares cedo demais. Uma burrice imperdoável de quem participou ativamente das negociações em 2016, quando ele Eduardo Cunha se mobilizaram para cobrir as ofertas feitas por Lula e Dilma aos parlamentares. Agora, Temer age como Dilma, e Rodrigo Maia, como Temer na ocasião, prometendo, inclusive, manter os cargos que os aliados têm no governo, para ganhar equilíbrio e evitar ataques.

Parece um jogo sórdido ― e é ―, mas é assim que se faz política no presidencialismo de coalização tupiniquim. Para Jereissati, o país está no limiar da ingovernabilidade, e urge costurar um acordo que permita chegar às eleições de 2018. Maia, por sua vez, já se comprometeu a manter a equipe econômica, e esta já pensa no cenário “pós-Temer”: no mês passado, Henrique Meirelles declarou a investidores em Paris que seguiria no cargo, mesmo que Temer caísse.

Pelo andar da carruagem, falta pouco para o consenso de que Temer é tão útil quanto um engraxate nas areias da praia se cristalizar, e isso é péssimo para um presidente impopular, enrolado na Justiça, desprestigiado no Congresso e que precisa lutar para se manter no cargo.  

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terça-feira, 4 de julho de 2017

VOCÊ CONHECE SEU PC? ― Parte IV

THERE ARE THREE METHODS TO GAIN WISDOM: FIRST, BY REFLECTION, WHICH IS NOBLEST; SECOND, BY IMITATION, WHICH IS EASIER; AND THIRD, BY EXPERIENCE, WHICH IS THE BITTEREST. (CONFUCIUS)

A disseminação dos desktops entre usuários domésticos se deveu em grande medida à arquitetura aberta da plataforma PC, que estimulou o mercado cinza numa época em que as máquinas “de grife” custavam os olhos da cara. Hoje em dia, porém, poucos usuários montam pessoalmente seus PCs ou encarregam dessa tarefa um Computer Guy de sua confiança para mais detalhes, leia esta postagem). Não só porque é mais prático adquirir o aparelho pronto num hipermercado ou grande magazine e contar com a garantia de fábrica, além de pagar o produto em suaves prestações mensais. Claro que quem é “do ramo” não abre mão de escolher a dedo os componentes e ajustar a configuração da máquina às suas preferências, necessidades e possibilidades, mas isso já é outra história (se esse assunto lhe interessa, não deixe de ler a trinca de postagens iniciada por esta aqui).

Mesmo que você não pretenda montar sua próxima máquina, convém ter uma noção ― elementar que seja ― de como a coisa funciona, pois isso é fundamental na hora de escolher do modelo mais adequado ao seu perfil. Então vamos lá.

Embora seja indevidamente chamado de CPU por muita gente, aquela caixa metálica que abriga os componentes internos do computador ― placa-mãe, processador, placas de expansão, drives de HD e de mídia óptica, módulos de memória, ventoinhas, etc. ― e agrupa as interfaces necessárias à conexão dos periféricos (teclado, mouse, monitor, impressora, caixas acústicas, joystick, e por aí afora) atende pelo nome de “case”, “gabinete” ou “torre”. CPU é a sigla, em inglês, de Unidade Centra de Processamento, e remete ao processador principal do sistema (principal porque pode haver mais do que um, como na placa gráfica, por exemplo, que pode contar com uma GPU ― sigla de Graphics Processing Unit).

Os gabinetes costumam ser comercializados com ou sem fonte de alimentação integrada, em tamanhos, cores e formatos para todos os gostos e bolsos. O jurássico padrão AT caiu em desuso no final do século passado, e como o BTX (lançado pela Intel em 2003) não prosperou, o ATX ainda é a bola da vez. No entanto, quem compra uma máquina pronta não tem muito espaço de manobra: é aceitar ou não o modelo definido pelo fabricante e ponto final.

É certo que, de uns tempos para cá, os notebooks (ou laptops) se tornaram a opção preferida dos usuários de PCs. A despeito de custarem ou pouco mais do que os desktops de configuração semelhante, eles combinam desempenho aceitável com a praticidade do transporte e do uso em trânsito. Todavia, seu reinado vem sendo seriamente ameaçado pelos tablets ― menores, mais leves, enfim, verdadeiramente portáteis, embora eu os veja mais como complemento do que como substituto do PC convencional, notadamente pelo pouco espaço para armazenamento de dados e, por que não dizer, pelo desconforto dos teclados virtuais, que são um porre quando se precisa redigir documentos de texto e até mensagens de email mais extensas. Por outro lado, tem gente que se vira bem até mesmo com as telinhas dos smartphones, de modo que isso é uma questão de preferência pessoal.

Oportuno salientar também que os PCs tipo “ALL-IN-ONE” são excelentes opções para quem não abre mão de teclado, mouse e tela de grandes dimensões. Todavia, como os notebooks e os tablets, esses modelos devem ser comprados prontos, já que sua montagem (e, por que não dizer, sua manutenção) exige ferramental apropriado e expertise de que a maioria dos usuários domésticos não dispõe.

O resto fica para as próximas postagens. Até lá.

ESTUFE O PEITO: O BRASIL ESTÁ BEM NA FITA

Não é qualquer republiqueta de bananas que pode se orgulhar de ter o presidente denunciado por corrupção, a ex-presidente impichada e investigada por suspeitas de corrupção, e seu antecessor e mentor ― que é penta-réu na Justiça penal e a qualquer momento deve ser sentenciado pela primeira vez ― posando de candidato à presidência e empunhando a bandeira da moralidade, malgrado seja ele o grande responsável pela institucionalização da corrupção no país. Não é uma beleza?

Seguem essa procissão de orgulhos nacionais o Congresso afundado em denúncias, com ambas as Casas presididas por investigados na Lava-Jato e compostas por uma caterva de réus e indiciados, mais preocupada em salvar rabo do que em defender os interesses legítimos da população. Logo atrás vem o Judiciário, onde magistrados das nossas mais altas Cortes, a pretexto de travar uma “cruzada” contra as prisões preventivas da Lava-Jato, soltam criminosos condenados, como José Dirceu, mentor intelectual do mensalão, o ex-goleiro Bruno, homicida e sequestrador de menor, o médico Roger Abdelmassih, estuprador serial condenado a 278 anos de prisão.

Isso sem mencionar a palhaçada protagonizada pelo TSE de Gilmar Mendes, que manteve o amigo Michel na presidência da Banânia a despeito da enxurrada de provas do uso de dinheiro roubado no financiamento da campanha de sua chapa em 2014.  Ou o senador Aécio Neves, que foi afastado do cargo por determinação judicial ― já que seu imprestável partido não teve colhões para lhe cassar o mandato ―, e agora é reempossado por obra e graça do ministro Marco Aurélio, e às vésperas do recesso do Judiciário, para que eventual recurso do MPF seja apreciado somente no mês que vem. É ou não para a gente estufar o peito?

Voltando a Lula, especulava-se que sua primeira condenação saísse nesta segunda-feira, até porque o Moro julgou o processo de Antonio Palocci na semana passada (e condenou o ex-ministro petralha a 12 anos e 2 meses de prisão), mas de duas uma: ou ele ainda não concluiu o rascunho do mapa do inferno do molusco (a sentença de Palocci resultou num calhamaço de 311 páginas, nas quais o “chefe” foi citado 75 vezes), ou está sendo mais cuidadoso.

Segundo o Estadão, investigadores e advogados que acompanham de perto o andamento dos processos na 13ª Vara Penal de Curitiba avaliam que a sentença deve demorar mais alguns dias, até porque as alegações finais da defesa têm 363 páginas. Além disso, há que se levar em conta a recente decisão da 8ª Turma do TRF-4, que, por 2 votos a um, absolveu João Vaccari por “insuficiência de provas” (em linhas gerais, os desembargadores Leandro Paulsen e Victor Laus entenderam que a condenação foi imposta com base apenas no depoimento de delatores). Essa decisão pode influenciar no julgamento de Lula, que procurou jogar sobre a ex-primeira-dama a responsabilidade pela compra de uma cota da Bancoop no Edifício Solaris e por visitar mais vezes o tríplex cuja propriedade ele nega.

A iminência da publicação da sentença vem gerando especulações no âmbito político e no mercado financeiro. Se condenado em primeira e segunda instâncias, Lula ficará impedido de disputar as eleições de 2018 (com base na Lei da Ficha-Limpa). Vale lembrar que Moro tem sob seus cuidados mais dois processos contra o petralha; um que trata de repasses de empreiteiras à LILS e outro sobre o emblemático Sítio Santa Bárbara.

Enquanto isso, Michel Temer também tem muito com que se preocupar. Nesta terça-feira, a CCJ da Câmara deve escolher o relator da denúncia apresentada por Janot. A comissão tem 66 parlamentares, 40 dos quais da base aliada, mas isso não garante muita coisa: o próprio presidente da comissão, Rodrigo Pacheco, que é do PMDB, já deu sinais de independência ao afirmar que, se Janot realmente apresentar 3 denúncias, elas deverão tramitar de forma separada. O Planalto já tentou reverter a situação trocando o atual presidente de Furnas por outro que agrade a Pacheco e ao PMDB mineiro, mas o deputado voltou a dizer que isso não mudará sua postura e que a troca apenas corrige uma “falta grave” com Minas, já que o PMDB local sempre indicou o dirigente máximo da estatal ― veja leitor como são tomadas as decisões importantes no governo e, mais uma vez, estufe orgulhosamente o peito, não só por ser brasileiro, mas também por ter ajudado a eleger essa cáfila de fisiologistas.

Na quarta-feira, Temer tem outra provação: aprovar a reforma trabalhista no plenário do Senado ― o que, de certa forma, é seu principal trunfo para permanecer no cargo. O Planalto conta com 48 dos 81 votos, e precisa apenas de 41 (maioria simples), ou seja, 41 votos, mas prevê cinco “traições”, o que deixaria o projeto no limite de não ser aprovado ― volto a chamar a atenção do leitor para a sobreposição do “jogo político” ante os interesses da nação, pois é nítido que os parlamentares definem seus votos ao sabor de suas conveniências pessoais.

A rigor nenhuma bancada dos 10 principais partidos da base aliada, que reúnem 327 dos 513 deputados, fechou apoio ao presidente contra a denúncia da PGR. Reuniões devem acontecer ao longo desta semana para definir o posicionamento a ser adotado, e o clima é de incerteza. Nem mesmo o PMDB fechou questão, de modo que cada um dos 63 deputados federais do partido poderá votar “de acordo com sua consciência” (e lá político tem consciência?). Mais crítica ainda é a situação do PSDB, que conta com 46 parlamentares: 6 dos sete deputados que integram a CCJ devem votar pela aceitação da denúncia. Até mesmo o líder do DEM ― partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que se mostra cada vez “menos aliado” ao presidente ― evitou fazer uma defesa enfática de Temer. Segundo ele, o partido vai reunir a bancada para tirar uma posição somente após ouvir a versão da defesa, pois até agora “só se conhece a versão da acusação por meio da denúncia enviada apresentar pela PGR”.

A denúncia chegou à Câmara na quinta-feira passada. Após a defesa se manifestar, haverá cinco sessões para o deputado que for designado relator apresentar seu parecer. Em seguida, o processo vai ao plenário. Para que o STF dê seguimento ao caso, são necessários os votos de 342 deputados.

Resta-nos estufar o peito e acompanhar o desenrolar dos acontecimentos.

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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

COMO LIMPAR O CACHE DO NAVEGADOR

AMAR É SER FIEL A QUEM NOS TRAI.

Na postagem da última sexta-feira, vimos como limpar o cache do Google Chrome. Para fazer o mesmo no Mozilla Firefox, clique no botão Abrir menu (que fica na extremidade esquerda da barra de endereços e é identificado por três linhas horizontais), clique em Opções > Avançado > Rede e, no campo Conteúdo web offline e dados do usuário, clique em Limpar agora. Feito isso, reinicie o navegador.

Para quem é fã do Internet Explorer, basta abrir o navegador, clicar no ícone da engrenagem (no canto superior direito da janela), selecionar Opções de Internet e, na aba Geral, em Histórico de navegação, clicar em Excluir. Na tela de exclusão, marque os itens do cache que deseja apagar e depois clique no botão Excluir (com a barra de menus sendo exibida, é possível selecionar as opções de internet pelo menu Ferramentas). Reinicie o navegador.

No Edge, clique nas reticências (...) no canto superior direito da janela e, no menu que se abre em seguida, selecione Configurações e clique em Escolher o que limpar. Faça suas escolhas e pressione o botão Limpar. Reinicie o navegador.

No Opera, clique no botão Menu (no canto superior esquerdo da janela), selecione Mais ferramentas, clique em Limpar dados de navegação, proceda aos ajustes desejados e pressione o botão Limpar dados de navegação (note que você pode chegar a essa tela mais facilmente abrindo o navegador e pressionando a combinação de teclas Ctrl+Shift+Delete). Reinicie o navegador.

No UC-Browser, abra o navegador, clique no botão com as três linhas horizontais (no canto superior direito da janela) ou pressione as teclas Ctrl+Shift+Delete, marque as caixas de verificação desejadas e clique em Limpar dados de navegação. Reinicie o navegador.

Abraços a todos e até mais ler.

AS NOVELAS NA REPÚBLICA DA BANÂNIA

Como eu disse nesta postagem, ainda falta um capítulo da novela “Moreira Franco ministro da Secretaria-Geral da Presidência da Banânia”. No penúltimo, apresentado na semana passada, Celso de Mello devolveu a “Angorá” a prerrogativa de foro. Mas o PSOL recorreu, e a palavra final será do Plenário da Corte (aguardem, portanto, novas emoções).

Observação: Ao ratificar o status de ministro de Moreira Franco e lhe garantir a prerrogativa de foro, Celso de Mello refutou o entendimento de que isso significa impunidade: “o foro privilegiado não implica em obstrução e muito menos em paralisação dos atos de investigação criminal ou de persecução penal”, afirmou o decano da Corte. Pode até ser, mas para isso seria preciso que o Supremo processasse e julgasse os políticos que estão fora do alcance da Justiça Comum.

O Judiciário tem sido pródigo na criação de “jabuticabas”. No final do ano passado, a pretexto de contornar a crise entre os poderes, o STF manteve Renan Calheiros ― que é alvo de 13 investigações e réu em uma ação por peculato ― nas funções de senador e de presidente do Senado, mas o excluiu da linha sucessória da presidência da República. Na prática, porém, o efeito foi nulo, devido ao recesso do final de ano e à eleição de Eunício Oliveira. Só que a decisão pegou mal. O próprio ministro Marco Aurélio ― voto vencido ― afirmou que seus pares criaram a figura “meio-senador”. E, com efeito: à luz da Constituição, cabe ao vice assumir as funções do titular; na falta ou impedimento do vice, assumem os presidentes da Câmara Federal, do Senado e do STF, nessa ordem. Assim, conclui-se que a linha de sucessão é uma prerrogativa do cargo, não de quem o exerce. Manter o “Cangaceiro das Alagoas” na presidência do senado e afastá-lo da linha sucessória foi uma decisão esdrúxula ― por menos que isso o decano Celso de Mello foi chamado de “juiz de merda” pelo ex-ministro da Justiça Saulo Ramos (detalhes nesta postagem).

Mas estamos no Brasil, onde não se estranha que o presidente da República indique seu ministro da Justiça para uma vaga no STF, embora o próprio indicado defenda que sejam vetados os que exercem cargos de confiança durante o mandato do presidente da república em exercício, para evitar uma “demonstração de gratidão política”. Tampouco se estranha que o presidente da CCJ do Senado, que deverá avalizar a indicação de Alexandre de Moraes ao cargo, é o senador Edison Lobão ― que começou a vida como jornalista, tornou-se empresário depois de ganhar a confiança do Clã dos Sarney e hoje é um dos homens mais ricos do Maranhão, onde controla seu próprio sistema de comunicação. Como se não bastasse, uma parcela significativa dos senadores que deverão sabatinar o candidato a ministro do Supremo foi mencionada nominalmente pelos delatores da Lava-Jato. Tudo bem que ser acusado é uma coisa e ter sua culpa provada é outra, mas vale lembrar, mais uma vez, a máxima da “mulher de César”, a quem não basta ser honesta, tem também de parecer honesta. Num país minimamente sério, o lupino estaria preocupado em evitar a própria cassação, mas já dizia Charles De Gaulle que isto aqui não é um país sério.

Só mesmo nesta Banânia que uma presidente impichada mantém os direitos políticos ― por conta de uma estapafúrdia maracutaia urdida pelo PT e parasitas afins, com a cumplicidade dos então presidentes do Congresso e do STF, que limparam seus digníssimos rabos com a Constituição ao avalizar a votação em duas etapas e o fatiamento da pena. Agora, a mulher sapiens diz que “não descarta a possibilidade de concorrer a uma cadeira no Senado”. Como seu execrável mentor ― que já é penta-réu na Lava-Jato, mas ainda aspira a disputar novamente a presidência ―, a ex-grande-chefa-toura-sentada age como se não fosse investigada por obstrução de Justiça e não estivesse a um passo de se tornar ré. A cada dia que passa, mais sujeiras afloram do pântano pútrido dos malfeitos da anta vermelha. Até o julgamento do impeachment, ela era considerada incompetente, mas proba ― como se o episódio de Pasadena, o financiamento de suas campanhas com dinheiro de propina da Odebrecht, o estrepitoso estelionato eleitoral que a levou ao segundo mandato (devidamente abortado, felizmente) e outras atrocidades cabeludas jamais tivessem existido.

Talvez “Janete” confunda “senadora” com “sonhadora”, ou então ache que esse cargo existe na Papuda, no Complexo Médico Penal de Pinhais ou qualquer outra instituição penal que lhe seja designada para suas próximas férias (compulsórias) à custa do Erário. Claro que não pensam assim seus abilolados e extragalácticos apoiadores, sempre prontos a defender a petralhada a qualquer custo, mesmo que isso signifique não só distorcer os fatos, mas também mentir deslavadamente. Embora Dilma (e os demais ex-presidentes da República ainda vivos) nos custem uma pequena fortuna ― mais de R$ 1 milhão por ano, per capita, em salários, verbas para bancar assessores, carros oficiais e outras mordomias ―, alguns sites e blogs “de esquerda” ainda têm a desfaçatez de afirmar que a fiduma vive com os “parcos” 5 mil e poucos reais que o INSS lhe paga de aposentadoria. Depois, quando a gente perde a paciência e diz o que essa patuleia hipócrita precisa ouvir... Bem, deixa pra lá.

Ah, e não deixem de assistir. Novidades bombásticas!!!



Se não abrir, siga o link https://youtu.be/jjZh8wgPsMM

Se sobrar tempo e jeito, este também é imperdível. Um pouco longo, mas vale a pena assistir:

https://youtu.be/YvvHTM-UUiA

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