AS LEIS SÃO INSTRUMENTOS DO
ESTADO PARA CONTROLAR A SOCIEDADE, AO PASSO QUE A CONSTITUIÇÃO É O INSTRUMENTO
DA SOCIEDADE PARA CONTROLAR O ESTADO.
Ao contrário do que muita gente imagina, o vírus de computador não surgiu com a
popularização da Internet. Os primeiros registros teóricos de programas capazes
de seu auto-replicar (fazer cópias de si mesmos) remontam aos anos 50, conquanto o termo
"vírus" só tenha entrado para o léxico da informática em 1983, quando
um pesquisador da Universidade da Califórnia chamado Fred Cohen respaldou sua tese de doutorado no estudo de pragas eletrônicas criadas
experimentalmente (para saber mais, acesse minha sequência de postagens Antivírus
- A História).
Observação: Nem toda praga digital é um vírus, mas todo
vírus é uma praga digital. Os programas maliciosos são diferenciados a
partir de suas características (tipo, modus operandi, propósito, etc.) e
divididos em vírus, worms, trojans, spywares, etc.
e suas respectivas variações. Não existe consenso entre as empresas de
segurança digital em relação ao número total de MALWARES (de MALicious
sofWARE), já que as metodologia
utilizadas para catalogá-los varia, mas as estimativas mais otimistas apontam centenas de milhares, enquanto que as
mais pessimistas, dezenas de milhões.
Até alguns anos atrás, dispor de um antivírus responsável, ativo e atualizado era suficiente para
proteger o computador, mas a diversificação das ameaças passou a exigir
arsenais de defesa mais rebuscados, com aplicativos de firewall, antispyware e
módulos capazes de emitir alertas contra sites
inseguros, links maliciosos e inibir
a ação de rootkits, keyloggers, hijackers e que tais. Para piorar, por mais eficaz que seja seu
mecanismo de proteção, ele jamais será totalmente "idiot proof" (termo que significa "à prova de
idiotas" numa tradução literal, mas é usado para definir algo que "proteja o usuário de si mesmo").
Para encurtar a conversa, desde meus primeiros escritos
sobre TI que venho afirmando sistematicamente que segurança absoluta é história da Carochinha, mas isso porque eu não
conhecia o DEEP FREEZE STANDARD,
cujo funcionamento me faz lembrar um filme de que gosto muito, chamado "Feitiço do Tempo", no qual
um mal-humorado repórter meteorológico (Bill Murray) é encarregado, pela quarta vez consecutiva, de cobrir uma festividade interiorana chamada de "Dia da Marmota". Depois de pernoitar na cidadezinha devido a uma nevasca, o repórter se vê revivendo a cada manhã o mesmo dia da festa, como se o tempo tivesse deixado de passar (clique aqui para assistir).
um mal-humorado repórter meteorológico (Bill Murray) é encarregado, pela quarta vez consecutiva, de cobrir uma festividade interiorana chamada de "Dia da Marmota". Depois de pernoitar na cidadezinha devido a uma nevasca, o repórter se vê revivendo a cada manhã o mesmo dia da festa, como se o tempo tivesse deixado de passar (clique aqui para assistir).
Voltando ao programinha em tela, pode-se dizer que ele é uma
versão aprimorada da restauração
do sistema do Windows, mas
com uma diferença importantíssima: ao invés de agir por demanda do usuário, o Deep Freeze cria uma "imagem
congelada" das definições e configurações do computador e as recarrega a
cada boot.
Observação: Para quem não sabe ou não se lembra, as
versões 9x do Windows
já contavam com o scanreg/restore,
que permitia desfazer ações mal sucedidas e neutralizar suas consequências
indesejáveis. No entanto, um número significativo de usuários desconhecia essa
solução ou não se valia dela, até porque era preciso executá-la via prompt de comando. Quando desenvolveu o
Win ME, a Microsoft criou a Restauração
do Sistema, que foi mantida nas edições subsequentes do sistema é bem
mais fácil de usar, pois pode ser acessada através da sua interface gráfica.
Essa ferramenta cria backups das configurações do Registro
e de outros arquivos essenciais ao funcionamento do computador em
intervalos regulares e sempre que alguma modificação abrangente é detectada
(note que esses "pontos de restauração" também podem ser criados
manualmente pelo usuário). Assim, se o PC se tornar instável ou incapaz de
reiniciar, o usuário pode comandar sua reversão para um ponto anterior ao
surgimento do problema ─ mas é recomendável torcer para que tudo dê certo,
já que em alguns casos o resultado não é exatamente o esperado.
Além blindar o sistema contra a ação danosa de códigos
maliciosos e desfazer eventuais reconfigurações levadas a efeito pelo usuário
(ou usuários, se houver mais do que um), o Deep
Freeze neutraliza eventuais atualizações e reconfigurações, desfaz
instalações de aplicativos, anula a criação de novos arquivos e impede a edição
dos pré-existentes. Em outras palavras, tudo
volta a ser a ser como antes no Quartel de Abrantes toda vez que o usuário
liga o computador.
Resumo da ópera: O
Deep Freeze não é gratuito, mas pode
ser testado por 30 dias sem custo algum. Embora ele seja particularmente útil
em máquinas públicas (de escolas,
bibliotecas, lanhouses, cibercafés, etc.), você pode instalá-lo no seu PC, mas tenha em mente que isso significa perpetuar o sistema nos moldes memorizados
pelo aplicativo. Se ainda assim você quiser experimentar, crie uma nova partição no HD para poder salvar e editar novos
arquivos (veja mais detalhes sobre como fazer isso na sequência de 5 postagens
iniciada por esta
aqui). Também será possível instalar novos softwares e atualizar o
sistema e os apps pré-existentes, mas, para tanto, será preciso desabilitar a
proteção. Fica a critério (e por conta e risco) de cada um.
Abraços, um ótimo dia a todos, e até a próxima, se Deus
quiser.