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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

ARNALDO JABOR E A “MÚSICA” QUE TIRO FOI ESSE?


O jornalista, cineasta e escritor Arnaldo Jabor é um dos maiores autores de textos que ele não escreveu da internet brasileira. Desocupados que buscam causar polêmica instantaneamente nas redes sociais costumam assinar com o nome de Jabor críticas ferinas sobre diversos assuntos ― e, na maioria das vezes, conseguem a repercussão desejada. Do mesmo modo, a escritora Clarice Lispector é outra campeã de reflexões divulgadas com seu nome, sem que ela as tenha escrito.

Nos últimos dias, tem circulado nas redes sociais e no WhatsApp um novo exemplar de texto falsamente atribuído a Arnaldo Jabor, com críticas à música Que Tiro Foi Esse?, da funkeira Jojô Toddynho, ao gosto musical do brasileiro e à “cegueira” do povo quanto às “mazelas do nosso país” (confira na imagem que ilustra este post).

O texto não foi escrito por Arnaldo Jabor. Não há registro dele no site oficial do jornalista, nem nos jornais nos quais ele foi colunista, como O Estado de S. Paulo O Globo. Procurado pelo Me Engana que Eu Posto, Jabor respondeu por e-mail, breve e claramente: “eu não escrevi essa bobagem. Por favor, desminta”.

Embora seja apenas mais um dos falsos pensamentos atribuídos a Jabor, o texto “Que Tiro Foi Esse?” iludiu até mesmo figuras ilustres, como o cantor e compositor Jorge Vercillo. Conhecido por hits dos anos 1990 e 2000, como MonalisaQue Nem Maré e Homem-Aranha, o descuidado Vercillo publicou o conteúdo em seu perfil no Facebook, de onde a mensagem falsa acabou compartilhada 4.256 vezes na rede social.

Diante da repercussão negativa de sua postagem, taxada como preconceituosa por alguns internautas, Vercillo, aparentando não ter percebido que se tratava de um texto falso, explicou, em outra publicação no Facebook, que o usou como uma forma de criticar o “nível baixíssimo de música” que cai no gosto do brasileiro.

Apenas 14 horas depois, em uma nova postagem na rede social, Vercillo fez menção ao “suposto texto de Jabor” compartilhado por ele. “Há 4 horas atrás, nem sequer sabia da existência de uma música chamada ‘Que tiro foi esse’, nem conhecia essa cantora Jojô Todynho, a quem em momento algum tive intenção de criticar. Critico sim, esse sistema que está emburrecendo grande parte da música brasileira e a todos nós!”, explicou.

Segue mais um texto atribuído a Jabor ― eu acho que não seja dele, mas isso irrelevante diante da lucidez das considerações expendidas. Confira:

Jamais vou entender este fenômeno chamado, Carnaval.
Um povo sofrido, roubado, explorado, muitas vezes sem perspectivas, de uma hora pra outra, explode numa alegria sem motivo, sem limites, sem pudor.
Homens que até sexta feira trabalharam de terno e gravata, no sábado saem às ruas maquiados, vestidos de mulher, sutiã por cima de peitos peludos, braços e pernas cabeludas, numa imitação grotesca e sem sentido do sexo feminino.
Mulheres que se matam em trabalhos muitas vezes degradantes e mal remunerados, que sofrem nas filas de hospitais e creches, aparecem na passarela cobertas de brilho e rebolando como se não houvesse o amanhã.
Os canalhas no poder adoram esta orgia sem sentido porque, pelo menos por alguns dias, o povo está olhando pro outro lado, enquanto eles continuam sugando cada gota de sangue e cada centavo que possam roubar.
As ruas estão apinhadas de foliões urrando de alegria, e eu me pergunto: VOCÊ ESTÁ ALEGRE POR QUÊ? Sua vida melhorou de ontem pra hoje? Seu salário aumentou? Seu filho entrou numa boa escola? Se você cair de um trio elétrico e quebrar a cabeça, vão te levar para um bom hospital? Você terá água em casa pra tomar banho quando voltar da gandaia?
Então me explica: TA RINDO DO QUÊ?
Você sai à rua, com esta mesma vontade, para protestar a esta roubalheira absurda que está destruindo nosso país?
Por estas e outras que os governantes adoram Carnaval, e eu jamais vou entender por que nosso povo é tão alienado.


Com Veja/Me Engana Que eu Posto

Observação: Você também pode colaborar com o Me Engana Que eu Posto no combate às notícias mentirosas da internet. Recebeu alguma informação que suspeita – ou tem certeza – ser falsa? Envie para o blog via WhatsApp, no número (11) 99967-9374.

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domingo, 19 de junho de 2016

ARNALDO JABOR: SE A DILMA VOLTAR


O Brasil virou uma piada internacional. Outro dia, vi um programa na CNN sobre nós. Tive vontade de chorar. Segundo a imprensa estrangeira, nós somos incompetentes até para sediar a Olimpíada, a economia está quebrada e o impeachment pode impedir os jogos, pois somos desorganizados, caem pontes e pistas, os mosquitos estariam esperando os atletas, a baía de Guanabara é só bosta boiando e o crime campeia na cidade, onde conquistamos brilhantemente o recorde de estupros. Até um programa humorístico famoso, o Saturday Night Live, fez uma sátira – Dilma fumando charuto e tomando caipirinha, numa galhofa insultuosa que sobrou para o país todo. Mas, Dilma sabe defender o país. Seus discursos revelam isso. Senão, vejamos, suas ideias:

“Antes de Lula, o Brasil estava afunfunhado. Mas, o presidente Lula me deixou um legado, que é cuidar do povo brasileiro. Eu vou ser a mãe do povo brasileiro. O Brasil é um dos países mais sólidos do mundo, que, em meio à crise econômica mundial, das mais graves talvez desde 1929, é o país que tem a menor taxa de desemprego do mundo.

Nós não quebramos, esse é um país que tem… tem aquilo que vocês sabem o que é. Por isso, não vamos colocar uma meta. Vamos deixar a meta aberta, mas, quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta. Ajuste fiscal? Coisa rudimentar. Gasto público é vida. Eu posso não ter experiência de governar como eles governaram; agora, governar gerando emprego, distribuição de renda, tirando 24 milhões da pobreza elevando a classe média, eu sei muito bem fazer.

Entre nossos projetos, nós vamos dar prioridade a segregar a via de transporte. Segregar via de transportes significa o seguinte: não pode ninguém cruzar rua, ninguém pode cruzar a rua, não pode ter sinal de trânsito, é essa a ideia do metrô. Ele vai por baixo, ou ele vai pela superfície, que é o VLT.

A mesma coisa nós vamos fazer com o Seguro Defeso, por exemplo. Nós somos a favor de ter Seguro Defeso para o pescador, sim. Agora, não é possível o pescador morar no semiárido nordestino e receber Seguro Defeso, por um motivo muito simples: lá não tem água, não tendo água não tem peixe. Também não seremos vencidos pela zika e dengue; quem transmite a doença não é o mosquito, é a mosquita.

Antes, também os índios morriam por falta de assistência técnica. Hoje não, pois temos muitas riquezas. E aqui nós temos uma, como também os índios daqui e os indígenas americanos têm a dele. Nós temos a mandioca. E aqui nós estamos comungando a mandioca com o milho. E, certamente, nós teremos uma série de outros produtos que foram essenciais para o desenvolvimento de toda a civilização humana ao longo dos séculos. Então, aqui, hoje, eu estou saudando a mandioca. Acho uma das maiores conquistas do Brasil.

Vocês, dos jogos indígenas, estão jogando com uma bola feita de folhas e por isso eu acho que a importância da bola é justamente essa, o símbolo da capacidade que nos distingue como… Nós somos do gênero humano, da espécie Sapiens. Então, para mim essa bola é um símbolo da nossa evolução. Quando nós criamos uma bola dessas nos transformamos em Homo sapiens ou ‘mulheres sapiens’.

Eu ouço muito os prefeitos – teve um que me disse assim: ‘Eu sou o prefeito da região produtora da terra do bode’. Então, é para que o bode sobreviva que nós vamos ter de fazer também um Plano Safra que atenda os bodes que são importantíssimos e fazem parte de toda tradição produtiva de muitas das regiões dos pequenos municípios aqui do estado.

Aqui tem 37 municípios. Eu vou ler os nomes dos municípios… Eu ia ler os nomes, não vou mais. Por que não vou mais? Eu não estou achando os nomes. Logo, não posso lê-los.

A única área que eu acho que vai exigir muita atenção nossa, e aí eu já aventei a hipótese de até criar um ministério, é na área de… Na área… Eu diria assim, como uma espécie de analogia com o que acontece na área agrícola.

A Zona Franca de Manaus, ela está numa região. Ela é o centro dela porque ela é a capital da Amazônia. Aliás, a Zona Franca evita o desmatamento, que é altamente lucrativo – derrubar árvores plantadas pela natureza é altamente lucrativo.

Eu quero adentrar agora pela questão da inflação, e dizer a vocês que a inflação foi uma conquista desses 10 últimos anos do governo do presidente Lula e do meu governo. Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder. A autossuficiência do Brasil sempre foi insuficiente.

Os homens não são virtuosos, ou seja, nós não podemos exigir da humanidade a virtude, porque ela não é virtuosa. Se os homens e as mulheres são falhos, as instituições, nós temos de construí-las da melhor maneira possível, transformando… aliás, isso é de um outro europeu, Montesquieu. É de um outro europeu muito importante, junto com o Monet.

Até agora, a energia hidrelétrica é a mais barata, em termos do que ela dura com a manutenção e também pelo fato da água ser gratuita e da gente poder estocar. O vento podia ser isso também, mas você não conseguiu ainda tecnologia para estocar vento. Então, se a contribuição dos outros países, vamos supor que seja desenvolver uma tecnologia que seja capaz de na eólica estocar, ter uma forma de você estocar, porque o vento ele é diferente em horas do dia. Então, vamos supor que vente mais à noite, como eu faria para estocar isso? O meio ambiente é sem dúvida nenhuma uma ameaça ao desenvolvimento sustentável.

Aliás, hoje é o Dia das Crianças. Ontem, eu disse que criança… o dia da criança é dia da mãe, do pai e das professoras, mas também é o dia dos animais. Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o que é algo muito importante.

Por isso, afirmo que não há a menor hipótese do Brasil, este ano, não crescer. Eu estou otimista quanto ao Brasil. Eu sou algo que a humanidade desenvolveu quando se tornou humana”.

terça-feira, 22 de julho de 2014

HOAX (BOATO), ARNALDO JABOR e o LULOPETISMO

O FIM DESTE GOVERNO SERÁ O ANO DE RAPA-TACHO PARA OS URUBUS TOMAREM CONTA DA CARNIÇA.

A Web é um manancial caudaloso de informações e, como tal, costuma ser amplamente utilizada na disseminação de boatos de toda espécie, razão pela qual convém você não confiar cegamente em tudo o que lê, principalmente em emails, redes sociais e outros serviços acessados regularmente pelos 2,5 bilhões de internautas espalhados planeta afora. Exemplo disso é o texto transcrito a seguir, atribuído a Arnaldo Jabor, que ganhou destaque na Grande Rede por ter sido supostamente censurado pelo TSE:  

VOTE NA DILMA – Arnaldo Jabor
Vote na Dilma e ganhe, inteiramente gratis, um José Sarney de presente agregado ao Michel Temmer.Mas não é só isso, votando na Dilma você também leva, inteiramente grátis (GRÁTIS???) um Fernando Collor de presente.Não pense que a promoção termina aqui.Votando na Dilma você também ganha, inteiramente grátis, um Renan Calheiros e um Jader Barbalho.
Mas atenção: se você votar na Dilma, também ganhará uma Roseana Sarney no Maranhão, uma Ideli Salvati em Santa Catarina e uma Martha Suplício em S.Paulo. Ligue já para a Dirceu-Shop, e ganhe este maravilhoso pacote de presente: Dilma, Collor, Sarney pai, Sarney filho, Roseana Sarney, Renan Calheiros, Jáder Barbalho, José Dirceu, DelúbioSoares, José Genoíno, e muito, muito mais, com um único voto.
E tem mais, você também leva inteiramente grátis, bonequinhos do Chavez, do Evo Morales, do Fidel Castro ao lado do Raul Castro, do Ahmadinejad, do Hammas e uma foto autografada das FARC´s da Colombia. Isso sem falar no poster inteiramente grátis dos líderes dos bandidos “Sem Terra”, Pedro Stedile e José Rainha, além do Carlos Minc com uniforme de guerrilheiro e sequestrador.
Ganhe, ainda, sem concurso, uma leva de deputados especialistas em mensalinhos e mensalões. E mais: ganhe curso intensivo de como esconder dinheiro na cueca, na meia, na bolsa …, ministrado por Marcos Valério e José Adalberto Vieira da Silva e José Nobre Guimarães. Tudo isto e muito mais..

Jabor é crítico assumido do governo lulopetista, mas nega a autoria da matéria – que expõe de modo caricato o triste cenário político nacional e sugere, em última análise, que manter “os que aí estão” por mais uma legislatura é afrontar quem trabalha quase seis meses por ano para sustentar a máquina pública (que consome cerca de 600 bilhões dos nossos suados impostos) essa corja de salteadores travestidos de Suas Excelências, que sangram os cofres públicos com a ganância de urubus na carniça.

Observação: Consta que um texto de Jabor foi realmente retirado do ar pelo TSE, em 2006, a pedido do então presidente Lula, que teria se sentido ofendido (pode uma coisa dessas?) pelas declarações do jornalista. Se você quiser ler esse texto na íntegra, basta clicar aqui. E se gosta do que está aí, deleite-se com um clipe do seu Chefe Maior, filmado sem que ele soubesse: