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terça-feira, 18 de junho de 2019

A GREVE GERAL — MAIS DO MESMO



A pretexto de protestar contra a reforma da Previdência, partidos políticos opositores ao governo e centrais sindicais ligadas ao PT e seus satélites convocaram uma greve geral para a última sexta-feira. Mais uma vez, a população foi usada como massa de manobra (ou “idiotais úteis”, como disse nosso insigne presidente em outra oportunidade) pelos vagabundos de sempre e com os motivos e os métodos de sempre: boicotar reformas necessárias e atacar gente séria para defender bandidos, valendo-se de terrorismo, violência, obstrução de vias em dia útil, quebra-quebras, e por aí afora.

Segundo o MBL: Brasil: onde sindicato faz greve pra pobre continuar se aposentando aos 65 anos e ganhando salário mínimo enquanto o patrão se aposenta 10 anos mais cedo ganhando 5 vezes mais. Fora que sindicato apoia o político picareta lá em Brasília que vai se aposentar ganhando R$ 30 mil. É muita palhaçada. Milhões de desempregados e a esquerda tem a incrível ideia de uma greve para ninguém trabalhar. Que picaretagem.

A tal greve geral só não foi um fiasco total porque seus fomentadores são bons de articulação e ótimos para criar confusão e atrapalhar o país. Fora do nicho vermelho, porém, quase ninguém mais leva a sério essas pautas esquerdistas. Segundo Rodrigo Constantino: “O PT é o partido que mais tem aposentadorias especiais, enquanto finge atuar pelos mais pobres; uma quadrilha de privilegiados e marginais que querem viver à custa do povo trabalhador.

Como é de praxe, os inconformados com a democracia preferem apelar para a bagunça em vez de encaminhar suas reivindicações pelos meios próprios da política institucional. Como sempre, a estratégia é paralisar parte do transporte público, de modo a impedir os cidadãos de chegar ao trabalho e, assim, contabilizar os que não querem fazer greve como “grevistas”. Isso sem mencionar que, com a greve para uma sexta-feira, a adesão aumenta com a participação dos “grevistas” que, valendo-se dessa oportuna “happy hour” proporcionada pelos sindicatos, discutem alegremente a reforma da Previdência nas mesas dos botecos, valendo-se dessa oportuna.

Sem força parlamentar suficiente para obstruir a reforma da Previdência no voto, os irresponsáveis, invariavelmente liderados pelo PT, tentam ganhar no grito — e na base da mistificação. Em sua conclamação à greve, o partido do presidiário diz que é preciso empreender “todos os esforços para dizer não ao fim da aposentadoria” e que “não aceita a destruição do sistema de proteção social e da Previdência pública no Brasil”. Já o PSOL diz que a reforma da Previdência é “enganação” e “tende a excluir milhões de trabalhadoras e trabalhadores da possibilidade de ter uma proteção no futuro porque estabelece tempos de contribuição impossíveis de serem cumpridos”.

Nada disso é verdadeiro, como salienta o jornalista Augusto Nunes. Mas é perda de tempo argumentar com partidos e militantes conhecidos por falsear a realidade para proteger os interesses das corporações que representam, em especial a dos funcionários públicos. Sempre que se fala em reforma da Previdência, essas corporações movem seus exércitos para sabotá-la, já que qualquer reforma digna do nome deve, em primeiro lugar, atacar os privilégios do funcionalismo em relação aos aposentados do setor privado. 

Os pobres, que o PT e seus satélites dizem defender ao hostilizar a reforma da Previdência, são justamente os mais prejudicados pelas atuais regras. Ademais, é essa parcela da população que mais padece em razão da enorme dificuldade do Estado de prestar serviços básicos, como saúde, educação, transporte e segurança pública, porque os recursos para esses fins são consumidos na cobertura do rombo previdenciário e em benesses para o funcionalismo. Os pobres padecem também porque esses mesmos recursos drenados por aposentadorias precoces e por uma máquina pública inchada poderiam ser usados em investimentos para impulsionar o crescimento econômico e, como consequência, gerar as vagas tão necessárias para reduzir a chaga do desemprego e do subemprego, que hoje atinge mais de 40 milhões de brasileiros. Mas é evidente que os “grevistas” de hoje não estão nem remotamente preocupados com essa gente, que lhes serve somente como cínico pretexto para seus propósitos corporativos e políticos.

Felizmente os truques e engodos desses oportunistas há tempos enganam só os tolos. Quando muito, causam alguns transtornos no trânsito de algumas capitais e na vida de quem quer apenas trabalhar. E é bom que fique claro: para que a crise seja afastada de vez e que o País retome o caminho do desenvolvimento, em benefício de todos os brasileiros, essa reforma é apenas o começo.

Com Augusto Nunes