A pretexto de protestar contra a reforma da Previdência,
partidos políticos opositores ao governo e centrais sindicais ligadas ao PT e seus satélites convocaram uma
greve geral para a última sexta-feira. Mais uma vez, a população foi usada como
massa de manobra (ou “idiotais úteis”, como disse nosso insigne presidente em
outra oportunidade) pelos vagabundos de sempre e com os motivos e os métodos de
sempre: boicotar reformas necessárias e atacar gente séria para defender
bandidos, valendo-se de terrorismo, violência, obstrução de vias em dia útil,
quebra-quebras, e por aí afora.
Segundo o MBL: Brasil: onde sindicato faz greve pra pobre
continuar se aposentando aos 65 anos e ganhando salário mínimo enquanto o
patrão se aposenta 10 anos mais cedo ganhando 5 vezes mais. Fora que
sindicato apoia o político picareta lá em Brasília que vai se aposentar
ganhando R$ 30 mil. É muita palhaçada. Milhões de desempregados e a
esquerda tem a incrível ideia de uma greve para ninguém trabalhar. Que
picaretagem.
A tal greve geral só não foi um fiasco total porque seus
fomentadores são bons de articulação e ótimos para criar confusão e atrapalhar
o país. Fora do nicho vermelho, porém, quase ninguém mais leva a sério essas
pautas esquerdistas. Segundo Rodrigo
Constantino: “O PT é o partido que mais tem aposentadorias especiais, enquanto
finge atuar pelos mais pobres; uma quadrilha de privilegiados e marginais que
querem viver à custa do povo trabalhador.”
Como é de praxe, os inconformados com a democracia preferem
apelar para a bagunça em vez de encaminhar suas reivindicações pelos meios
próprios da política institucional. Como sempre, a estratégia é paralisar parte
do transporte público, de modo a impedir os cidadãos de chegar ao trabalho e,
assim, contabilizar os que não querem fazer greve como “grevistas”. Isso sem
mencionar que, com a greve para uma sexta-feira, a adesão aumenta com a
participação dos “grevistas” que, valendo-se dessa oportuna “happy hour” proporcionada
pelos sindicatos, discutem alegremente a reforma da Previdência nas mesas dos
botecos, valendo-se dessa oportuna.
Sem força parlamentar suficiente para obstruir a reforma da
Previdência no voto, os irresponsáveis, invariavelmente liderados pelo PT, tentam ganhar no
grito — e na base da mistificação. Em sua conclamação à greve, o
partido do presidiário diz que é preciso empreender “todos os esforços para dizer não ao fim da aposentadoria” e que “não aceita a destruição do sistema de
proteção social e da Previdência pública no Brasil”. Já o PSOL diz que a reforma da Previdência é
“enganação” e “tende a excluir milhões de trabalhadoras e trabalhadores da
possibilidade de ter uma proteção no futuro porque estabelece tempos de
contribuição impossíveis de serem cumpridos”.
Nada disso é verdadeiro, como salienta o jornalista Augusto Nunes. Mas é perda de tempo
argumentar com partidos e militantes conhecidos por falsear a realidade para
proteger os interesses das corporações que representam, em especial a dos
funcionários públicos. Sempre que se fala em reforma da Previdência, essas
corporações movem seus exércitos para sabotá-la, já que qualquer reforma digna
do nome deve, em primeiro lugar, atacar os privilégios do funcionalismo em
relação aos aposentados do setor privado.
Os pobres, que o PT e seus satélites dizem defender ao hostilizar a reforma da
Previdência, são justamente os mais prejudicados pelas atuais regras. Ademais,
é essa parcela da população que mais padece em razão da enorme dificuldade do
Estado de prestar serviços básicos, como saúde, educação, transporte e
segurança pública, porque os recursos para esses fins são consumidos na
cobertura do rombo previdenciário e em benesses para o funcionalismo. Os pobres
padecem também porque esses mesmos recursos drenados por aposentadorias
precoces e por uma máquina pública inchada poderiam ser usados em investimentos
para impulsionar o crescimento econômico e, como consequência, gerar as vagas
tão necessárias para reduzir a chaga do desemprego e do subemprego, que hoje
atinge mais de 40 milhões de brasileiros. Mas é evidente que os “grevistas” de
hoje não estão nem remotamente preocupados com essa gente, que lhes serve
somente como cínico pretexto para seus propósitos corporativos e políticos.
Felizmente os truques e engodos desses oportunistas há
tempos enganam só os tolos. Quando muito, causam alguns transtornos no trânsito
de algumas capitais e na vida de quem quer apenas trabalhar. E é bom que fique
claro: para que a crise seja afastada de vez e que o País retome o caminho do
desenvolvimento, em benefício de todos os brasileiros, essa reforma é apenas o
começo.
Com Augusto Nunes