Há meio ano na Presidência, Bolsonaro repete fantasias de militância de extrema direita no
baixo clero da Câmara, esquecendo os deveres do cargo e semeando (e
favorecendo) inimigos. Agora, ao provocar o presidente nacional da OAB, Felipe
Santa Cruz (detalhes na postagem anterior), o capitão perdeu mais uma excelente oportunidade de suster a metralhadora giratória que o transforma num boquirroto (ou Bolsorroto, de acordo com o jornalista José Nêumanne).
A OAB, hoje, não
passa de um sindicato de advogados abonados, e seu presidente, de um militante
do PT que não ganhou eleição nem
para vereador no Rio. Mas a polêmica gerada pelo pronunciamento intempestivo do
capitão, segundo o qual Fernando Santa
Cruz — pai de Felipe e militante
da Ação Popular Marxista-Leninista —
teria sido “justiçado” pelos companheiros da Ação Popular (AP), e não morto pela repressão, como reconhece
atestado de óbito, transformou o presidente da entidade retrocitada em mais um
herói da liberdade e da resistência à ditadura.
Observação: Santa Cruz protocolou no Supremo uma interpelação judicial para que Bolsonaro explique suas declarações. Essa medida visa esclarecer se o que o interpelado disse é ou não ofensivo, o que pode gerar uma ação de crime contra honra. Mesmo que seja notificado, o presidente não é obrigado a responder; caso não o faça, o Tribunal dá conta disso ao interpelante, que decide se entra ou não com a ação.
Na manhã de terça-feira, questionado sobre o a execução de 57 detentos no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no sudoeste do Pará, decorrente de uma briga entre facções, o capitão afirmou: "Pergunta para as vítimas dos que morreram lá o que elas acham. Depois eu falo com vocês".
Em meio a polêmicas absurdas, tais como a nomeação do filho caçula para a embaixada em Washington e o tour de helicóptero de parentes por ocasião do casamento do pimpolho, o presidente dificulta a vida daqueles que torcem para seu governo dar certo — não pelo bem de Bolsonaro, mas do Brasil (afinal, estamos todos no mesmo barco, embora a esquerda desvairada não se dê conta disso ao fazer oposição irresponsável, sem oferecer propostas alternativas, o que, em última análise, é bancar o espírito de porco). Entrementes, Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido dos picaretas, exercita seus dotes de comediante pedindo uma investigação contra Sérgio Moro na PGR, a pretexto de suposta prevaricação e abuso de autoridade no processo eleitoral do ano passado.
Como me é impossível dissociar a “amante” (ou “coxa”, como a deputada obnubilada era designada nas planilhas do departamento de propinas da Odebrecht) do criminoso mais famoso do Brasil, cumpre dizer que Lula, da sala de 15 metros quadrados que ocupa no 4.º andar da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, usa e abusa dos meios de comunicação a seu dispor, como Folha, El País, Veja e Intercept, para se vingar-se do juiz que o condenou e do procurador que o acusou. Para tanto, o picareta dos picaretas conta com a cumplicidade de Lewandowski e Toffoli, seus ministros amigos no STF, que derrubaram liminar do colega Fux para permitir a comunicação permanente do molusco com aliados fora da grade, caso do advogado que se passa por jornalista americano Glenn Greenwald, dono do site Intercept, no qual destila seu veneno a conta-gotas.
Sobre a Vaza-Jato, o que estava em jogo no grande furdunço que se formou era comprometer Moro e favorecer a libertação de Lula. Uma proposta modesta se considerarmos o potencial que essa incursão pelos telefones de poderosos teria se os hackers fossem, por exemplo, interessados em abalar a segurança nacional, coletando diuturnamente os dados, analisando-os e usando-os a seu favor. Num país em que um sargento entra com 39 quilos de cocaína num avião da comitiva presidencial, o tema da segurança cibernética pode parecer distante, mas deveria ser objeto da melhor atenção por parte das autoridades competentes.
Observação: Santa Cruz protocolou no Supremo uma interpelação judicial para que Bolsonaro explique suas declarações. Essa medida visa esclarecer se o que o interpelado disse é ou não ofensivo, o que pode gerar uma ação de crime contra honra. Mesmo que seja notificado, o presidente não é obrigado a responder; caso não o faça, o Tribunal dá conta disso ao interpelante, que decide se entra ou não com a ação.
Na manhã de terça-feira, questionado sobre o a execução de 57 detentos no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no sudoeste do Pará, decorrente de uma briga entre facções, o capitão afirmou: "Pergunta para as vítimas dos que morreram lá o que elas acham. Depois eu falo com vocês".
Em meio a polêmicas absurdas, tais como a nomeação do filho caçula para a embaixada em Washington e o tour de helicóptero de parentes por ocasião do casamento do pimpolho, o presidente dificulta a vida daqueles que torcem para seu governo dar certo — não pelo bem de Bolsonaro, mas do Brasil (afinal, estamos todos no mesmo barco, embora a esquerda desvairada não se dê conta disso ao fazer oposição irresponsável, sem oferecer propostas alternativas, o que, em última análise, é bancar o espírito de porco). Entrementes, Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido dos picaretas, exercita seus dotes de comediante pedindo uma investigação contra Sérgio Moro na PGR, a pretexto de suposta prevaricação e abuso de autoridade no processo eleitoral do ano passado.
Como me é impossível dissociar a “amante” (ou “coxa”, como a deputada obnubilada era designada nas planilhas do departamento de propinas da Odebrecht) do criminoso mais famoso do Brasil, cumpre dizer que Lula, da sala de 15 metros quadrados que ocupa no 4.º andar da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, usa e abusa dos meios de comunicação a seu dispor, como Folha, El País, Veja e Intercept, para se vingar-se do juiz que o condenou e do procurador que o acusou. Para tanto, o picareta dos picaretas conta com a cumplicidade de Lewandowski e Toffoli, seus ministros amigos no STF, que derrubaram liminar do colega Fux para permitir a comunicação permanente do molusco com aliados fora da grade, caso do advogado que se passa por jornalista americano Glenn Greenwald, dono do site Intercept, no qual destila seu veneno a conta-gotas.
Sobre a Vaza-Jato, o que estava em jogo no grande furdunço que se formou era comprometer Moro e favorecer a libertação de Lula. Uma proposta modesta se considerarmos o potencial que essa incursão pelos telefones de poderosos teria se os hackers fossem, por exemplo, interessados em abalar a segurança nacional, coletando diuturnamente os dados, analisando-os e usando-os a seu favor. Num país em que um sargento entra com 39 quilos de cocaína num avião da comitiva presidencial, o tema da segurança cibernética pode parecer distante, mas deveria ser objeto da melhor atenção por parte das autoridades competentes.
O propósito do Vermelho
era combater a Lava-Jato, como ficou
claro também em suas postagens na rede. Mas ele gosta de dinheiro, deu alguns
golpes, tinha atalhos para entrar em contas bancárias. Mesmo se conseguir
provar que estava apenas numa “cruzada pela justiça”, esse sujeito era o tipo
ideal para ser contatado para um trabalho puro de espionagem. Anteontem, após ouvir os bando em audiência de custódia, o juiz Vallisney de Souza Oliveira decidiu manter a prisão dos quatro investigados. Gustavo Santos, Suelen Priscila de Oliveira, Danilo Marques e Walter Delgatti Neto, conhecido como Vermelho, vão continuar detidos pelo menos até esta quinta-feira, quando se encerra o prazo da prisão temporária renovada na sexta passada.
Já o ministro Sérgio Moro teria afirmado que o material obtido criminosamente pela
quadrilha presa pela PF seria
descartado, mas como descartá-lo e, ao mesmo tempo, comprovar sua existência e
punir os responsáveis pelo crime?