Neologismo que poderia ser traduzido por “falta de educação”,
o termo PHUBBING combina o “ph” de phone (telefone) com “ubbing” de snubbing (esnobar), e remete a um comportamento cada vez mais comum nos nossos dias: o
sujeito (ou a sujeita) dedicando sua total atenção ao que se passa na telinha
de seu smartphone e ignorando solenemente quem está e o que acontece no seu
entorno ― esteja ele(a) à mesa do restaurante com a(o) namorada(o), assistindo
à cerimônia religiosa do casamento de um amigo, acompanhando o funeral de um
parente, enfim...
Observação: O termo foi criado pela Macquarie
Dictionary para descrever o ato de ignorar alguém usando como desculpa um
telefonema ou mensagem recebido através de um smartphone.
Diante desse comportamento, digamos, pouco apropriado, o
australiano Alex Haigh alerta para
um futuro próximo em que os casais se sentarão em silêncio, as relações serão
baseadas em atualizações de status nas redes sociais e a habilidade para falar
ou se comunicar face-to-face será completamente erradicada.
Assim, anote o novo verbete no seu caderninho, mas procure
evitar participar desse círculo vicioso. Adquirir hobbies e praticar atividades
que façam sentido e tragam prazer a você, ou achar um momento individual que
não precise ser compartilhado com mais ninguém, seriam, provavelmente, boas
opções.
Fonte: Dr. Cristiano Nabuco ― Ciência e Saúde
O depoimento de Lula
ao juiz Moro, na tarde de ontem, durou quase cinco horas e foi recheado
de evasivas, mentiras e imputação de responsabilidades a terceiros, com
destaque para a ex-primeira dama, que faleceu há poucos meses e, portanto, não
pode ser chamada para uma acareação (a não que se convocasse uma sessão
espírita, mas aí já é outra história).
Lula
reafirmou sua falácia de perseguição pela Lava-Jato e pelo Ministério Público
(diferentemente do que vem fazendo fora da sala de audiências, ele tomou o
cuidado de não mencionar expressamente o magistrado) e defendeu sua trajetória
com o ramerrão de sempre, mesmo depois de Moro lhe pedir que não usasse
o depoimento para fazer um apanhado do seu governo. Aliás, rebateu
enfaticamente que está sendo julgado pelo que fez na presidência, pela
construção de um power point
mentiroso ― feito por quem não entende de política e se baseia numa tese preconcebida
de que o PT é uma organização
criminosa e ele, o chefe ― e que as acusações contra ele não passam de pura
ilação.
Sobre o tríplex no
Guarujá, o petralha negou todas as acusações. Segundo ele, foi sua finada quem
decidiu a compra do terreno do Instituto
Lula, quem comandou as obras no tríplex, quem queria o apartamento etc. Ela
comandava tudo, ele não sabia de nada. E mais: disse o molusco que dona Marisa “nem
mesmo gostava de praia” ― o que foi prontamente desmentido por uma enxurrada de
fotos publicadas nas redes sociais, nas quais o ex-primeiro-casal aparece em
cenas descontraídas à beira-mar.
Quando Moro
perguntou sobre a rasura no documento de compra da unidade no prédio (o número
144, da unidade pela qual o casal Lula
pagou, aparece escrito sobre o número 174, o do tríplex), disse não saber quem seria o responsável pela
rasura, mas que também gostaria de
saber.
Ao dizer que prefere ser julgado pelo povo, não pela Justiça, Lula deixou implícito seu propósito de se reeleger presidente pelo voto dos apedeutas desinformados que (espantosamente) ainda o apoiam, para não ser julgado ― nem pelo povo, nem (muito menos) pela Justiça. Leda pretensão.
Como bem destacou o jornalista Augusto Nunes, um trecho particularmente relevante do depoimento de
sua insolência parece ter escapado aos redatores de manchete da imprensa
brasileira: Ao mentir sobre o pequeno apartamento de três andares no Guarujá, o
petralha confessou que é o dono do sítio em Atibaia. Aos 13 minutos do vídeo sete do depoimento, Lula admite que Léo Pinheiro e Paulo
Gordilho, os dois bambambãs da OAS,
estiveram no seu apartamento em São Bernardo do Campo, mas nega que tenham
conversado sobre o tríplex.
― E o que eles
discutiram com o senhor nessa oportunidade? ― quis saber o representante do
Ministério Público.
― Eu acho que eles
tinham ido discutir a questão da cozinha
lá do sítio de Atibaia, que também não é assunto para discutir agora.
Tarde demais. Ao tentar esconder a ossada de um crime, Lula tirou do armário o cadáver de
outro.
Em suma: seu depoimento foi provavelmente a maior sequência de mentiras
desfiadas por um réu culpado desde a criação do primeiro tribunal. Para tanto,
basta a reprodução de três frases ditas pelo chefão do bando de corruptos do
petrolão: Você acha que quando seu filho
tira nota baixa na escola ele chega pulando de alegria para contar? Se puder,
ele vai esconder até o senhor saber. Você acha que alguém que começou a roubar
vai contar para alguém que ele está roubando?
Alguém aí achava que Lula
chegaria à sala de Sérgio Moro feliz
e ansioso por revelar tudo que fez? Um criminoso que se preze morre jurando que
é a alma viva mais pura do mundo.
Mesmo que morra na cadeia.
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