O HOMEM SÁBIO EVITA DIZER A VERDADE SEMPRE QUE ELA POSSA PARECER
MENTIRA, A FIM DE NÃO SER TACHADO DE MENTIROSO.
Quando a pareceria entre a Nokia
e a Microsoft parecia ter tudo para
oferecer smartphones de qualidade e com boa relação custo/benefício, o Windows Phone ocupava o segundo
lugar no ranking dos sistemas operacionais para dispositivos móveis, atrás
apenas para o imbatível Android. Aí o
Google e a Motorola lançaram a linha Moto
G, que vendeu horrores em 2014, tanto no Brasil quanto nos demais países
latino-americanos, e jogou uma pá de cal sobre Blackberry OS, Ubuntu Phone
OS, Sailfish OS e Firefox OS e, por que não dizer, o
próprio Windows Phone, embora a mãe da criança só tenha reconhecido a
derrota no ano passado, mesmo tendo descontinuado o Lumia 950 em 2015.
O Android é líder
absoluto em seu segmento de mercado, com 45% da preferência
dos usuários em todo o mundo. A despeito da excelência dos produtos da Apple, o iOS fica num modesto segundo lugar, com 13% (dados da Statcounter Global Stats),
talvez devido ao preço — que é alto até para os
padrões norte-americanos, mas assustador para os brasileiros, já que a carga tributária incidente sobre smartphones
é de quase 40%. Curiosamente, não
faltam “applemaníacos” prontos a desembolsar alegremente mais de R$ 11 mil para ter um
iPhone
Xs Max, mas isso já é outra conversa.
O Windows Phone
não era um sistema ruim (pelo contrário, era leve e muito rápido). O problema foi
a Microsoft demorar a se dar conta de que o mundo digital estava
se tornando móvel, e que essa mobilidade ia além dos notebooks — ou seja, enquanto a concorrência apostava no Android, ela continuava focada na
plataforma PC.
Também contribuiu para o fracasso do Windows Mobile a demora no lançamento, que ocorreu em 2010, quando o Android já soprara sua terceira velinha (além de ser uma plataforma “gratuita” e de código aberto). E fato de a Microsoft ter comprado a Nokia em 2013, quando viu que empurrar o Windows Phone para fabricantes de smartphones que já utilizavam o Android era malhar em ferro frio, também colaborou para a morte da plataforma.
Também contribuiu para o fracasso do Windows Mobile a demora no lançamento, que ocorreu em 2010, quando o Android já soprara sua terceira velinha (além de ser uma plataforma “gratuita” e de código aberto). E fato de a Microsoft ter comprado a Nokia em 2013, quando viu que empurrar o Windows Phone para fabricantes de smartphones que já utilizavam o Android era malhar em ferro frio, também colaborou para a morte da plataforma.
Some-se a tudo
isso o desinteresse dos desenvolvedores em criar aplicativos — não há nada mais
frustrante para o usuário do que ter um smartphone e não ter como baixar aquele
app do momento —, mesmo com a Microsoft
tendo trabalhado para encorajá-los e desenvolvido os seus próprios softwares. Assim,
considerando que nenhum produto sobrevive sem consumidores, a empresa
finalmente declarou o óbito do Windows
10 Mobile, embora venha investindo na criação de uma miniplataforma dentro
do ecossistema Android. Mas isso é
conversa para um a outra vez.
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