A MELHOR PALAVRA É A QUE NÃO SE DIZ.
Entra ano,
sai ano, profetas, adivinhos, astrólogos, videntes, cartomantes e assemelhados torram nossa
paciência com previsões mais do que manjadas, da morte de artistas famosos
(cujos nomes eles não divulgam) a naufrágios ou quedas de aviões (em dia, hora
e local incerto e não sabido).
No final
do ano passado, milhões de pessoas ao redor do mundo se prepararam para tentar
sobreviver a chuvas de meteoros, colisão com asteroides, inversão da polaridade
terrestre e outros cataclismos oriundos de interpretações tendenciosas do
antigo Calendário Maia, segundo as
quais o Apocalipse ocorreria inexoravelmente
no dia 21 de dezembro.
Previsões espantosas,
a meu ver, foram feitas por Leonardo da
Vinci – que idealizou o helicóptero,
o tanque de guerra e o uso da energia solar, dentre outras coisas,
500 anos antes que elas se tornassem realidade. Ou então Júlio Verne, que detalhou em seu livro “Da Terra à Lua” (1865) uma viagem espacial e errou por apenas 20
milhas o local de onde seria lançada a Apollo
11 dali a 104 anos.
Vaticínios
“meia boca” não faltam na história recente, como é o caso dos relógios de pulso do ano 2000, que
serviriam como intercomunicadores e gravariam áudio e vídeo (tudo bem que, em
vista dos smartphones atuais, o lance bateu na trave), ou das TVs penduradas como quadros em paredes,
que não se tornaram realidade nos anos 60, como previu a GE, mas que hoje em
dia muita gente tem em casa.
Profecias
que não se confirmaram são comuns também no âmbito da TI, mesmo quando feitas por próceres Thomas J. Watson, presidente da IBM, segundo o qual “talvez um
dia houvesse mercado para uns cinco microcomputadores”, ou por Ken Olsen, fundador da DEC (empresa respeitada nos anos 70), que
afirmou “não haver razão para qualquer
indivíduo ter um computador em casa” (isso quando os PCs já estavam sendo
vendidos).
Bill Gates também errou feio em 2004, ao afirmar
que dali a dois anos o SPAM seria
totalmente erradicado, ou, pior, em 1981, quando disse (supostamente) que 640 KB seriam mais RAM do que qualquer
PC viria a precisar – ele nega essa “escorregadela”, mas não consegue se livrar
da pecha. No entanto, Mr. Gates fez
um gol de placa em 1995, ao prever os computadores-carteira
que, ironicamente, a Apple tornaria
realidade com o iPad.
Falando
nisso, há quem diga que os desktops
(e mesmo os notebooks) não
resistirão por mais de um par de anos à popularização dos smartphones, tablets e gadgets ainda mais inovadores, tais como
relógios, óculos e pulseiras
conectadas. Eu, particularmente, não penso assim, como você verá se voltar até
aqui para ler minha próxima postagem. Nesse entretempo, seria legal se deixasse
sua opinião – aliás, é justamente para isso que serve o campo “COMENTÁRIOS”.
Abraços a todos e até amanhã.