Quase ninguém mais monta PCs por conta própria
hoje em dia ― não só porque sai mais barato comprar um modelo de grife, mas
também pelo fato de os notebooks
serem mais versáteis, substituírem com vantagens o computador de mesa e ainda
poderem ser levados de casa para o escritório, para a casa de praia ou de
campo, em viagens de trabalho, enfim...
Ainda assim, algum gato-pingado pode
achar que vale a pena investir uma grana na troca do drive de HD do seu desktop velho de guerra por
um modelo de estado sólido. Eu, particularmente,
acho melhor comprar um PC com essa tecnologia já embarcada, mas se você acha
que sua máquina vale o investimento, não deixe de conferir qual a versão do barramento SATA suportado pela placa-mãe, porque instalar um SSD que opera em SATA III num PC cuja placa não vai além
do SATA II pode não ser vantajoso do
ponto de vista da performance nem justificar o desembolso (voltaremos a esse
assunto oportunamente).
Algumas placas trazem essa informação impressa no próprio
chassis, mas é mais fácil consultar o manual do aparelho (no caso de um PC de
grife) ou da própria motherboard (no
caso de uma integração caseira). Caso você não disponha dessa documentação ― ou
ela não inclua essa informação ―, faça uma busca no Google a partir da marca e modelo da placa,
Falando no vil metal,drives
sólidos de grandes capacidades custam caro, mas modelos híbridos (SSHD) já são encontrados a preços mais palatáveis. A rigor, esses
dispositivos são drives eletromecânicos que dispõem também de chips de memória flash, e assim proporcionam um
ganho de performance considerável. Mas tenha em mente que os drives híbridos
não são a melhor opção para quem trabalha com softwares pesados ou é fã de
games radicais ― situação na qual um SDD
“puro” é a melhor solução.
Note também que, se adicionar um drive sólido no seu
computador e mantiver o HDD, você não deve ceder ao comodismo e deixar o Windows
na unidade eletromecânica. Em outras palavras, ou se reinstala o sistema e
todos os drivers no SSD, ou não se usufrui integralmente do potencial que essa unidade tem a oferecer.
SE TAMANHO
FOSSE DOCUMENTO, O ELEFANTE SERIA DONO DO CIRCO.
IMPORTANTE: Se você está estranhando o fato de a Microsoft ter se tornado tão generosa de repente, a ponto de disponibilizar
o Windows 10 de graça para cerca de
1 bilhão de PCs selecionados em 190 países, saiba que isso nada mais é do que
uma estratégia de marketing
destinada a agilizar a adoção do novo sistema (como sabemos, o Eight não conseguiu desbancar o Seven, e o XP e as edições mais recentes do Windows Server continuam sendo amplamente utilizadas, especialmente
no âmbito empresarial). Aproveitando o embalo, a empresa determinou ainda que,
por ocasião da evolução para o Ten,
o novo EDGE assuma automaticamente o status de navegador padrão. Mas você pode reverter facilmente essa
configuração. Para saber como, acesse esta
postagem.
Como vimos no post anterior, a popularização do solid state drive (SSD) é mera questão
de tempo ─ e de preço, já que um modelo interno com capacidade de 1 TB custa em torno de R$2.800, ou seja, tanto quanto um
notebook de configuração mediana.
Mas nem tudo são flores no jardim dos SSDs: embora não tenham componentes móveis e sejam menores, mais
leves, econômicos, resistentes, silenciosos e milhares de vezes mais rápidos do
que seus jurássicos predecessores, esses drives têm sua vida útil limitada pela
quantidade de regravações que suas células de memória flash são capazes de
suportar ─ que é de 10.000 ciclos no caso dos chips MLC, onde cada célula armazena 2 bits utilizando 4 níveis de tensão
diferentes, o que permite criar chips com o dobro da capacidade dos SLC (tecnologia original de chips de memória flash NAND), embora mais lentos
e menos duráveis.
Observação: Para evitar que as áreas mais usadas (como
as de swap, por exemplo) falhem
prematuramente, sistemas de wear
leveling alteram os setores toda vez que arquivos são criados ou
modificados, fazendo com que o bloco anterior só seja reutilizado depois que
todos os demais sejam usados pelo menos uma vez.
Todavia, mesmo considerando que os SSDs atuais suportam um número de regravações menor do que os mais
antigos (entre 3.000 e 5.000 ciclos), os primeiros sinais de que suas células
estão perdendo a capacidade de reter os
dados não costumam ocorrer antes de 4
ou 5 anos de uso intenso. Já os fabricantes adotam posturas mais
conservadoras, estimando a vida útil de seus produtos em algo entre 5 e 10 anos ─ bem maior que a dos
discos magnéticos, portanto.
Observação: Diante da possibilidade de uma ou outra
célula de memória falhar antes do previsto, o controlador do drive é incumbido de remapear as páginas defeituosas
(utilizado setores de uma área de armazenamento temporário chamada de spare área) à medida que os defeitos
forem surgindo, concedendo, dessa maneira, uma "sobrevida" ao dispositivo,
que só dará seus últimos suspiros quando as páginas problemáticas atingirem
cerca de 7% do total.
O volume dos SSDs
é medido em valores binários, mas, por uma questão de marketing, os fabricantes
se valem da notação decimal. Assim, num drive de 250 GB, cuja capacidade deveria ser de 268.435.456.000bytes, o
usuário "perde" quase 19 GB
(para entender melhor essa questão, reveja esta
postagem e a complementação subsequente).
Para concluir, duas recomendações importantes:
1)Ao
adquirir um SSD, prefira um modelo
cuja memória trabalhe de maneira síncrona
─ eles são um pouco mais caros, mas garantem melhor desempenho na manipulação
músicas, fotos e vídeos;
2)A
forma como os arquivos são gravados nos SSDsnão propicia a fragmentação dos dados
─ e ainda que assim não fosse, uma eventual fragmentação não acarretaria grande
prejuízo para o desempenho, já que, como vimos, não há cabeças se movendo ao
longo da superfície dos discos (e nem discos) para remontar os arquivos como num
grande quebra-cabeça. Então, não os
desfragmente (para evitar repetições desnecessárias, veja mais detalhes a
respeito nesta
postagem).
Observação: A troca de um HDD por um SSD (ou por
uma solução híbrida, como vimos na primeira parte desta matéria) tem mais
chances de sucesso se levada a efeito quando da compra de um computador novo,
configurado de fábrica e com o sistema operacional devidamente pré-instalado.
Mas com alguma expertise, um pouco de paciência e este tutorial apresentado pelo
Mestre Gabriel Torres, quem sabe você não se anima a fazer o
transplante por sua conta (e risco)?
E como hoje é sexta-feira...
No caminho para sua fazenda nos cafundós de Joaíma (MG), um
mineiro comprou um balde, um galão de tinta, dois frangos e um ganso, todos os
animais vivos. Quando saiu da loja, ficou matutando como levar as compra para
casa. Aí uma mulher apareceu e perguntou como chegar até a Fazenda Baluarte,
nos encosto de Filisburgo (MG).
─ Minha fazenda
fica pressas bandas memo. Eu podia te levá até lá, mas ainda não resolvi como
vou carregá cum isso tudo aqui ─
diz o mineiro.
─ Cê coloca o
galão de tinta dentro do barde, carrega o barde numa mão, o ganso na outra mão
e um frango debaixo de cada braço ─
responde a mulher.
Partiram os dois pela estrada e, mais adiante, diz o mineiro:
─ Vamo cortá
caminho e pegá este ataio pelo mato, que vamo economiza muito tempo.
A mulher, cismada, responde:
─ Eu tô sozinha e
não tenho como me defendê. Como vou sabê se quando a gente entrá no mato ocê
não vai avançá em cima de mim e levantá minha saia e abusá de mim?
─ Eu tô carregano
um barde, um galão de tinta, dois frango e um ganso... Como eu ia fazê isso
cocê com tantas coisa nas mão? Se eu sortá o ganso e os frango, eles foge tudo!
─ Muito simples,
uai: Cê coloca o ganso no chão, põe o barde invertido em cima dele, coloca o
galão de tinta prá pesá em cima do barde..