A “profecia” de que trata essa
postagem se revelou mais furada que sapato de mendigo ― aliás, como tantas
outras que, ao longo dos séculos, vêm trombeteando o apocalipse, o final dos
tempos, a destruição total da humanidade e por aí afora.
Uma colisão cósmica pode vir a ocorrer um dia, mas nada
indica que seja nos próximos milênios. Ainda assim, o risco de um asteroide ou
outro corpo celeste de grandes dimensões abalroar nosso planeta ― como teria
acontecido há 65 milhões de anos e resultado na extinção dos dinossauros ―
preocupa cientistas e pesquisadores, tanto é que a NASA desenvolve programas de defesa que visam detectar e
neutralizar esse tipo de ameaça.
Como o céu é monitorado 24 horas por dia, a chance de alguma
ameaça escapar dos radares é de apenas 0,01% ― vale lembrar que, para oferecer
risco à humanidade, um eventual corpo celeste em rota de colisão com a Terra
precisaria ter quilômetros de extensão. No entanto, se isso realmente viesse a
acontecer, a tecnologia de que dispomos atualmente não seria suficiente para
desviar ou destruir o intruso, daí a necessidade de a agência espacial
americana desenvolver o quanto antes uma solução eficaz.
O Sol não é eterno, e seu desaparecimento extinguiria ― ou
extinguirá, melhor dizendo ― qualquer forma de vida na Terra. Mas ele é uma estrela
de meia-idade, com expectativa de “vida” de mais 4 ou 5 bilhões de anos. Portanto,
se é para se preocupar, que seja com ameaças mais reais e imediatas, como os
testes nucleares que vêm sendo feitos pela Coréia
do Norte e pelo Irã, por
exemplo.
Um artigo publicado em novembro de 2015 por pesquisadores
das universidades americanas de Colorado
e de Rutgers dá conta de que, se
apenas 0,03% do arsenal nuclear global fosse usado numa guerra entre dois
países, a fumaça produzida seria tanta que as temperaturas cariam a ponto de
afetar a produção agrícola em todo o mundo e ameaçar o abastecimento global de
alimentos. Para se ter uma ideia, isso significa que bastaria cada país
envolvido nessa guerra lançaria 50 bombas atômicas como aquela que atingiu Hiroshima, no Japão, em 1945.
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