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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

DO DISQUETE AO PENDRIVE E COMO RECUPERAR O ESPAÇO ORIGINAL NOS UTILISSIMOS “CHAVEIRINHOS” DE MEMÓRIA (Final)

O MARIDO NÃO DEVE SER O ÚLTIMO A SABER. O MARIDO NÃO DEVE SABER NUNCA.

A formatação do pendrive apaga todos os dados armazenados e recupera o sistema de arquivos e o espaço livre, neutralizando eventuais malwares e outros problemas em nível de software. Já vimos como fazer isso ― na terceira postagem desta sequência ― usando a ferramenta nativa do Windows, mas eu achei por bem voltar ao assunto para detalhar melhor o procedimento e adicionar algumas considerações importantes. Confira.

Por sistema de arquivos, entenda-se o conjunto de estruturas lógicas que permite ao Windows acessar e gerenciar dispositivos de memória (como HDs, SSDs e chips de memória flash presentes em pendrives e SD Cards). Cada sistema de arquivos possui suas peculiaridades ― como limitações, qualidade, velocidade e gerenciamento de espaço, entre outras características ―, que definem como os dados que formam os arquivos serão armazenados, e de que forma o sistema operacional terá acesso a eles. A escolha fica a critério do usuário, que deverá selecionar a opção mais indicada ao uso que será feito do dispositivo e o tipo de aparelho ao qual ele será conectado.

A propósito, vale relembrar (porque isso já foi explicado em outra oportunidade) que o limitado FAT16 (FAT é a sigla de File Allocation Table) era padrão até o Win95, mas foi substituído mais adiante pelo FAT32 e, mais recentemente, pelo NTFS (sigla de New Technology File System), que oferece suporte a criptografia e recursos de recuperação de erros. O FAT16 não era capaz de gerenciar drives com mais de 2 GB, e o tamanho avantajado de seus clusters (setores de alocação) resultavam em grande desperdício de espaço. O FAT32, que foi usado até a edição ME do Windows, trabalhava com clusters menores, mas era até 6% mais lento que o anterior, não gerenciava partições maiores que 32 GB, não reconhecia arquivos com mais de 4 GB e, para completar, era considerado inseguro, daí o Windows XP e seus sucessores terem adotado o NTFS, que não utiliza clusters (e, portanto, não propicia desperdício de espaço) e permite configurar permissões para cada tipo de arquivo, de modo a impedir que usuários não autorizados acessem determinados arquivos do sistema operacional.

A maioria dos pendrives é formatada em FAT32, de modo a garantir a leitura e gravação de arquivos em computadores com Windows, Mac OS e Linux, além de videogames e aparelhos que possuem interfaces USB. Mas formatar um SD Card em FAT32 ― no qual, como dito, o tamanho dos arquivos é limitado a 4 GB, pode resultar numa indesejável divisão dos arquivos quando gravamos um clipe de vídeo, por exemplo, de modo seria adequado a pendrives e dispositivos de armazenamento externo mais antigos e de baixa capacidade de armazenamento (menos de 4 GB), ou que não suportem outras opções de formatação.

O NTFS, criado em 1993 e utilizado inicialmente no Windows NT, foi adotado também nas versões domésticas do sistema a partir do XP e continua sendo utilizado até hoje, inclusive no Windows 10. Todavia, muitos especialistas não recomendam sua adoção em pendrives e dispositivos de armazenamento externo, já que eles realizam atividades de leitura e gravação maiores do que os sistemas FAT32 e exFAT ― o que diminui a vida útil desses dispositivos ― e não são compatíveis com consoles Playstation, por exemplo.

O exFAT surgiu em 2006 e foi adicionado às edições XP e Vista do Windows mediante atualizações. Trata-se de um sistema de arquivos otimizado para pen drives ― até porque é eficiente como o FAT32 e, como o NTFS, não apresenta limitações de tamanho dos arquivos ―, sendo, portanto, a opção mais indicada para dispositivos de armazenamento externo com capacidade superior a 4 GB.

Resumo da ópera: Prefira o NTFS para formatar HDs internos operados pelo Windows, use o exFAT em pendrives e HDs externos (USB) e opte pelo FAT32 somente no caso de o dispositivo que você for formatar não suportar outros sistemas de arquivos.

Feita essa ressalva, cumpre mencionar que o formatador nativo do Windows nem sempre produz bons resultados. Eu mesmo tive problemas com ele recentemente, ao formatar um chaveirinho de memória de 16GB (para o qual eu havia copiado os arquivos de instalação a partir do CD de uma edição antiga do Office para instalar o aplicativo no meu all-in-one, já que o aparelho não dispõe de drive de mídia óptica). Depois que executei o procedimento, consultei o espaço livre (abrindo a pasta Computador no Windows 10, dando um clique direito na unidade de mídia removível em questão e clicando em Propriedades) e constatei que só eram reconhecidas algumas centenas de megabytes ― ou seja, a capacidade original não foi restaurada. E o problema persistiu depois que tornei a formatar o chaveirinho (outras duas vezes). 

Se algo assim acontecer com você, sugiro clicar neste link, esperar a página carregar e selecionar a opção Baixar através do navegador (oriente-se pela figura que ilustra esta postagem). O programinha é um arquivo executável (que dispensa instalação). Para utilizá-lo, basta extrair o arquivo da pasta compactada, inserir o pendrive numa portinha USB do seu PC, dar duplo clique no ícone respectivo e, na janelinha que irá se abrir, escolher o dispositivo a ser formatado (no campo Destination Disk) e clicar no botão Parts Manage.

Observação: Certifique-se de escolher a unidade do pendrive corretamente. Se você selecionar a unidade do disco rígido do computador, por exemplo, poderá perder seus dados. Note que a identificação das unidades correspondentes a mídias removíveis é da sigla RM, e a dos discos rígidos, de HD.

Na próxima janela, clique no botão Re-Partitioning; na seguinte, em marque a opção USB-HDD Mode (Single Partition) e clique em OK. Clique novamente em OK na caixa de diálogo de confirmação e, se tudo correr bem, em poucos segundos será exibida uma nova caixa de diálogo com os dizeres Congratulations! Formatting was succesful! (Parabéns! A formatação foi feita com sucesso!). Para conferir a capacidade de armazenamento do pendrive, abra a pasta Computador (ou clique em Windows Explorer), dê um clique direito na unidade do pendrive e selecione a opção Propriedades.

Era isso, pessoal. Na próxima postagem eu vou compartilhar com vocês um texto bem legal sobre pendrives ― só não faço isso agora porque este post já ficou mais longo do que eu gostaria).

Boa sorte a todos e até lá.

AINDA SOBRE SÉRGIO CABRAL

Em depoimento prestado à Polícia Federal no Paraná, Sérgio Cabral disse estar indignado com a situação por que passa, e que nunca recebeu qualquer propina: "Estou com a consciência tranquila quanto às mentiras absurdas que me foram imputadas", afirmou candidamente o Marajá do Oxigênio, agora hóspede do Bangu 8.  

Será que o ex-governador teve aulas de desfaçatez com o molusco de nove dedos? Só assim para bancar o inocente diante das revelações estarrecedoras de executivos da ANDRADE GUTIERREZ e da CARIOCA ENGENHARIA, que embasaram a prisão do político à luz de um esquema de corrupção que teria movimentado mais de R$ 220 milhões (dos quais R$40 milhões teriam ido para o bolso de sua excelência, segundo os investigadores).

Enquanto o Estado do Rio não tem dinheiro nem para o papel higiênico das repartições públicas, os acólitos de Cabral farreavam com guardanapos na cabeça em restaurantes caríssimos, e a mulher do sacripanta exibia seu Louboutin em Paris.

De milhão em milhão, o ex-governador foi apurando seus gostos: viagens ao exterior, casas de praia, jóias e até, suspeita-se, uma lancha e um helicóptero. Quando lhe perguntavam quem bancava essa orgia financeira, Cabral apontava o concorridíssimo escritório de advocacia da mulher, Adriana Ancelmo, a quem chamava carinhosamente de RIQUEZA.

Assim como Cláudia Cruz, mulher de Eduardo Cunha, Adriana passou anos fechando contratos milionários com prestadoras de serviços ao governo no marido sem ver nisso problema algum. E soube gastar: um item da investigação registra R$ 57 mil gastos na compra de seis vestidos, tudo pago em dinheiro vivo, da mesma forma que o grosso das propinas que forraram o bolso do maridão. 

Vão ser caras de pau assim na PQP!

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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

DO DISQUETE AO PENDRIVE E COMO RECUPERAR O ESPAÇO ORIGINAL NOS UTILISSIMOS “CHAVEIRINHOS” DE MEMÓRIA (Parte 4)

TANTO ROUBA QUEM VAI À HORTA QUANTO QUEM FICA À PORTA.

Como não poderia deixar de ser, especialmente num país onde se falsifica até aguardente 51, a popularização dos pendrives estimulou a comercialização informa de produtos falsificados ou adulterados. Note que o problema não é o contrabando (ou também é, mas isso não vem ao caso para efeito desta abordagem), mas o risco de levar gato por lebre (o que pode ocorrer até mesmo em lojas idôneas, que recebem artigos falsos de seus fornecedores e os revendem como legítimos, na boa fé, com nota fiscal e tudo).

Comprar (conscientemente) um troço de segunda linha para economizar alguns reais é uma coisa, mas pagar o preço de mercado por algo supostamente original e levar uma imitação é outra bem diferente. Por outro lado, é de se convir que um pendrive SanDisk de 16GB custa menos de R$ 20 em hipermercados e grandes magazines, e se a economia não paga nem uma passagem de ônibus, não vejo razão para correr o risco. Até porque nem sempre é fácil reconhecer a fraude.  

Quanto a pendrives de marcas desconhecidas e origem duvidosas, não tem segredo: é não comprar e ponto final. Mas há falsificações quase impossíveis de identificar a olho nu, além de produtos legítimos reprogramados para exibir capacidades superiores à verdadeira e “simular” a gravação dos dados (para o caso o cliente exigir comprovação do marreteiro), além daqueles que “entregam” a capacidade declarada, mas com qualidade e confiabilidade inferiores às dos modelos originais. Então, procure adquirir pendrives em lojas regularmente estabelecidas, em vez de recorrer a camelôs e vendas pela internet. Mesmo assim, se o preço for muito abaixo do praticado pela concorrência, redobre os cuidados. Assegure-se de que o produto venha no blister lacrado (daqueles que a gente só consegue abrir usando uma tesoura) e, se possível, peça ao lojista que o teste para você.

Nem todos os comerciantes aceitam testar o produto, alegando que irão substituí-lo em caso de problemas, mas eu acho melhor não levar do que ter que voltar para reclamar. Então, se o lojista não impuser restrições, espete-o na porta USB e repare na tela da Reprodução Automática: os produtos Kingston são identificados pelo nome do fabricante seguido da letra que o sistema lhes atribui ― KINGSTON (E:), por exemplo ―, ao passo que os falsos aparecem como Disco Removível (E:). E o mesmo se observa na tela Remover Hardware com SegurançaKingston Datatraveler 2.0 USB Device para o produto legítimo, também por exemplo, e algo como Ameco Flash Disk USB Device para o falso. Vale também gravar uma quantidade de dados que se aproxime de capacidade máxima nominal do drive, espetá-lo em outro computador e tente abrir os arquivos ou transferi-los para outra pasta. Se não conseguir, é fria. E no caso de não ser possível testar o produto, exija a nota fiscal e o certificado de garantia; se identificar qualquer problema, peça a devolução do dinheiro (no caso de substituição, é possível que você receba outro “mico”).

Observação: Tempos atrás, a Kingston criou uma página, em seu website, com dicas para diferenciar seus produtos das falsificações que inundaram o mercado (para mais detalhes, clique aqui).
Vale lembrar que os pendrives devem ser conectados DEPOIS que o sistema operacional for inicializado e removidos ANTES do desligamento do computador (evite ainda manter o dispositivo permanentemente espetado na portinha do PC, a menos que ele seja configurado como extensão da memória RAM). Sempre que for desconectar um dispositivo USB, clique no ícone com a setinha verde, na área de notificação, selecione o item em questão e clique em Parar ― assim, a leitura ou a gravação de dados será concluída antes de a mídia ser desconectada do computador. Caso queira desacopla-la com segurança sem precisar avisar o sistema, clique em Meu Computador, dê um clique direito sobre o ícone que representa o drive em questão e clique em Propriedades. Na aba Hardware, selecione o dispositivo, clique no botão Propriedades e, na aba Diretivas, marque a opção “Otimizar para remoção rápida”. Mesmo assim, só desconecte o pendrive quando ele não estiver copiando ou movendo arquivos; se o modelo que você utiliza dispõe de um LED, jamais o remova enquanto a luzinha estiver piscando. 

Amanhã a gente conclui, pessoal. Abraços e até lá.

BRASIL - PAÍS DE CONTRASTES E INVERSÕES DE VALORES

Vivemos num país sui generis, onde existe jabuticaba e um plugue de três pinos incompatível com qualquer tomada de qualquer lugar do mundo. Mas não fica nisso. Dentre outros exemplos de idiossincrasias que dariam para encher páginas e páginas, nossos “direitos humanos” privilegiam a banda podre da sociedade em detrimento do cidadão de bem.

Quando bandidos matam policiais ― o que ocorre com uma frequência absurda ―, a mídia publica, a população lamenta, mas, com exceção de familiares e colegas de farda das vítimas, ninguém sai às ruas para protestar contra a barbárie. Já quando bandido é morto em confronto com a polícia, a grita é ensurdecedora. E se o meliante é “di menó”, pior ainda: os policiais são taxados de despreparados e truculentos e a morte dos “anjinhos”, de chacina, execução, carnificina, e por aí vai. E não faltam padrecos, intelectualóides, jornalistas e outros indefectíveis defensores incondicionais do que não presta protestar contra “essa desumanidade”, pouco importando se os “querubins” estavam fortemente armados e tinham dezenas de passagens pela polícia.

Cortemos para a Lava-Jato ― o último bastião das nossas esperanças. Em meio a diversas acordos de delação em andamento, o de Marcelo Odebrecht (e mais uma penca de ex-executivos da empreiteira) promete revelações estarrecedoras sobre gente graúda ― como o ex-presidente petralha e sua deplorável sucessora, ministros do atual governo, políticos de alto quilate do PT, do PMDB, do PP, do PSDB, do PDT, e por aí afora. E diante desse cenário, rufiões da pátria e proxenetas do Parlamento (na brilhante definição do ex-senador Delcídio do Amaral) costuram medidas suprapartidárias para “estancar essa sangria” (na menos depois de sua posse, mas que continua sendo um dos principais articuladores políticos de Temer).

Cortemos agora para Lula, que no mês passado se tornou réu pela terceira vez por atos “pouco republicanos” (formação de quadrilha, ocultação de patrimônio, obstrução de justiça, venda de medidas provisórias, tráfico de influência internacional, dentre outros). Carentes de elementos sólidos para refutar as acusações, o petista e sua trupe de criminalistas partiram para o ataque. Primeiro, eles denunciaram à Comissão de Direitos Humanos da ONU supostas arbitrariedades praticadas pela Lava-Jato e pelo juiz Sergio Moro; depois (mais exatamente na última sexta-feira), apresentaram uma queixa-crime contra o magistrado, numa absurda inversão de valores. Segue o excerto:

Após expor todos os fatos que configuram abuso de autoridade, a petição pede que o agente público Sergio Fernando Moro seja condenado nas penas previstas no artigo 6º da Lei 4.898/65, que pune o abuso de autoridade com detenção de dez dias a seis meses, além de outras sanções civis e administrativas, inclusive a suspensão do cargo e até mesmo a demissão”, diz o texto.

Explicando melhor: Lula entrou com uma queixa-crime contra Moro por abuso de autoridade ― na condução coercitiva do petista em março passado, no mandado de busca e apreensão em sua residência (e em endereços de familiares) e na divulgação de gravações telefônicas feitas fora do prazo autorizado pela Justiça. Como a PGR não respondeu, a defesa do petralha apresentou uma “queixa crime subsidiada”, embasando-se no artigo retro citado e no inciso LIX do Artigo 5º da Constituição de 1988, que dispõe o seguinte: “Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal”.

Cabe ao TRF da 4ª Região acatá-la ou não. Para Reinaldo Azevedo, essa truanice ― que visa caracterizar o petralha como vítima de uma campanha de natureza política, que nada teria a ver com a Justiça ― foi um tiro no pé, até porque Moro não perdeu nenhuma demanda naquela Corte. Na minha humilde avaliação, Lula está “atirando no mensageiro” ― prática que os psicólogos definem como dissonância cognitiva e cujos portadores, por não serem capazes de assimilar os fatos e diminuir o impacto de suas consequências, negam a realidade e buscam desconstruir a reputação de quem prenuncia os acontecimentos nefastos.

Cortemos de volta para a Lava-Jato (números atualizados até setembro passado): 

1.397 procedimentos instaurados;
654 buscas e apreensões;
174 conduções coercitivas;
77 prisões preventivas, 92 temporárias e 6 em flagrante;
112 pedidos de cooperação internacional;
70 acordos de delação premiada;
6 acordos de leniência (e 1 termo de ajustamento de conduta);
52 acusações criminais contra 254 pessoas (sem repetição de nome) por crimes de corrupção, contra o sistema financeiro internacional, tráfico de influência, formação de organização criminosa, lavagem de ativos, entre outros, 23 das quais já julgadas;
7 acusações de improbidade administrativa contra 38 pessoas físicas e 16 empresas, pedindo o pagamento de R$12,1 bilhões (R$38,1 bi incluindo as multas);
118 condenações, contabilizando 1.256 anos, 6 meses e 1 dia de pena.

Apesar disso, não faltam apedeutas contrários à Operação, e justamente por isso, políticos de todos os partidos e esferas do poder vêm movendo mundos e fundos para melar a Lava-Jato. E a militância vermelha abestalhada continua gritando seus réquiens pelo moribundo PT e alardeando a inocência e honestidade de seu amado líder, tão reais quanto uma nota de 3 reais. Deu para entender ou quer que eu desenhe?

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terça-feira, 22 de novembro de 2016

DO DISQUETE AO PENDRIVE E COMO RECUPERAR O ESPAÇO ORIGINAL NOS UTILISSIMOS “CHAVEIRINHOS” DE MEMÓRIA ― Parte 3

DEVE-SE CORRER PARA ONDE A BOLA ESTÁ INDO, NÃO PARA ONDE ELA ESTAVA.

Dando sequência ao assunto em tela, cumpre alertar a todos que a bandidagem digital tem se aproveitado da popularidade dos pendrives para disseminar pragas digitais (da mesma forma como usavam os disquetes em sua época áurea), razão pela qual é você deve tomar muito cuidado ao plugar o dispositivo no seu PC depois de tê-lo espetado em máquinas de terceiros, notadamente as de lan houses, cyber cafés, escolas, etc.

Felizmente, já existem antivírus projetados especialmente para proteger dispositivos USB, dentre os quais eu cito o Panda USB and AutoRun Vaccine, que é gratuito e imuniza tanto o computador quanto o dispositivo portátil. Depois de baixar e instalar e configurar a ferramenta (autorizar sua inicialização junto com o Windows, definir a vacinação automática dos novos dispositivos conforme eles forem plugados, ativar proteção de unidades formatadas com o sistema de arquivos utilizado na mídia removível, etc.), você verá uma janelinha com dois botões: o primeiro imuniza o PC e o segundo, o pendrive ― ou outro dispositivo USB, como um HD externo, por exemplo.

Observação: A rigor, o que essa vacina faz é evitar a proliferação de malwares inibindo o autorun.inf; ou seja, se você plugar seu pendrive numa máquina infectada e depois conectá-lo ao seu computador, um programinha malicioso que eventualmente se transferiu para dispositivo portátil não será capaz de se auto executar. Isso não garante 100% de segurança ― aliás, 100% de segurança no âmbito da TI é conversa mole para boi dormir ―, mas sempre será melhor do que nada.

Outro programinha digno de nota é o ClevX DriveSecurity, da conceituada desenvolvedora de programas de segurança ESET (fabricante do festejado NOD32), que atua a partir do próprio pendrive ou HD USB. Basta você fazer o download, transferir os arquivos de instalação para o dispositivo externo (que já deve estar plugado na portinha USB), comandar a instalação e seguir as instruções. Concluído o processo, execute o programinha, abra o menu de configuração (no canto superior direito da janela), altere o idioma para Português e clique na lupa para dar início à varredura. O software é pago, mas oferece um período de testes de 30 dias.

Suítes de segurança populares ― como AVAST, AVG, NORTON e afins ― também costumam checar pendrives, bastando para isso que o usuário abra a pasta Computador, dê um clique direito sobre o ícone correspondente ao dispositivo e selecione a opção respectiva no menu de contexto. Caso seu antivírus não dê conta do recado, uma varredura online pode ajudar (experimente o HouseCall, o ActiveScan, o Kaspersky, o F-Secure, o BitDefender ou o Microsoft Safety Scanner).

Observação: Em situações extremas, formatar o dispositivo de memória pode ser a solução. Mas tenha em mente que esse procedimento irá apagar todo o conteúdo do pendrive. Se não houver alternativa, plugue o chaveirinho na interface USB, localize o ícone que o representa na pasta Computador, dê um clique direito sobre ele e selecione a opção Formatar. Na tela seguinte, defina o sistema de arquivos, digite o nome desejado, desmarque a opção Formatação rápida e clique em Iniciar (assim, além da remoção dos dados, será feita também uma verificação em busca de setores inválidos).

O resto fica para a próxima, pessoal. Abraços e até lá.

MARIA, A ÚLTIMA PETISTA

O ano é 2019. O autoexílio de certo ex-presidente no Uruguai jogou a derradeira pá de cal sobre o ilha dos Castro ou na Venezuela. Há quem especule até que a imprestável tenha abreviado sua torpe existência, mas não existam evidências que embasam essa tese.
espúrio partido que ele gestou e pariu ― e com o qual se locupletou a não mais poder. Do paradeiro de sua cria e pupila, penabundada em agosto de 2016, pouco se sabe. Para alguns, ela simplesmente se foi, como aquele marido que saiu para comprar cigarros e nunca mais voltou. Para outros, resolveu passar o resto de seus dias na

Mas nossa história é sobre Maria, a última petista (nada a ver com a boa moça lá da turma do Gantois, consagrada por Toquinho e Vinicius na canção “Maria vai com as outras”). Não sei se Maria Aparecida, Maria Clara, Maria da Conceição, de Lourdes, das Dores ou, por desgraça, Maria das Graças. Simplesmente Maria. A última petista.

O PT se foi, mas Maria não se deu conta. Filiada à sigla desde sua fundação, impermeável ao bom senso e descolada da realidade, a moça (agora velha) dedicou a vida à militância petralha. Na sua avalição, Lula e Dilma foram grandes presidentes. Nunca duvidou de que o primeiro era mesmo a alma mais honesta do Brasil, e que a segunda foi uma gerentona competente, vítima inocente de um golpe de estado tramado pelas “zelites”, pela mídia, pelos “coxinhas”, e por aí afora. (Como dizia Sócrates, existe apenas um bem ― o saber; e apenas um mal ― a ignorância.)

O projeto de vida de Maria era se mudar para São Bernardo, berço do partido. Sonhava em tirar diploma de torneiro mecânico no Senai e arrumar emprego numa fábrica de autopeças (cogitou até de amputar o dedinho da mão esquerda, mas acabou demovida da ideia pela família). Tinha orgasmos múltiplos só de pensar em um dia ser vizinha de Lula. Mas Lula se foi e Maria continua nos cafundós do Ceará.

Do partido, além das lembranças, restam-lhe fotos da militância em meio a seus amados líderes. A de Dilma está cheia de rabiscos, bigodes e chifrinhos feitos a caneta num momento de loucura ― quando a estocadora de vento ameaçou trocar o partido da estrela pelo PMDB, a pretexto de “cercar-se de gente honesta”.

Toda manhã, Maria veste a puída camisetinha vermelha, toma o café imersa em reminiscências (bons tempos aqueles em que o PT estava no poder), liga o computador e se conecta às redes sociais, onde passa ao menos 15 horas postando aleivosias em defesa do socialismo, da ideologia lulopetista e do seu amado partido ― sabe-se lá se por não ser capaz de reconhecer publicamente que tudo isso acabou ou se por pura teimosia. Seja como for, a “mortadela” de cada dia continua chegando todo fim de mês ― o depósito foi programado pelo último tesoureiro, com dinheiro do BNDES, ela supõe, ou da Petrobras.

Maria ainda mantém seu blog ― O DIÁRIO DA ESQUERDA DO MUNDO ―, que raramente recebe visitas. Antigamente, ela passava horas respondendo exaustivamente mensagens de repúdio ao PT. Agora, os comentários minguaram. “Mas só porque os coxinhas finalmente entenderam que o que queremos é um Brasil melhor, e que a esquerda é o caminho”, justifica a tresloucada delirante.

De tempos em tempos, Maria vai até o jardim, onde a bandeira vermelha tremula ao vento. No passado, atiravam-lhe ovos; as manchas ainda estão no tecido. Agora, nem isso. Às vezes, passam dias sem que alguém fale do PT.

De repente, o computador emite um bip. “Olhaí, alguém comentou...”, pensa Maria, que entra correndo, os olhos brilhantes de esperança.

Maria olha a tela e... alarme falso: era só o Suplicy cantando Bob Dylan. De novo.

Maria é um caso perdido.

(Texto inspirado na crônica Fred, o último petista, de Mentor Neto).   

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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

DO DISQUETE AO PENDRIVE E COMO RECUPERAR O ESPAÇO ORIGINAL NOS UTILÍSSIMOS “CHAVEIRINHOS” DE MEMÓRIA ― Continuação

ENTRE O PSICANALISTA E O DOENTE, O MAIS PERIGOSO É O PRIMEIRO.

Conforme vimos no post anterior, um dos grandes responsáveis pela popularização dos “chaveirinhos de memória” foi o padrão Universal Serial Bus (USB), criado em meados dos anos 90, que conquistou o mercado por permitir a conexão “a quente” ― ou seja, os dispositivos podem ser plugados e removidos com o computador ligado ― e por desobrigar o usuário de configurar manualmente os canais IRQ e DMA ― o que não raro resultava em incompatibilidades difíceis de solucionar. Isso sem mencionar que, além de detectar automaticamente os periféricos, as controladoras USB dispensam fontes de alimentação externas, pois, dependendo do consumo dos dispositivos, elas próprias fornecem a energia necessária ao seu funcionamento.
Em 1997, praticamente todas as placas-mãe já integravam pelo menos duas portas USB 1.1, mas a taxa de transferência (entre 1,5 e 12 Mbps) logo se revelou insuficiente para a conexão de múltiplos periféricos (em tese, cada porta USB suporta até 127 dispositivos, mas é preciso ter em mente que a velocidade é compartilhada). 

A virada do século trouxe o USB 2.0, totalmente compatível com a versão anterior, mas já com taxa de transferência máxima de até 480 Mbps (note que se você conectar um dispositivo USB 1.1 numa porta USB 2.0, ele ficará limitado à velocidade do padrão 1.1). O USB 2.0 ainda é amplamente utilizado por mouses, teclados, impressoras, pendrives, celulares, câmeras digitais, filmadoras e outros gadgets, conquanto máquinas de fabricação recente tragam interfaces USB 3.0, com taxa de transferência de respeitáveis 4,8 Gbps e capacidade para alimentar eletricamente periféricos que consomem até 900 mA (contra 500 mA da versão anterior). Para facilitar a diferenciação, os fabricantes adotaram a cor azul na parte interna dos novos conectores, mas como isso não é obrigatório, convém atentar para as especificações do computador na hora da compra.

Voltando à vaca fria, os pendrives substituem com vantagens os CDS/DVDs, não somente devido ao tamanho reduzido (que facilita o transporte), mas também pelo número de ciclos de gravação/regravação que eles suportam (até 100 mil, dependendo da tecnologia da memória flash utilizada). Com isso, os CD-Players automotivos, que desbancaram os indefectíveis toca-fitas das décadas de 70 e 80 (dos quais muita gente já nem se lembra mais), acabaram superados pelos diligentes “chaveirinhos”, já que a maioria dos veículos de fabricação recente disponibiliza uma portinha USB.

Observação: Uma fita K7 comportava algumas dezenas de faixas musicais (isso as que a gente gravava, já que as “oficiais” traziam as 12 ou 13 faixas do LP correspondente, e um abraço). Já um CD-R (de 650/700 MB) permite armazenar cerca de 100 faixas (no formato MP3), ao passo que um pendrive de 16 GB (que custa menos de R$ 20) comporta 7.500 músicas (de 4 minutos cada, a 128 Kbps), o que dá para ouvir durante 20 dias, sem interrupções nem repetições. Sem mencionar que, por pouco mais de R$ 100, você compra um modelo com capacidade para inacreditáveis 1 TB (1024 GB). E isso num dispositivo menor que uma tampa de caneta Bic.

O resto fica para a próxima, pessoal. Abraços e até lá.

E como hoje é sexta-feira:

Oswaldo tirou o papel do bolso, conferiu a anotação e perguntou à balconista:
-Moça, vocês têm pendrive?
-Temos, sim.
-O que é um pendrive? Pode me esclarecer? Meu filho me pediu para comprar um.
-Bom, pendrive é um aparelho em que o senhor salva tudo o que tem no computador.
-Ah, é como um disquete...
-Não. No pendrive o senhor pode salvar textos, imagens e filmes. O disquete, que nem existe mais, só salva texto.
-Ah, tá bom. Vou querer.
-Quantos gigas?
-Hein?
-De quantos gigas o senhor quer o seu pendrive?
-O que é giga?
-É o tamanho do pen.
-Ah, tá. Eu queria um pequeno, que dê para levar no bolso sem fazer muito volume.
-Todos são pequenos, senhor. O tamanho, aí, é a quantidade de coisas que ele pode arquivar.
-Ah, tá. E quantos tamanhos têm?
-Pode ter 2; 4; 8; 16 gigas...
-Hmmmm, meu filho não falou quantos gigas queria.
-Neste caso, o melhor é levar o maior.
-Sim, eu acho que sim. Quanto custa?
-Bem, o preço varia conforme o tamanho. A sua entrada é USB?
-Como?
-É que para acoplar o pen no computador, tem que ter uma entrada compatível.
-USB não é a potência do ar condicionado?
-Não, isso é BTU.
-Ah! É isso mesmo. Confundi as iniciais. Bom, sei lá se a minha entrada é USB.
-USB é assim ó: com dentinhos que se encaixam nos buraquinhos do computador. O outro tipo é este, mais tradicional, o senhor só tem que enfiar o pino no buraco redondo. Seu computador é novo ou velho? Se for novo é USB.
-Acho que tem uns dois anos. O anterior ainda era com disquete. Lembra do disquete? Quadradinho, preto, fácil de carregar, quase não tinha peso. Meu primeiro computador funcionava com aqueles do tipo bolacha, grandões e quadrados. Era bem mais simples, não acha?
-Os de hoje nem têm mais entrada para disquete. Ou é CD ou pendrive.
-Que coisa! Bem, não sei o que fazer. Acho melhor perguntar ao meu filho.
-Quem sabe o senhor liga pra ele?
-Bem que eu gostaria, mas meu celular é novo, tem tanta coisa nele que ainda nem aprendi a discar.
-Deixa eu ver. Poxa, um smartphone! Este é bom mesmo! Tem Bluetooth, banda larga, Touch Screen, câmera fotográfica, flash, filmadora, rádio AM/FM, TV digital, micro-ondas...
-Blutufe? E micro-ondas? Dá pra cozinhar com ele?
-Não senhor. É que ele funciona no sub-padrão, por isso é muito mais rápido.
-E pra que serve esse tal de blutufe?
-É para o telefone se comunicar com outro, sem fio.
-Que maravilha! Essa é uma grande novidade! Mas os celulares já não se comunicam com os outros sem usar fio? Nunca precisei de fio para ligar para outro celular. Fio em celular, que eu saiba, é apenas para carregar a bateria...
-Não, já vi que o senhor não entende nada, mesmo. Com o Bluetooth o senhor passa os dados do seu celular para outro, sem usar fio. Lista de telefones, por exemplo.
-Ah! E antes precisava de fio?
-Não, tinha que trocar o chip.
-Hein? Ah, sim, o chip. E hoje não precisa mais chip...
-Precisa, sim, mas o Bluetooth é bem melhor.
-Legal esse negócio do chip. O meu celular tem chip?
-Sim, tem chip.
-E eu faço o quê com o chip?
-Se o senhor quiser trocar de operadora, portabilidade, o senhor sabe.
-Sei, sim, portabilidade, não é? Claro que sei. Não ia saber uma coisa dessas, tão simples? Imagino então que para ligar tudo isso, no meu celular, depois de fazer um curso de dois meses, eu só preciso clicar nuns duzentos botões...
-Nããão! É tudo muito simples, o senhor logo apreende. Quer ligar para o seu filho? Anote aqui o número dele. Isso. Pronto, agora é só o senhor apertar o botão verde...
Oswaldo segura o celular com a ponta dos dedos, receando ser levado pelos ares, para um outro planeta:
-Oi filho, é o papai. Sim. Diz-me, filho, o seu pen drive é de quantos... Como é mesmo o nome? Ah, obrigado, quantos gigas? Quatro gigas está bom? Ótimo. E tem outra coisa, o que era mesmo? Nossa conexão é USB? É? Que loucura. Então tá, filho, papai está comprando o teu pen drive.
-Que idade tem seu filho?
-Vai fazer dez em março.
-Que gracinha...
-É isso moça, vou levar um de quatro gigas, com conexão USB.
-Certo, senhor. Embalagem para presente?
No escritório, Oswaldo examina o pendrive, minúsculo, menor do que um isqueiro, capaz de gravar filmes... Olha desconfiado para o celular sobre a mesa. "Máquina infernal", pensa. “Eu preciso apenas de um telefone para fazer e receber chamadas, não de um aparelho tão complexo que somente especialistas saberão utilizar”. Em casa, ele entrega o pen drive ao filho e pede para ver como funciona. O garoto insere o aparelho e uma janelinha é exibida no monitor. Em seguida, o menino clica com o mouse e abre-se uma webpage em inglês. Seleciona umas palavras e um “heavy metal” infernal invade o quarto e os ouvidos
de Oswaldo. Outro clique e a música termina. O garoto diz:
-Pronto, pai, baixei a música. Agora eu levo o pendrive para qualquer lugar e onde tiver uma entrada USB eu posso ouvir a música. No meu celular, por exemplo.
-Seu celular tem entrada USB?
-É lógico. O seu também.
-É? Quer dizer que eu posso gravar músicas num pendrive e ouvir pelo celular?
-Se o senhor não quiser baixar direto da internet...
Naquela noite, antes de dormir, Oswaldo deu um beijo na esposa e disse:
-Sabe que eu tenho Blutufe?
-Como é que é?
-Bluetufe. Não vai me dizer que não sabe o que é?
-Não enche, Oswaldo, deixa eu dormir.
-Meu bem, lembra como era boa a vida, quando telefone era telefone, gravador era gravador, toca-discos tocava discos e a gente só tinha que apertar um botão para as coisas funcionarem?
-Claro que lembro, Oswaldo. Hoje é bem melhor, né? Várias coisas numa só, até Bluetufe você tem. E conexão USB também. Que ótimo, Oswaldo, meus parabéns.
-Clarinha, com tanta tecnologia a gente envelhece cada vez mais rápido. Fico doente de pensar em quanta coisa existe por aí que nunca vou usar.
-Ué? Por quê?
-Porque eu aprendi a usar computador e celular e tudo o que sei já está ultrapassado.
-Por falar nisso, precisamos trocar nossa televisão.
-Por quê? Ela quebrou?
-Não. Mas não tem HD, SAP, PIP...
-E blutufe, a nova vai ter?
-Boa noite, Oswaldo, vai dormir que eu não aguento mais...

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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

DO DISQUETE AO PENDRIVE E COMO RECUPERAR O ESPAÇO ORIGINAL NOS UTILÍSSIMOS “CHAVEIRINHOS” DE MEMÓRIA

BRINCANDO, PODE-SE DIZER TUDO. ATÉ A VERDADE.

Nos tempos de antanho, computadores não tinham disco rígido; os programas eram carregados através de fitas magnéticas e, mais adiante, de “disquetes”.

Lançados no final dos anos 1960, esse tipo de mídia removível só chegou ao mercado no final de 1971. Suas primeiras versões mediam 8 polegadas (cerca de 20 cm), mas ofereciam míseros 8 kB de espaço para armazenamento de dados. Viriam em seguida os modelos de 5 ¼ polegadas e 160 kB (em 1984, quando sua produção foi descontinuada, eles já eram capazes de armazenar 1,2 MB) e, mais adiante, as versões de 3 ½ polegadas, que reinaram na década de 90 como solução primária para armazenamento e transferência de arquivos digitais, a despeito de comportarem apenas 1,44 MB (houve modelos de 2,88 MB e 5,76 MB, mas, por qualquer razão, eles não se popularizaram entre usuários de PCs).

Devido à capacidade medíocre e à tendência de embolorar e desmagnetizar dos disquetes, foram desenvolvidas alternativas como o ZipDrive, que era parecido com um Floppy Disk de 3 ½ polegadas, mas oferecia bem mais espaço (entre 100 e 750 megabytes), além de velocidade de transferência superior e menor tempo de busca. A solução representou uma verdadeira revolução em armazenamento removível, mas não chegou a se popularizar entre usuários domésticos; primeiro, devido ao preço elevado, segundo, por conta das expressivas vantagens das mídias ópticas, notadamente quanto até mesmo os PCs de entrada de linha passaram a integrar leitoras/gravadores de CD e DVD. Por conta disso, os fabricantes de computadores deixaram de oferecer o floppy drive (ou drive de disquete, se você preferir) ― inicialmente nos notebooks, depois nos desktops.

Com o novo milênio veio o pendrive, que utiliza memória flash e a revolucionária interface USB. Seu tamanho reduzido e sua respeitável capacidade de armazenamento logo conquistaram os usuários e levaram os fabricantes de PCs a eliminar de suas planilhas de custos os drives de mídia óptica, embora alguns modelos continuem integrando esses dispositivos. Claro que a maioria de nós ainda tem um DVD Player acoplado à TV, mesmo que as locadoras de filmes em DVD estejam minguando, devido em grande medida à popularização dos serviços de streaming, como o Netflix ― que, aliás, deve receber em breve uma atualização que permitirá baixar os filmes e assisti-los posteriormente, sem conexão com a internet (o que talvez seja uma resposta à deplorável franquia de dados que as operadoras querem impingir aos usuários de banda larga fixa ― assunto que eu já abordei em diversas oportunidades nos últimos meses, como foi o caso desta postagem).

Continua no próximo post, pessoal. Abraços e até lá.

A REDUÇÃO NO NÚMERO DE PARTIDOS E OS PROTESTOS CONTRA A PEC DOS GASTOS

O Senado aprovou na última quarta-feira a redução do número de partidos políticos. A medida precisa passar por mais um turno de votação e receber também o aval da Câmara dos Vagabundos, digo, dos Deputados, para passar a valer nas próximas eleições, quando então as siglas terão de obter um mínimo de 2% dos votos válidos em ao menos 14 estados ― percentual que subirá para 3% a partir de 2022. 

Diante do absurdo que é o cenário político atual, com 35 partidos inscritos no TSE ― e uma penca de agremiações pleiteando registro para mamar nas tetas do fundo partidário ―, o Legislativo não tem como funcionar. E o mesmo se aplica ao Executivo, notadamente num sistema presidencialista de coalizão, pois é impossível reunir tantas vertentes distintas para formar uma base aliada. E, como sabemos, os cargos e as que o governo usa como moeda de troca na compra de apoio de rufiões da pátria e proxenetas do Congresso ― na excelente definição do ex-senador Delcídio do Amaral ― são limitados.

Reduzir o número de partidos é apenas um dos itens da ampla reforma política que precisa ser levada a efeito no Brasil. Infelizmente, são as raposas que tomam conta do galinheiro, e como os políticos veem primeiro seus interesses ― e só depois, se calhar, sobrar tempo e der jeito, dedicar alguma atenção aos interesses da população como um todo ―, a conclusão é óbvia.
Enfim, a proposta tem seus méritos e pode corrigir distorções que prejudicam o país, embora seja eminentemente oportunista, já que o motivo de nossos parlamentares se debruçarem sobre essa questão é a redução da verba de campanha imposta pela proibição de doações de pessoas jurídicas, que os estimula a compensar as perdas com uma fatia maior do fundo partidário.

Outro ponto importante é a PEC dos gastos, que o governo vem tentando aprovar a toque de caixa para evitar que o Brasil se torne um Rio de Janeiro de dimensões continentais (para quem não sabe, o segundo estado mais importante da Federação está sem recursos até mesmo para honrar a folha de pagamento dos servidores ativos e aposentados). Tem muita gente contra, inclusive estudantes secundaristas, que recentemente invadiram escolas e tumultuaram a realização do ENEM, prejudicando quase 200 mil colegas ― que terão de realizar a prova no início do mês que vem. 

Ocorre que esses “manifestantes”, em sua maioria, não têm a menor ideia de contra o que estão protestando. Além de não saberem do que trata a tal PEC, eles desconhecem até mesmo o significado da sigla: dias atrás, o próprio Michel Temer afirmou ter ouvido um estudante dizer que “PEC” é uma “PROPOSTA DE ENSINO COMERCIAL”.

O número de alunos que concluem o ensino médio sem saber ler e escrever vem crescendo em progressão geométrica, em parte por culpa das escolas ― tanto públicas quanto privadas ―, onde professores despreparados, desmotivados e mal remunerados desviam o foco do português e da matemática para a doutrinação política, religiosa e de gênero. Parafraseando a jornalista Ruth de Aquino, “Escolas deveriam ensinar; alunos deveriam estudar; deputados e senadores deveriam trabalhar; vereadores NÃO deveriam aprovar sua própria aposentadoria; prefeitos e seus apaniguados NÃO deveriam rezar o Pai-Nosso e transformar Deus num correligionário ― como fez Crivella no Rio de Janeiro. Hospitais deveriam ter leitos, medicamentos, tomógrafos e ser centros de cura, não centros de humilhação. Policiais deveriam garantir a segurança, e não sair matando gente inocente. O desvio de função é que nos deixa sem teto e sem chão”.

Para piorar, gente que supostamente deveria saber o que diz ― até por dever de ofício, já que ocupa uma cadeira no Senado Federal ― aposta no quanto pior melhor e faz oposição sistemática e revanchista às tentativas do governo de reverter o quadro deplorável criado pela incompetente que desgovernou o país até meados de abril passado. Falo de Gleisi Hoffmann, que, durante a discussão da PEC dos gastos, Gleisi Hoffmann, propôs que a medida, se aprovada, seja submetida a um plebiscito antes entrar em vigor.

Mulher do ex-ministro Paulo Bernardo ― que foi preso em meados deste ano, suspeito de ter comandado um esquema de corrupção que rapinou mais de R$ 100 milhões dos servidores públicos que contraíram empréstimos consignados entre 2010 e 2015, mas foi solto pouco depois por obra e (des)graça do ministro Dias Toffoli ―, Gleisi é endeusada por uma seleta confraria de apedeutas que, como os camarões, parecem ter os intestinos na cabeça. Dias atrás, uma publicação num “Petralha-News” qualquer dizia que essa energúmena teria “destruído argumentos a favor da PEC e deixado seus pares boquiabertos”. Pura falácia. Na verdade, a petista começou a denegrir sua biografia quando resolveu liderar a tropa de choque de Lula e Dilma e, concluído o impeachment, adotou uma postura inconsequente, revanchista e despropositada.

Para o senador Eunício Oliveira, relator da PEC, o propósito de Gleisi era tumultuar trabalhos e retardar a votação de uma medida essencial para o país a sair da crise ― gestada e parida pela nefelibata da mandioca, que a senadora tanto defende. Felizmente, os demais parlamentares (salvo a turminha vermelha e sem-vergonha) viram a manobra como ela realmente é, ou seja, uma clara tentativa de sabotagem. Aliás, quando conversava com uma jornalista, Gleisi foi perguntada por uma passante se já estava pronta para ir para a cadeia. Ela respondeu que não, mas que a mulher bem poderia ir em seu lugar. Mas ouviu na lata que a bandida, ali, era ela [Gleisi].

No entanto, como vimos e ouvimos baixarias ainda piores nas campanhas pela sucessão presidencial da maior potência do mundo, vou encerrar por aqui.

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terça-feira, 6 de setembro de 2016

VOCÊ SABE QUAL É O MELHOR SISTEMA DE ARQUIVOS PARA FORMATAR PENDRIVES?

SE TODOS CONHECESSEM A INTIMIDADE SEXUAL UNS DOS OUTROS, NINGUÉM CUMPRIMENTARIA NINGUÉM.

No finalzinho da postagem anterior, eu adiantei que o Windows oferece três opções de sistema de arquivos para a formatação de dispositivos de memória, e que cada qual apresenta vantagens e desvantagens, conforme o uso que ser fará do componente e o tipo de aparelho no qual ele será conectado. Agora, veremos qual a melhor opção para você formatar seus dispositivos de memória. Acompanhe:

Observação: Por sistema de arquivos, entenda-se o conjunto de estruturas lógicas que permite ao sistema operacional acessar e gerenciar dispositivos de memória (como HDs, SSDs e chips de memória flash presentes em pendrives e SD Cards). Cada sistema de arquivos possui suas peculiaridades ― como limitações, qualidade, velocidade, gerenciamento de espaço, entre outras características ―, que definem como os dados que formam os arquivos serão armazenados e de que forma o sistema operacional terá acesso a eles.

O crescimento progressivo da capacidade de armazenamento dos drives (hoje em dia, é comum os PCs domésticos disporem de HDs com 1 TB ou mais de espaço) contribuiu para o surgimento de novos sistemas de arquivos. Até o Win95, o sistema usado era o limitado FAT16 (de File Allocation Table), que foi substituído pelo FAT32 e, mais recentemente, pelo NTFS (sigla de New Technology File System), que oferece suporte a criptografia e recursos de recuperação de erros.

O FAT16 não era capaz de gerenciar drives com mais de 2 GB, sem mencionar que o tamanho avantajado de seus clusters (setores de alocação) davam margem a um grande desperdício de espaço. O FAT32, que foi usado até a edição ME do Windows, trabalhava com clusters menores, mas era até 6% mais lento que o FAT16, não gerenciava partições maiores que 32 GB, não reconhecia arquivos com mais de 4 GB e, para completar, era considerado inseguro, daí o Windows XP e seus sucessores terem adotado o NTFS, que não utiliza clusters (e, portanto, não propicia desperdício de espaço) e permite configurar permissões para cada tipo de arquivo, de modo a impedir que usuários não autorizados acessem determinados arquivos do sistema operacional.

A maioria dos pendrives é formatada em FAT32, para garantir a leitura e gravação de arquivos em computadores com Windows, Mac OS e Linux, além de videogames e aparelhos que possuem interfaces USB. Mas formatar um SD Card em FAT32 ― no qual, como dito, o tamanho dos arquivos é limitado a 4 GB pode resultar numa indesejável divisão dos arquivos quando o usuário grava um clipe de vídeo, por exemplo, de modo que você deve optar por esse sistema somente em pendrives em dispositivos de armazenamento externo mais antigos e de baixa capacidade de armazenamento (menos de 4 GB) ou que não suportem outras opções de formatação.
O NTFS, criado em 1993 e utilizado inicialmente no Windows NT, foi adotado também nas versões domésticas do sistema a partir do XP e continua sendo utilizado até hoje, inclusive no Windows 10

Para pendrives e unidades de armazenamento externo, todavia, os especialistas não recomendam sua adoção, já que eles realizam atividades de leitura e gravação maiores do que os sistemas FAT32 e exFAT ― o que diminui a vida útil dos dispositivos ― e não são compatíveis com consoles Playstation, por exemplo.
O exFAT surgiu em 2006 e foi adicionado às edições XP e Vista do Windows mediante atualizações. Trata-se de um sistema de arquivos otimizado para pen drives ― até porque é eficiente como o FAT32 e, como o NTFS, não apresenta limitações de tamanho dos arquivos ―, sendo a opção mais acertada para formatação de dispositivos de armazenamento externo com capacidade superior a 4 GB.

Resumo da ópera: Prefira o NTFS para formatar HDs internos operados pelo Windows, use o exFAT em pendrives e HDs externos (USB) e opte pelo FAT32 somente no caso de o dispositivo que você for formatar não suportar outros sistemas de arquivos.

Era isso, pessoal. Bom dia a todos, bom feriado e até a próxima.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

VÍRUS NO PENDRIVE (conclusão)

SOU REACIONÁRIO. MINHA REAÇÃO É CONTRA TUDO QUE NÃO PRESTA.

Antes de prosseguir no assunto da postagem de sexta-feira, volto a enfatizar importância de manter backups atualizados de arquivos pessoais e de difícil recuperação. E como quem tem dois tem um e quem tem um não tem nenhum, sugiro manter mais de uma cópia de segurança: por exemplo, além de armazenar o backup em outra partição que você criou no HD do seu PC, envie uma cópia para um drive virtual e/ou salve-a num pendrive, num HD USB ou num CD ou DVD (caso sua máquina disponha de um gravador de mídia óptica, naturalmente). Dito isso, vamos adiante.

Certifique-se de que você instalou no seu Windows todas as atualizações críticas e de segurança disponibilizadas pela Microsoft. No Ten, as atualizações automáticas vêm ativadas por padrão, mas convém verificar se porventura não existe alguma coisa pendente (mais informações na sequência de postagens iniciada por esta aqui). Feito isso, atualize sua suíte de segurança (ou aplicativo antivírus, conforme o caso). O procedimento varia de uma ferramenta para outra, mas geralmente é bastante intuitivo e no mais das vezes consiste em clicar em Atualizar, Check for updates, ou coisa parecida. Na dúvida, consulte a Ajuda do seu aplicativo.

Cumpridas essas etapas, assegure-se de que seu sistema esteja limpo fazendo uma varredura completa. Aliás, convém repetir esse procedimento semanalmente.

Observação: Segurança é um hábito e, como tal, precisa ser cultivado. Então, mantenha seu sistema e arsenal de defesa sempre atualizados, e não apenas quando ― e se ― for tentar desinfetar um dispositivo de mídia removível.      

Na sequência, espete o pendrive na portinha USB do computador, abra o Explorer, clique com o botão direito no ícone que representa o dispositivo removível e, no menu suspenso que se abrir em seguida, selecione a opção que comanda a varredura com o antivírus.

Supondo que você não consiga se livrar da praga, o jeito será partir para a reformatação do pendrive. Para isso, ainda na janela do Explorer, torne a clicar sobre o ícone que representa a unidade em questão e escolha agora a opção Formatar. Se o ícone não estiver visível, pressione o atalho de teclado Win+R, digite diskmgmt.msc e tecle Enter para abrir o Gerenciamento de Disco. Se não houver problemas de hardware (físicos) que impeçam o funcionamento do drive ou da porta USB, a unidade deverá aparecer listada e você poderá seguir os passos retro citados para executar a formatação.

Note que, ao formatar um pendrive, um cartão de memória, um HD USB ou mesmo um disco rígido convencional, o Windows oferece 3 opções de sistema de arquivos: NTFS, FAT32 ou exFAT. Todos elas têm vantagens e desvantagens, à luz do uso que será feito da unidade de armazenamento e do dispositivo na qual ela será conectada. Mas isso já é conversa para uma próxima oportunidade. 

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

COMO REMOVER VÍRUS DO PENDRIVE

CUIDADO COM O QUE VOCÊ DESEJA. ÀS VEZES, NÃO CONSEGUIR O QUE VOCÊ QUER É UMA TREMENDA SORTE.

As pragas eletrônicas ― criadas experimentalmente em meados dos anos 50, e que, 30 anos depois, foram batizadas como “vírus” por terem características semelhantes às de seus correspondentes biológicos ― continuam ativas e operantes. No entanto, diferentemente dos códigos maliciosos que grassavam lá pela virada do século, quando os usuários de PCs passaram a acessar a Internet, os malwares ― termo usado para designar qualquer praga digital, dos vírus tradicionais aos worms, dos trojans aos adwares e spywares) que ora nos ameaçam não buscam provocar danos nos sistemas, mas sim invadir nossa privacidade em busca de informações confidenciais/pessoais, notadamente senhas bancárias e números de cartões de crédito, o que os torna ainda mais nocivos.

Para piorar, a popularização dos pendrives, cartões de memória e HDs externos contribuiu para aumentar significativamente o perigo de infecção, já que esses dispositivos servem para armazenar e transportar dados, e, portanto, é comum a gente os conectar no computador da escola, do escritório, da namorada, do cibercafé, e assim por diante. E a despeito de a segurança dos sistemas vir sendo aprimorada a cada nova edição, o risco continua existindo, até porque a maioria dos usuários de desktops, notebooks, tablets e até smartphones não dá a devida importância algumas recomendações básicas, mas funcionais, que podem fazer toda a diferença.

Caso seu pendrive (ou cartão de memória, ou HD USB) seja infectado, o melhor a fazer é formatá-lo, já que esse processo apaga todas as informações armazenadas, inclusive os eventuais códigos maliciosos. No entanto, se você não tiver criado um backup das fotos de família, declarações de rendimentos, lista de senhas e outros arquivos pessoais importantes que gravou no dispositivo, bye, bye. Então, para não resolver um problema e criar outra (possivelmente ainda maior), vale tentar antes uma solução menos radical, como veremos na próxima postagem.

E como hoje é sexta-feira:

Pedro era um empresário bem-sucedido, mas complexado, porque não tinha as orelhas. Certa vez, ao precisar de um novo gerente, ele selecionou três currículos e marcou as entrevistas.
O primeiro candidato era ótimo. Conhecia tudo e era muito interessado. Ao final da conversa Pedro, perguntou:
- Você percebeu alguma coisa diferente em mim?
E ele respondeu:
- Sim, não pude deixar de reparar que o senhor não tem orelhas.
Pedro achou a franqueza rude e dispensou o candidato.
A segunda da lista era uma mulher, ainda melhor talhada para o cargo do que o candidato anterior. Entusiasmado, Pedro fez a pergunta:
- Você percebeu alguma coisa diferente em mim?
E ela:
- Bem, você não tem orelhas.
Pedro mandou-a embora e chamou o último, que era jovem, boa pinta, bem-falante, recém-formado e muito competente. Sem perder tempo, Pedro disparou a fatídica pergunta:
- Você percebeu alguma coisa diferente em mim?
Para sua surpresa, o jovem respondeu:
- Sim, você usa lentes de contato.
Satisfeito, Pedro apertou a mão do rapaz e disse:
- Está contratado. Você é um observador incrível. Mas, cá entre nós, como reparou que uso lentes?
O moço caiu na risada:

- Ora, porque é difícil pra cacete usar óculos sem ter as malditas orelhas!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

PEDRIVES CRIPTOGRAFADOS E OUTRAS SOLUÇÕES PARA PROTEGER SEUS DADOS


HOJE VOCÊ LANÇA AS PALAVRAS; AMANHÃ SENTE OS EFEITOS DELAS.

Embora a figura do backup remonte ao alvorecer da era PC, é grande o número de usuários de computador que amargam a perda de dados pela ação de malwares ou devido a problemas lógicos ou físicos em suas unidades de armazenamento interno (os assim chamados discos rígidos). Para piorar, embora tenham sido usados durante décadas no armazenamento externo e transporte de dados digitais, emboloravam e desmagnetizavam com facilidade, e como o espaço que ofereciam era pra lá de miserável (1.44 MB), arquivos volumosos precisavam ser fragmentados e gravados em vários disquinhos, e bastava um deles “micar” para a vaca ir pro brejo.

Felizmente, os prosaicos disquinhos foram devidamente aposentados pelos pendrives e HDs externos, cujos preços vêm caindo na razão inversa do aumento de sua capacidade de armazenamento. O problema é que esses dispositivos (notadamente os pendrives) são fáceis de perder, e tudo que se perde tem grandes chances de cair em mãos erradas.

Se você usa o pendrive para fazer backups de arquivos de difícil recuperação ou transportar dados de um lado para outro (ou mesmo para ouvir horas e horas de música em .mp3 no player do carro, por exemplo), não há motivo para se preocupar em proteger os dados de possíveis curiosos, mas para quem armazena informações confidenciais, um modelo com criptografia embutida pode ser a melhor solução; embora custe mais caro do que os pendrives convencionais, a tranquilidade proporcionada pela proteção vale cada centavo adicional (clique aqui para mais informações).

Observação: A Kingston lançou dois pendrives criptografados que prometem segurança total dos dados. Os aparelhos são destinados ao uso corporativo, mas também podem ser utilizados por usuários domésticos. Trata-se do DataTraveler 4000 Gen. 2 e do DataTraveler 4000 Gen. 2 Management Ready, que possuem certificação FIPS 140-2 Level 3 e uma trava inviolável que garante a segurança dos aparelhos ao detectar tentativas de acesso, uso ou modificação do módulo de criptografia. Suas informações são protegidas com criptografia baseada em hardware de 256 bits AES no modo XTS e uma capa de titânio revestida de aço inoxidável.

Quem já possui um pendrive de grande capacidade (ou um HD externo) pode criptografá-lo com programinhas como o EncryptStick. Além do preço mais camarada (US$ 14) e da possibilidade de ser testada gratuitamente, a ferramenta acomoda os arquivos criptografados no espaço estritamente necessário, permitindo que você use o restante para armazenar dados que dispensam essa proteção.

E como hoje é sexta-feira:

Quando criou o Homem e os distribuiu pelos quatro cantos do mundo, Deus concedeu a cada povo apenas duas virtudes. Assim, os suíços, Ele os fez estudiosos e respeitadores da lei; os britânicos, organizados e pontuais; os argentinos, chatos e arrogantes; os japoneses, trabalhadores e disciplinados,os italianos, expansivos e românticos; os franceses, cultos e finos; e os Brasileiros, inteligentes, honestos e petistas.
Estranhando o fato, o anjo encarregado de anotar as qualidades perguntou ao Criador:
— Senhor, por que os brasileiros receberão um atributo extra?
— Bem observado — disse o Senhor. — Façamos então uma correção: eles manterão as três benesses, mas não poderão utilizar mais de duas simultaneamente, como os demais povos. Assim, o que for petista e honesto não poderá ser inteligente; o que for petista e inteligente não poderá ser honesto, e o que for inteligente e honesto não poderá ser petista.

Palavras do Senhor.


Bom f.d.s. a todos. 

EM TEMPO: No canto superior direito da nossa home, eu informo os links para três das minhas comunidades na Rede .Link. Para quem ainda não foi lá conferir, segue abaixo uma postagem que eu publiquei hoje em CENÁRIO POLÍTICO TUPINIQUIM.

LULA DECIDIU CONTRATAR UM CRIMINALISTA DE PESO. É O ESPECIALISTA CERTO PARA SUA BIOGRAFIA

Por incrível que pareça, o capo di tutti i capi ainda não é um investigado, embora o cerco se feche e as delações o coloquem no centro do escândalo do petrolão (Oh! Que surpresa!). Mas quem tem c* tem medo, e quem tem uma biografia como a dele não é exceção.

Até alguns dias atrás, Lula ia levando no gogó as acusações que citam seu nome no maior escândalo da história do Brasil: “Conspiração! Antipetismo! Estão tentando destruir o partido! Querem minar a liderança maior da legenda!”, e por aí afora. Mas os dados que começam a vir à luz nas delações premiadas da Lava-Jato levaram-no a contratar o criminalista o Nilo Batista. Segundo a FOLHA, a sugestão foi do deputado federal petista Wadih Damous, ex-presidente da OAB-RJ, que é amigo de Lula, atua como uma espécie de conselheiro em suas questões jurídicas e agora busca ocupar o lugar que foi de Márcio Thomaz Bastos. Mas é visível que lhe falta o cérebro daquele, e que seu fígado é muito mais avantajado. 

Os petistas promovem uma grande gritaria para tentar blindar o “chefe”, que hoje é investigado apenas pela Procuradoria- Geral, em Brasília, por suposto tráfico de influência em favor da Odebrecht — aspecto que é quase marginal no conjunto da Lava-Jato. O PT e o próprio Lula fizeram um balanço da situação e chegaram à conclusão de que os fatos vão convergindo para aquele que governava quase como o Rei-Sol. Se a delação de Fernando Baiano já havia complicado a vida de Lula, a de Nestor Cerveró referendou a do outro (vide postagens anteriores).

Segundo Eliane Castanhêde o empreiteiro Leo Pinheiroda OAS, é uma metralhadora giratória contra tudo e todos, mas sua vítima mais importante é Jaques Wagner, ex-governador da Bahia, ex-ministro da Defesa, atual chefe da Casa Civil e potencial nome do PT para a Presidência em 2018. No coração de um governo que convive com um processo de impeachment, inflação muito acima do teto e do razoável, recessão que se alastra pelo segundo ano seguido e uma angustiante falta de rumo, Wagner trocou de personagem nas manchetes: até 2015, ele ensaiava ser o ministro que dava o tom político do governo; em 2016, virou o ex-governador suspeito de relações perigosas com empreiteiro onipresente.

Nas mensagens de Léo Pinheiro, Lula era chamado de “Brahma” e Wagner, de “Compositor”. Aliás, dentre os tantos apelidos descobertos pela Operação Lava-Jato, até Dilma e Lula tinham um... em conjunto: mensagens obtidas do celular de Pinheiro mostram que executivos da empresa se referiam à dupla como "Luma". "Vai ser duro! Haja Luma [Lula + Dilma]", disse um deles sobre a vantagem de ACM Neto sobre Nelson Pellegrino na campanha à prefeitura de Salvador em 2012, na qual o neto do finado ACM sênior derrotou o candidato petista. Mas isso é assunto para uma próxima postagem.

De momento, cumpre salientar que o Compositor não está sozinho na lista de Léo Pinheiro, que inclui os também ministros Edinho Silva e Henrique Eduardo Alves, além de Edison Lobão, Renan Calheiros e Eduardo Cunha (assim como Pinheiro também não está sozinho, pois integra uma malta de empreiteiros, executivos e lobistas presos, e a lista de delatores só vem crescendo: vem aí Luís Eduardo Campos Barbosa da Silva, o “Robin”, e provavelmente Mauro Marcondes, da Operação Zelotes).

Ouvido pela FOLHA, o criminalista contratado por Lula insistiu na tese da perseguição, mas sabe que isso não passa de conversa mole: “Há um esforço para a criminalização do ex-presidente”. Não diz esforço de quem: “Não quero fulanizar”. Bem, nem conseguiria, uma vez que isso não existe. Trata-se apenas de uma pressão para ver se intimida os investigadores.

Pouco a pouco as coisas vão se encaixando. Agora Lula já tem um criminalista — o especialista adequado para alguém com a sua história.

Para ler a íntegra da matéria publicada por Reinaldo Azevedo em seu Blog, siga o link http://zip.net/bpsJN4.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

UTILÍSSIMOS, MAS PERIGOSOS, PENDRIVES (DESCONHECIDOS) NÃO SÓ OFERECEM RISCOS DE INFECÇÕES DIGITAIS, MAS TAMBÉM PODEM DESTRUIR (LITERALMENTE) SEU COMPUTADOR

UMA IMPRUDÊNCIA QUE VINGA COMPROMETE A INTELIGÊNCIA DA CORAGEM.

Aqui vai um alerta para quem não resiste à tentação de espetar no computador pendrives desconhecidos, como aqueles encontrados entre as almofadas do sofá da sala de espera do dentista ou no banco do táxi, por exemplo: um dispositivo com aparência de memory stick, mas capaz de causar sobrecarga elétrica suficiente para torrar os componentes do PC ao qual é conectado, foi criado recentemente por um pesquisador russo.

Embora o “pai da criança” não tenha publicado os esquemas para a montagem, o aparato em questão é composto basicamente por um conversor de corrente e alguns capacitores soldados a uma pequena placa de circuito (componentes encontrados facilmente em lojas de suprimentos eletrônicos, tanto do mundo físico quanto online; siga este link para mais detalhes), de modo que pessoas habilidosas e com algum conhecimento de engenharia elétrica podem partir do conceito e chegar ao mesmo resultado sem grandes dificuldades.

Observação: Quando o dispositivo é conectado, os capacitores são carregados e, descarregados por um transistor repetidas vezes, até que a tensão vença as proteções elétricas e cause uma sobrecarga suficiente para correr pelas trilhas de contatos da placa-mãe, danificando capacitores e  fulminando tudo o que estiver pela frente, inclusive o processador (em tese, o efeito será igualmente devastador se o gadget for conectado a tablets, smartphones, televisores, aparelhos de som ou qualquer outro aparelho que disponibilize uma interface USB).

Então, fica a recomendação: espetar chaveirinhos de memória desconhecidos em qualquer máquina, notadamente na de trabalho, quase sempre é uma péssima ideia. E se até agora o risco era de “apenas” uma indesejável infecção por malware, logo o resultado poderá ser bem mais “devastador”.

Lembre-se: A CURIOSIDADE MATOU O GATO.