A FORCA É O MAIS DESAGRADÁVEL DOS INSTRUMENTOS DE CORDA.
Os golpes online nada mais são do que a adaptação da velha vigarice ao universo digital. No
entanto, em vez de armar sua mesinha numa praça e “depenar os patos” com o jogo das tampinhas, o cibervigarista
“trabalha” em casa ou em qualquer lugar onde haja uma rede Wi-Fi que lhe
permita enviar emails em ou mensagens instantâneas com anexos e links
maliciosos a centenas ou milhares de destinatários.
Colocando a coisa em outras palavras: a
evolução tecnológica permite que o velho 171
seja aplicado remotamente e o anzol, lançado simultaneamente para um sem-número
de vítimas potenciais, que por ingenuidade ou cobiça acabam mordendo a isca.
Como é sempre mais fácil pegar moscas com mel do que com
vinagre ― já que ninguém é trouxa a ponto de abrir um anexo de email ou clicar
num link qualquer se a maracutaia for evidente ―, a bandidagem digital se vale
dos mais variados artifícios, e criatividade não lhe falta. Para dourar a
pílula, ou seja, tornar a isca atrativa, os crackers recorrem à engenharia social, mas, se a
embalagem varia, o conteúdo e o propósito são sempre os mesmos: lesar os
incautos em benefício próprio através dos mais variados engodos, e assim
capturar dados de login, senhas, números de cartões de
crédito e de documentos, enfim
tudo lhes que sirva para “depenar o pato”.
De mensagens de email com anexos ou links que prometem
exibir “fotos reveladores de artistas famosos” às “ indefectíveis correntes do
bem”, dos cartões virtuais e vales-presente a apelos comoventes e pedidos de
ajuda para salvar crianças doentes, vale tudo para ilaquear a boa-fé dos
incautos. Via de regra, o perigo está nos anexos
e/ou nos links clicáveis ― que, uma
vez abertos ou seguidos, instalam “na surdina” toda sorte de programinhas
espiões (spywares) que monitoram as atividades
da vítima, colhem informações pessoais/confidenciais e as enviam para o
vigarista. Note, porém, que esses códigos nocivos também podem vir travestidos
de aplicativos úteis ou apensados a freewares legítimos, como é o caso dos PUPs (sigla em inglês para programas
potencialmente indesejados).
Mesmo que você não abra anexos transportados por emails de
origem desconhecida e não siga links que prometem mundos e fundos, sempre
existe o risco de cair numa página legitima “sequestrada” por cibercriminosos.
Em suma: como dizia Kevin Mitnick ―
o “maior hacker de todos os tempos” ―, computador
seguro é computador desligado.
Amanhã a gente continua. Até lá, curta esse clipe:
Se o vídeo não abrir, acesse https://youtu.be/iHmSjrCFfcE
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