MILITANTES
PETISTAS SÃO VACAS DE PRESÉPIO, MAS LULA E SEUS COMPARSAS SÃO RAPOSAS DE
GALINHEIRO.
Desktops e notebooks de fabricação recente integram discos
rígidos cuja capacidade vai além do terabyte, enquanto HDDs externos de centenas
de gigabytes são comercializados a preços razoáveis e latifúndios de dados
podem ser armazenados na nuvem sem que para isso seja preciso desembolsar
um tostão. Mesmo assim, nenhuma dessas soluções é tão prática ou
versátil quanto o pendrive, que, como vimos, custa relativamente barato e
oferece um bocado de espaço.
Como o espaço não é infinito e o gigantismos dos arquivos
multimídia que tendemos a armazenar nesses dispositivos faz com que sua
capacidade se esgote rapidamente, ou compramos um coleção de chaveirinhos de memória,
ou transferimos regulamente (para a nuvem, por exemplo) tudo aquilo que não
necessariamente precisamos carregar conosco de um lado para outro.
O problema é que podemos precisar de espaço justamente
quando o pendrive avisa que sua capacidade está esgotada e não temos como ir
até uma papelaria ou hipermercado comprar outro disposto. A solução, então, é
vasculhar o conteúdo do chaveirinho de memória e abrir o espaço necessário
transferindo ou simplesmente apagando arquivos, digamos, sacrificáveis, certo?
Sim, mas também é possível ganhar um bocado de espaço formatando o gadget para
o sistema de arquivos NTFS (mais
detalhes nesta
postagem e nas subsequentes) e ativando a compactação do disco do Windows.
Como sabe quem acompanha estas despretensiosas postagens, o Windows só consegue gerenciar um
dispositivo de memória de massa depois de ele ter sido formatado. "Formatar",
nesse caso, significa "inicializar o drive" mediante a criação de uma
tabela de alocação de arquivos
baseada num sistema de arquivos. Por sistema de arquivos, entenda-se o
conjunto de estruturas lógicas que permite ao sistema operacional acessar e
gerenciar dispositivos de memória (como HDDs, SSDs e
chips de memória flash presentes
em pendrives e SD Cards, etc.). Cada sistema de
arquivos possui peculiaridades ―
como limitações,
qualidade, velocidade, gerenciamento de espaço, entre outras características ―
que definem como os dados que formam os arquivos serão armazenados e de que forma o sistema operacional
terá acesso a eles.
Observação: Note que estamos falando de formatação lógica, que pode ser feita, desfeita e refeita sempre
que necessário, pois não altera a estrutura física dos discos nem interfere na
forma como a controladora os utiliza (ela apenas permite que o SO
"enxergue" as partições e define os parâmetros necessários para o
gerenciamento do espaço disponível). Já a formatação física, feita na etapa
final da fabricação do drive, não pode ser refeita pelo usuário.
Vale relembrar que o limitado FAT16 (FAT é a
sigla de File Allocation Table)
era padrão até o Win95, a
partir de quando foi substituído pelo FAT32 e,
mais adiante, pelo NTFS (sigla
de New Technology File System).
O FAT16 não era capaz de
gerenciar drives com mais de 2 GB,
e o tamanho avantajado de seus clusters (setores
de alocação) resultavam num grande desperdício de espaço. Seu sucessor, usado
até o WinME, trabalha com clusters
menores, mas é até 6% mais lento, não gerencia partições maiores que 32 GB nem reconhece arquivos com mais
de 4 GB, além de ser
considerado inseguro — daí a Microsoft
implementar no XP e nas
versões posteriores do Windows
o NTFS — que não usa clusters e
portanto reduz o desperdício de espaço, além de permitir configurar permissões
para cada tipo de arquivo, impedindo que usuários não autorizados acessem
determinados arquivos do sistema operacional.
Muitos especialistas não recomenda a utilização do NTFS em pendrives e dispositivos de
armazenamento externo, já que a realização de atividades de leitura e gravação é
maior que no FAT32 e no
exFAT, e isso não só tende a abreviar
a vida útil dos gadgets como os tornam incompatíveis com consoles PlayStation,
p.ex. O exFAT surgiu em
2006 e foi adicionado às edições XP e Vista do Windows mediante atualizações. Trata-se de um sistema de
arquivos otimizado para pendrives, já que é eficiente como o FAT32 e,
como o NTFS, não apresenta
limitações de tamanho dos arquivos, o que faz dele a opção mais indicada para dispositivos de armazenamento
externo com capacidade superior a 4
GB.
É comum formatarmos pendrives em FAT32 para garantir a leitura e gravação de arquivos em
computadores com Windows, Mac OS e Linux, videogames e aparelhos que possuem interfaces USB. No entanto, a limitação do tamanho dos arquivos a 4 GB pode resultar numa indesejável
divisão quando se grava um clipe de vídeo, por exemplo, daí esse formato se
mais adequado a pendrives e dispositivos de armazenamento externo mais antigos
e de baixa capacidade (menos de 4
GB), ou que não suportem outras opções de formatação. Em suma: via de regra,
usamos o NTFS para
formatar HDDs internos operados pelo Windows,
e o exFAT em pendrives e HDDs externos (USB), optando
pelo FAT32 somente se o
dispositivo a ser formatado não suportar outros sistemas de arquivos. Mas o
fato é que toda regra tem exceções, e são justamente as exceções que confirmam
as regras.
Devido ao tamanho deste texto, a conclusão vai ficar para o
próximo capítulo.