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sexta-feira, 29 de novembro de 2019

AINDA SOBRE PENDRIVE LOTADO


MILITANTES PETISTAS SÃO VACAS DE PRESÉPIO, MAS LULA E SEUS COMPARSAS SÃO RAPOSAS DE GALINHEIRO.

Desktops e notebooks de fabricação recente integram discos rígidos cuja capacidade vai além do terabyte, enquanto HDDs externos de centenas de gigabytes são comercializados a preços razoáveis e latifúndios de dados podem ser armazenados na nuvem sem que para isso seja preciso desembolsar um tostão. Mesmo assim, nenhuma dessas soluções é tão prática ou versátil quanto o pendrive, que, como vimos, custa relativamente barato e oferece um bocado de espaço.

Como o espaço não é infinito e o gigantismos dos arquivos multimídia que tendemos a armazenar nesses dispositivos faz com que sua capacidade se esgote rapidamente, ou compramos um coleção de chaveirinhos de memória, ou transferimos regulamente (para a nuvem, por exemplo) tudo aquilo que não necessariamente precisamos carregar conosco de um lado para outro.

O problema é que podemos precisar de espaço justamente quando o pendrive avisa que sua capacidade está esgotada e não temos como ir até uma papelaria ou hipermercado comprar outro disposto. A solução, então, é vasculhar o conteúdo do chaveirinho de memória e abrir o espaço necessário transferindo ou simplesmente apagando arquivos, digamos, sacrificáveis, certo? Sim, mas também é possível ganhar um bocado de espaço formatando o gadget para o sistema de arquivos NTFS (mais detalhes nesta postagem e nas subsequentes) e ativando a compactação do disco do Windows.

Como sabe quem acompanha estas despretensiosas postagens, o Windows só consegue gerenciar um dispositivo de memória de massa depois de ele ter sido formatado. "Formatar", nesse caso, significa "inicializar o drive" mediante a criação de uma tabela de alocação de arquivos baseada num sistema de arquivos. Por sistema de arquivos, entenda-se o conjunto de estruturas lógicas que permite ao sistema operacional acessar e gerenciar dispositivos de memória (como HDDsSSDs e chips de memória flash presentes em pendrives e SD Cards, etc.). Cada sistema de arquivos possui peculiaridades como limitações, qualidade, velocidade, gerenciamento de espaço, entre outras características que definem como os dados que formam os arquivos serão armazenados e de que forma o sistema operacional terá acesso a eles.

Observação: Note que estamos falando de formatação lógica, que pode ser feita, desfeita e refeita sempre que necessário, pois não altera a estrutura física dos discos nem interfere na forma como a controladora os utiliza (ela apenas permite que o SO "enxergue" as partições e define os parâmetros necessários para o gerenciamento do espaço disponível). Já a formatação física, feita na etapa final da fabricação do drive, não pode ser refeita pelo usuário.

Vale relembrar que o limitado FAT16 (FAT é a sigla de File Allocation Table) era padrão até o Win95, a partir de quando foi substituído pelo FAT32 e, mais adiante, pelo NTFS (sigla de New Technology File System). O FAT16 não era capaz de gerenciar drives com mais de 2 GB, e o tamanho avantajado de seus clusters (setores de alocação) resultavam num grande desperdício de espaço. Seu sucessor, usado até o WinME, trabalha com clusters menores, mas é até 6% mais lento, não gerencia partições maiores que 32 GB nem reconhece arquivos com mais de 4 GB, além de ser considerado inseguro — daí a Microsoft implementar no XP e nas versões posteriores do WindowsNTFS — que não usa clusters e portanto reduz o desperdício de espaço, além de permitir configurar permissões para cada tipo de arquivo, impedindo que usuários não autorizados acessem determinados arquivos do sistema operacional.

Muitos especialistas não recomenda a utilização do NTFS em pendrives e dispositivos de armazenamento externo, já que a realização de atividades de leitura e gravação é maior que no FAT32 e no exFAT, e isso não só tende a abreviar a vida útil dos gadgets como os tornam incompatíveis com consoles PlayStation, p.ex. O exFAT surgiu em 2006 e foi adicionado às edições XP e Vista do Windows mediante atualizações. Trata-se de um sistema de arquivos otimizado para pendrives, já que é eficiente como o FAT32 e, como o NTFS, não apresenta limitações de tamanho dos arquivos, o que faz dele a opção mais indicada para dispositivos de armazenamento externo com capacidade superior a 4 GB.

É comum formatarmos pendrives em FAT32 para garantir a leitura e gravação de arquivos em computadores com WindowsMac OS e Linux, videogames e aparelhos que possuem interfaces USB. No entanto, a limitação do tamanho dos arquivos a 4 GB pode resultar numa indesejável divisão quando se grava um clipe de vídeo, por exemplo, daí esse formato se mais adequado a pendrives e dispositivos de armazenamento externo mais antigos e de baixa capacidade (menos de 4 GB), ou que não suportem outras opções de formatação. Em suma: via de regra, usamos o NTFS para formatar HDDs internos operados pelo Windows, e o exFAT em pendrives e HDDs externos (USB), optando pelo FAT32 somente se o dispositivo a ser formatado não suportar outros sistemas de arquivos. Mas o fato é que toda regra tem exceções, e são justamente as exceções que confirmam as regras.

Devido ao tamanho deste texto, a conclusão vai ficar para o próximo capítulo.